Árbitros de hóquei em patins
A ténue brisa que amiúde teima em soprar-me no rosto, transporta o
escriba para o imensurável painel de deslumbrantes cores e onde se
vislumbram acontecimentos desportivos que nos enchem de orgulho. A
temática sobre o hóquei em patins sempre me despertou interesse. O
recordar doutras eras levam o amante do desporto à inevitabilidade em
esmiuçar imagens que marcaram momentos extraordinariamente históricos no
reino desta circunstância. O hóquei em patins é tão-só um dos vértices
da patinagem que sofreu, tal como toda a sua estrutura física e humana,
uma evolução estrondosa na região. Beja é uma urbe que acarinhou uma
modalidade que se estende pelo hóquei, patinagem artística e velocidade.
Longe vão os tempos em que o Ateneu, Despertar, Pax Júlia e Desportivo
se defrontavam no ringue do Jardim Público para mais um dérbi, mas sob o
minucioso olhar de uma assistência que enchia os espaços em redor do
palco onde o jogo evoluía. Desses gloriosos períodos da arbitragem
bejense, fica a imagem de Manuel Ferreira, vulgo “pé de ginja”, na arte
de bem conduzir um singelo duelo na sua plenitude. Seguiu-se Manuel
Soares, o primeiro bejense a atingir o Quadro Principal do então
Conselho Central de Arbitragem da Federação Portuguesa de Patinagem e a
sua subsequente internacionalização. Mais tarde Joaquim Catrapona,
Luciano Reis e José Felício, alcançaram o lote de árbitros que ajuizaram
jogos da primeira divisão nacional. Em 1998, após a reestruturação da
arbitragem nacional, Fernando Fitas obteve nota que lhe deu acesso ao
Quadro A e fez dupla com Joaquim Catrapona. Claro que o progredir do
tema arbitragem não caiu em saco roto. Cresceu e dimensionou-se de uma
forma substancialmente ordeira. Recuando no tempo, lembro que a 13 de
março de 1976 foi fundada a Associação de Patinagem do Alentejo e
Algarve, sendo que mais tarde houve uma separação ficando o organograma
assim estabelecido: Associação de Patinagem do Alentejo, AP Algarve e AP
Setúbal. Atualmente decorre um processo burocrático que visa o regresso
às origens, isto é, voltar à sigla inicial, Associação de Patinagem do
Alentejo e Algarve. Seja como for a arbitragem do hóquei em patins em
Beja está viva e recomenda-se. Basta um breve olhar relativo à época
2019/2020 e logo nos deparamos com três árbitros no Quadro A da FPP:
Jaime Vieira, internacional, João Catrapona e João Filipe Martins.
Acontece que Jaime Vieira, que leva mais de uma década como árbitro do
Quadro A, padece de uma lesão que o impediu terminar as provas físicas,
obrigando-o a uma paragem forçada. Todavia, fica o registo que o último
jogo internacional que por agora Vieira dirigiu, foi em Mérignac,
Bordéus, França. Beja é, afinal, uma urbe onde sempre existiram juízes
de ringue que enaltecem a mítica componente onde requintadamente agem.
Bem-haja a vossa voluntariedade!
Fonte: Facebook de JOse Saude
Fonte: Facebook de JOse Saude
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