sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Brilhante



José Saúde

Os sons musicais primorosamente auscultados, os lindos fatos envergados pelos astros sobre a pista, o público que encheu por completo a bancada, bem como as suas zonas limítrofes, e sobretudo a dedicação evidenciada pelo elevado número de patinadores presentes no evento, levou ao rubro o Pavilhão João Serra Magalhães, em Beja, aquando da última Gala de Patinagem Artística que ocorreu no pretérito sábado. Neste contexto, importa trazer à ribalta todo o empenho da Associação de Patinagem do Alentejo num acontecimento que teve, também, um exuberante perfume a nostalgia. Os saudosos João Magalhães (Beja) e Armindo Peneque (Aljustrel), lá no alto, terão aplaudido a brilhante iniciativa, enquanto António Anjos (castro Verde) e Orlando Caetano (Évora), na terra, recordaram a implementação da patinagem, neste caso artística, na vasta região alentejana. Aliás, numa opinião consentânea com os dados de que dispomos, os seus nomes formarão um quarteto de eternos dinossauros que jamais atiraram a toalha ao chão perante eventuais adversidades que a modalidade, a espaços, carecia. Convém, pois, enaltecer a avassaladora dinâmica que o fecho da época (janeiro a dezembro) trouxe a um público que não se fechou em casa e que trouxe ao pavilhão João Magalhães um odor muito especial e saudado com superabundantes palmas que recaíram nas participações dos patinadores ao longo das suas exibições. Confesso que esta tarde/noite, na capital do distrito bejense, transportaram­-‑me a noitadas passadas onde o deslizar dos patins proporcionavam aos assistentes uma manifestação de carinho próximo nestas lides. Corpos jovens elegantes afirmavam-se, e afirmam­- ‑se, nas asas de um sonho de sobremaneira fértil em descobertas na arte de bem patinar. Na minha conceção, a Gala de Patinagem Artística, e os seus promotores, brindou o público, em geral, com condicionantes deveras refulgentes. Numa só palavra: brilhante.
Fonte:  http://da.ambaal.pt

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