sábado, 4 de junho de 2022

Abelha deixa FC Castrense com “sentimento de dever cumprido”

 

Sem qualquer “mágoa” e com o sentimento de “dever cumprido” – foi desta forma que Abelha deixou a presidência do FC Castrense, depois de quase quatro anos ao “leme” do emblema de Castro Verde.

O agora ex-presidente apresentou a sua demissão em meados de maio, cerca de um mês antes das eleições, e garante sair de consciência tranquila.

“Saio com o sentimento de dever cumprido, pois quando entrei tinha algumas ideias e penso que vou deixar o clube um bocado mais moderno, num caminho de futuro” e “estável” financeiramente, afiança Abelha em declarações ao “CA”.

Segundo o dirigente, o seu pedido de demissão surgiu depois de um elemento da atual direção lhe ter manifestado disponibilidade para avançar com uma lista nas eleições previstas para o próximo mês de junho.

“Entendi que era melhor sair logo”, para “dar tempo a essa pessoa que vai avançar para começar a preparar o orçamento e o plano de atividades da próxima temporada”, justifica Abelha, acrescentando: “Perante a disponibilidade dessa pessoa, entendi que era bom [isso acontecer], que não ia dividir o clube e que estaria disponível para apoiar e ajudar naquilo que fosse preciso”.

O agora ex-presidente diz ainda que “a ideia foi fazer uma ‘passagem de testemunho’ para que quem já está dentro da direção começar já a trabalhar” na preparação da nova temporada desportiva.

Para trás ficam quatros anos de mandato que orgulham Abelha, dado o FC Castrense ter sido, neste período, reconhecido pela Federação Portuguesa de Futebol como “Entidade Formadora de Três Estrelas”, além de ostentar a “Bandeira da Ética”, contar com mais de duas dezenas de treinadores “devidamente qualificados” e ter aberto “algumas ‘pontes’ para a área social”.

Apesar de satisfeito com o trabalho realizado ao longo destes dois mandatos, Abelha reconhece que no futebol sénior os resultados não corresponderam às expetativas, sobretudo nesta temporada de 2021-2022.

“A equipa esteve quase sempre em primeiro lugar, com 1.010 minutos sem sofrer golos e uma volta inteira sem derrotas, mas depois, num campeonato extremamente grande, tivemos uma quebra no pior momento possível da época”, diz o ex-dirigente, que ainda assim destaca a presença do FC Castrense na final da Taça do Distrito de Beja e, eventualmente, na Supertaça Distrital.

Abelha garante ainda que o investimento realizado na equipa sénior não é muito superior ao das épocas anteriores, mas admite que as despesas aumentaram mais do que o previsto no início do campeonato.

“Nessa altura não sabíamos que íamos ter um campeonato tão longo ou que o gasóleo ia subir tanto. Ou seja, houve alguns fatores que aumentaram os custos, mas nada do outro mundo e a diferença entre o plantel que ficou a meio da tabela na época passada e o deste ano não é por aí além”, explica.

O ex-presidente do FC Castrense acrescenta ainda que esta aposta só aconteceu depois de gorada a possibilidade de ter uma equipa dos escalões de formação nos nacionais, o que esteve perto de suceder com os juvenis em 2019-2020. “Se tivéssemos tido essa oportunidade, provavelmente não teríamos feito o investimento que fizemos este ano na equipa sénior”, conclui.

Fonte:  https://correioalentejo.com/

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