sábado, 11 de junho de 2022

“Bambis Andebol Beja 2022” quer potenciar hábitos de prática desportiva

 

Foto | Firmino PaixãoFoto | Firmino Paixão

O Centro de Formação de Andebol regista um número crescente de jovens atletas que procura fidelizar ao clube, e à modalidade, através da participação em torneios e encontros onde potenciem hábitos de prática desportiva. O último exemplo foi o “Torneio Bambis Andebol 2022”.

 

 

Texto Firmino Paixão 

 

Clube Vela de Tavira, o Sporting Clube de Cuba, o Núcleo de Andebol de Redondo e a SAV-Sala de Actividades de Vidigueira, foram os clubes que acederam juntar os seus atletas “Bambis” aos da Associação Cultural e Recreativa Zona Azul, de Beja, para um convívio onde se divertiram, trocaram experiências e adquiriram novas aprendizagens. Sem o foco nos resultados, sem o registo de vitórias, nem memória de eventuais derrotas. Apenas, para criarem hábitos de prática desportiva, como sublinhou o professor Bexiga Fialho, coordenador das atividades da Zona Azul. “Esse é um aspeto importantíssimo porque, normalmente, os miúdos deste escalão etário, entre os oito e os nove anos, têm uma atividade pontual que serve apenas para que eles possam treinar, jogar, aperfeiçoar e voltar a jogar”. Como se viu “não há resultados” – realçou – “eles convivem e jogam. O aspeto fundamental é poderem praticar, procurarem desenvolver as suas capacidades e terem esta hipótese de poderem conviver com jovens de equipas de outras zonas do país, também é sempre importante. E porquê? Porque são realidades diferentes, são formas de trabalhar diferentes, e isso ajuda os miúdos a perceberem a diferença e, por outro lado, também nos ajuda a nós a avaliarmos o trabalho que vamos desenvolvendo, sendo a nossa grande preocupação que eles gostem de estar aqui e continuem a praticar a modalidade, sem procurarmos nenhuns resultados. Procuramos, isso sim, ter pessoas com vontade de praticar desporto”.

 

Numa altura em que algumas modalidades estão a perder praticantes, este será, um momento importante para fidelizar os miúdos ao clube e à modalidade. “Fundamentalmente é isso. E basta dizermos que tivemos um aumento de jovens de 60 por cento relativamente ao ano transato, portanto, neste momento, estamos com quase 100 miúdos até aos 14 anos, algo que nos leva a reconhecer a necessidade que muitos miúdos, em algumas destas idades, têm que ter alguma atividade física”. Isso é o mais importante, justificou Bexiga Fialho.

 

“Parecendo que não, aquilo que temos notado é que estes dois anos de pandemia vieram condicionar muito este tipo de atividades e isso reflete-se num aspeto que é muitos jovens com a idade que têm já deveriam estar num grau de aprendizagem um bocadinho mais avançado e, praticamente estamos a começar do zero. Mas esse é um desafio. O que nós procuramos é que existam mais miúdos a praticar desporto, é isso que nos move”.

 

Por outro lado, esta atividade é também uma espécie de ‘prova de vida’ do Centro de Formação de Andebol. “Sim, é essa estrutura que nós queremos cimentar e consolidar, tanto que, agora, temos feito um esforço muito grande para participarmos no maior número possível de atividades. Por exemplo, os nossos Sub/14 masculinos e os nossos Sub/13 femininos já fizeram 27 jogos este ano. Vão continuar a fazer jogos, participarão no Encontro Nacional, em Estarreja, de 7 a 10 de julho, o que lhes permitirá fazer, numa época, cerca de 35 jogos, algo que nós consideramos espetacular em termos de aprendizagem e de conhecimento do jogo. Portanto, é assim que queremos consolidar este trabalho do Centro de Formação”. Ainda assim a Zona Azul mantém ativa uma campanha de captação de jovens. “ E estamos disponíveis para os receber, nós nunca deixaremos ninguém para trás. Estas coisas obedecem ao pagamento de mensalidades, é essa a firma que temos para gratificar os técnicos que aqui trabalham, mas isso não é impedimento para que não venham porque, se não possuírem capacidade financeira para isso, também não será problema, não fecharemos a porta a ninguém”.

 

Sobre a reincidência neste tipo de organizações, mas em diferentes escalões, o dirigente assumiu que “Estamos no início de uma caminhada em termos de torneios de andebol, sendo que daremos relevância principalmente ao ‘BejAndebol’ que, efetivamente, queremos cimentar. Pensamos que, no próximo ano, possam estar criadas condições para expandirmos mais o torneio, para termos mais escalões além dos Sub/13 e Sub/14, inclusivamente, os Minis, que são miúdos de 10 e 11 anos e poderemos ter uma boa dinâmica.

 

O ‘BejAndebol’ foi o início dessa dinâmica, como, deixe-me dar este exemplo, o Desportivo de Beja tem com a realização da Beja Cup, um evento muito importante para a cidade que, desde já, desejo que seja bem-sucedido”. Perante este quadro de aumento de jovens praticantes está a desenhar- se uma boa base para o futuro da modalidade e do clube, garantiu.

 

“Temos muita confiança no futuro e todos temos que acreditar que é possível, nós também acreditamos que sim. Este foi um ano importante para o nosso crescimento e os próximos dois ou três anos serão de consolidação. Os miúdos que temos hoje vão dar-nos, em futuro próximo, uma dinâmica de trabalho com qualidade e de até competitividade, mas sem estarmos obcecados com essa questão dos resultados”.

Fonte:  https://diariodoalentejo.pt

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