quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Glórias do passado e recente XX

(Carlos José Pratas Simão, 11/9/59, Trindade-Beja)
Guarda-redes





























 


74/75-Despertar Beja------juv.
75/76-Despertar Beja------juv.
76/77-Desportivo Beja-----jun.
77/78-Desportivo Beja-----jun.
78/79-Desportivo Beja-----III
79/80-Sporting Cuba-------III
80/81-F.C.Serpa-----------Dist.
81/82-Desportivo Beja-----Dist.
82/83-Ginásio Alcobaça----I
83/84-Nazarenos-----------II
84/85-Fafe----------------II
85/86-inactivo86/87-Desportivo Beja-----III
87/88-Sp.Ferreirense------Dist.
88/89-Desportivo Beja-----Dist.


Antes de se tornar no treinador de valor reconhecido no Baixo-Alentejo,onde já foi Campeão Distrital por duas vezes,Carlos Simão foi um guarda-redes de carreira não muito longa mas que o levou a representar clubes de norte a sul do país. Começando nos juvenis do Despertar de Beja,um clube com tradição nas camadas jovens,Carlos Simão,em 1982,saiu do Desportivo de Beja,clube que na altura se encontrava no Distrital,rumo ao Ginásio de Alcobaça,que tinha sido promovido á 1ª Divisão Nacional.
Ai,teve a companhia do seu irmão mais velho, José Romão,mas não teria muitas oportunidades de jogar visto que tinha á sua frente dois guardiões,Domingos e Jorge,com mais experiência de escalões superiores.
Viria a terminar a carreira no clube onde se iniciou,o "seu" Desportivo de Beja.
















 

C.Simão em acção no Sporting de Cuba



O campeão sem modelos

Carlos Simão

O homem que acaba de somar o campeonato e a Taça do Distrito de Beja ao currículo não alinha em secretismos para justificar o seu sucesso. Para Carlos Simão, “mais do que a táctica, a técnica ou o talento, o factor mais importante do futebol é a inteligência”. E no ambiente das tácticas e das motivações, destacam-se três virtudes essenciais: “magia, criatividade e imaginação”.
Guiado por esta filosofia, Simão é hoje um dos mais cotados técnicos da região e já soma dois títulos distritais: um no FC Serpa e outro no Castrense. A isso se juntam taças e outras distinções, numa carreira nem sempre fácil, que já o levou aos principais emblemas do Baixo Alentejo.
Tudo começou em 1987 no Santa Vitória, pequeno clube do concelho de Beja que conseguiu impulsionar para o “Distritalão”. Ervidel, Cuba, Ferreira, Aljustrel, Serpa e Castro Verde já acolheram o seu trabalho, mas foi em Beja que teve a grande oportunidade de dar o salto. Depois de nas jornadas iniciais ajudar José Torres, na II Liga de 96/97, acabou por assumir o comando da equipa e deu provas de competência. Mas as incompatibilidades com o presidente, José António Chalaça, não permitiram grande sucesso. “Os jogadores protestaram a minha saída mas não havia relação entre mim e o presidente”, recorda.
Apesar da polémica, Penafiel e Famalicão piscaram-lhe o olho para uma carreira nacional, mas ficar perto da filha num momento complicado “soou muito mais alto”.
Hoje, Carlos Simão é um homem tranquilo. A caminho dos 49 anos, recorda os tempos felizes de uma “infância com dificuldades” no Bairro da Apariça, onde vivia com os pais e dois irmãos, António Simão e José Romão. “A maior riqueza foi a educação que tivemos”, garante.
Essa era a época de Eusébio e, nas “peladas” da sua rua, Carlos Simão mostrava alguma tendência para ser guarda-redes. Carvalho, Costa Pereira e José Henriques eram os seus ídolos e, por isso, tentava imitá-los. Hoje, curiosamente, garante não ter para destacar “um modelo de treinador”. E prefere seguir as suas ideias e dedicar-se aos treinos e aos jogos “como se fossem os primeiros” da sua vida.
Com uma filosofia muito própria, Simão defende que o treinador “é sempre um homem só que, além de ser um gestor de recursos humanos, gere sentimentos e emoções”. “É mais do que um psicólogo colectivo, também é um bom pai e um bom irmão”, advoga.
Entre os treinos e os jogos, o técnico campeão distrital tem uma pastelaria e é “um homem de casa” que gosta muito de ler – está neste momento a conhecer A Mancha Humana, de Philip Roth –, de ouvir Diana Ross e a grande música de Beethoven. “Gosto de música clássica, porque me toca no ouvido, faz-me arrepiar e dá-me alguma estabilidade emocional. Não consigo explicar porquê, mas sinto-me bem.”
Esta paixão tão erudita não o impede de lembrar com saudade os bailes da juventude, ao som dos brasileiros Roberto Carlos e Nelson Ned, numa altura em que a política o entusiasmava e, por isso, ajudou a fundar a Juventude Socialista no distrito de Beja. Hoje, afligido com o crescente nível da insegurança, é um português preocupado com “o desaparecimento da classe média” e a tendência que põe “os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres”.


Texto retirado do Site do Correio Alentejo
Fonte: Antigas Glórias do Futebol Alentejano http://algarvalentejo.blogspot.com/

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