José Saúde
Sim, “Bola de trapos”!
Sim, “Bola de trapos” era, e é, uma simples crónica desportiva que semanalmente escrevo para o “Diário do Alentejo” (“DA”), desde 2008, onde sempre cruzei as diversas modalidades, trazendo à estampa variadas conjunturas. Sim, a obra “Bola de trapos” passa, tão-só, por exíguos escritos que percorrem o passado, assim como o presente, mas substancialmente lidos por um público que, amiúde, me aborda e me dá forças para prosseguir esta tão difícil caminhada. Sei, que o meu estado físico vai acusando desgaste por via de um AVC que leva 16 anos de existência, onde as capacidades motoras são mais que evidentes. Contudo, jamais joguei a toalha ao chão enquanto o dedilhar no meu portátil o permita, sigo, portanto, tranquilo na minha marcha, renunciando as “meias-palavras” difundidas por eventuais “génios” da escrita, que pretendem, embora esporadicamente, atingir a olho nu aquilo que todos entendem como inexplicável, lançado laivos de soberba e não reconhecendo o quão difícil é para quem está neste lado da barricada, julgando-se, eles, imunes a acidentais contratempos. Não! Haja bom senso e não vagueemos por ruas desertas, ruas onde as suas amizades porventura já escasseiam. Sim, eu debilitado, cansado pelo evoluir dos anos que este corpinho já acumula (prestes farei 72), sendo que sempre fui um ser humano que respeitou, e respeita, o próximo que recusa entrar pelo mundo de infundadas querelas. Vivi, na pretérita terça-feira, 11 de outubro, na Biblioteca Municipal de Beja José Saramago um orgulho gigantesco aquando do lançamento da minha última obra, 11ª, intitulada “Bola de trapos – Crónicas Desportivas do Baixo Alentejo 1904 a 2022”, um livro que tem 407 páginas e 373 textos publicados no “DA”, sendo que todos eles estão contemplados com fotografias inerentes a cada um dos textos relatados. Escrevo, também, sobre as dificuldades sentidas ao longo dos muitos anos que andei por este distrito fora a recolher informações fidedignas e que proporcionaram uma obra, mais uma, que vos deixo para a eternidade. É óbvio que bebi em fontes legadas pelo saudoso Melo Garrido, sendo que os seus cadernos - “História do Desporto no Distrito de Beja 1904 a 1956” -, muito me ajudaram a construir os princípios dalguns (poucos) das sinopses debitadas, porém, não foi fácil enquadrar esse longínquo passado com o presente, principalmente quando se trata de encaixar todo o enquadramento das épocas com evoluir da narrativa. Mas, o que permaneceu firme na minha mente no lançamento deste meu audaz livro, foi a receção de amigos que marcaram presença no acontecimento com o intuito em adquirir o exemplar “Bola de trapos”, sendo para mim motivo de um enorme regozijo. Bem-haja a vossa disponibilidade, restando o elevado agradecimento a todos que sempre estiveram ao meu lado neste momento crucial da minha vida. Obrigado!
Fonte: Facebook de JOse Saude
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