José Saúde
Gratidão às mulheres no desporto
Sendo a história uma narração de factos, quer eles sejam políticos, biográficos ou evolutivos, há explanações que nos merecem respeito e, sobretudo, gratidão às mulheres no desporto. Reconheço que ninguém é eterno, logo, lá vamos caminhando por obliquados caminhos onde a perplexidade dos factos nos vão dando alma, assim como uma eficaz ânsia em calcorrear o cosmopolita mundo desportivo. No pretérito dia 8 de março comemorou-se o Dia Internacional da Mulher, uma data que fora adotada em 1975 pela Organização das Nações Unidas. A origem para enaltecer a efeméride terá sido motivada por uma revolta das mulheres trabalhadoras que em 25 de março de 1911 pareceram em incêndios em fábricas nos Estados Unidos, nomeadamente na fábrica da Triangle Shirtwaist, sendo a maioria operárias imigrantes judias e italianas e com idades entre os 13 e os 23 anos. O raciocínio que nos transporta ao conteúdo atlético feminista, conduz-nos à presente realidade a qual atravessa fronteiras, reconhecendo-se que a mulher sempre labutou pelo princípio da igualdade, sendo o desporto uma área em que a sua condição se afirmou decisivamente. E se é certo que a mulher jamais atirou “a toalha ao chão” visando conquistar espaços que dantes estavam reservados apenas aos homens, basta recordar os tempos históricos da idade média e, numa lógica ajustada às conjunturas contemporâneas, elas, as mulheres, afirmar-se-iam ao largo das eras no espaço e no tempo como seres humanos que sempre lutaram pelo conceito da igualdade. Reconhece-se que a mulher/atleta é e será, sem dúvida alguma, uma das mais valias num universo onde proliferam admiráveis atletas com padrões de excelência. Visiono, memorialmente, a sua atuação nas diversas componentes desportivas da atualidade e dou por mim a destacar a sua aprimorada evolução em modalidades que fizeram delas desportistas de primeira água. Vejamos: atletismo, andebol, basquetebol, patinagem, quer nas modalidades de velocidade, artística ou hóquei, ténis-de-mesa, patinagem em pistas no gelo, ou nos saltos em trampolim, condutoras de automóveis de competição, voleibol, futsal, velocipedistas, quer em bicicletas quer em motas, ou em todas as modalidades de salão e não só, culminando o seu desejo com a prática no futebol, circunstância onde conquistou o seu legado. Chegados aqui, eis-nos perante a evolução do futebol feminino na Associação de Futebol de Beja (AF Beja). Iniciou-se algo tímido, porém, com o progresso do tempo ganhou consistência, sendo que para trás ficou o magnífico trabalho desenvolvido pelo CCD do Bairro de Nossa Senhora da Conceição, Sporting Ferreirense, Sporting Figueirense, Ourique, Baleizão, Desportivo de Almodôvar, São Marcos e São Luís, designadamente. Na época, 2022/2023, o Desportivo de Beja e o Ourique são os emblemas em atividade na AF Beja, enquanto o Baronia compete em futsal. Eis, pois, a minha reconhecida gratidão às mulheres no desporto.
Fonte: Facebook de Jose Saude
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