No passado Sábado, dia 30 de Abril, o Despertar Sporting Clube sagrou-se campeão distrital de futebol sénior da Associação de Futebol de Beja e conquistou assim o direito a presença no campeonato nacional da 3.ª divisão a partir da próxima época.
Há muito tempo que a cidade de Beja não vê jogos de campeonatos nacionais na sua terra e ainda não é certo que será desta vez. Mas já lá vamos.
Depois de anos em que a supremacia do futebol distrital andou por Castro, por Odemira mas principalmente por Aljustrel e por Moura, o Despertar, na sua 3.ª época na 1.ª divisão distrital e vindo sempre em ascensão, conseguiu por mérito da sua direcção e principalmente da sua equipa técnica e jogadores ser campeão distrital.
Sou daqueles que defendem que o futebol sénior faz pleno sentido no Despertar. É, e continuará a ser sempre, um clube fundamentalmente de formação mas sem um futebol sénior competitivo, o clube fica coxo. Sei que nem todos os associados pensam assim. Mas o percurso da equipa nos últimos 4 anos deu plena razão aqueles que defendiam o regresso do futebol sénior ao clube.
Agora resta durante o mês de Maio, concluir o calendário, procurando vencer os 3 jogos que restam até final da temporada.
O mês de Maio é também aquele que deve determinar se o clube assume ou não a responsabilidade de disputar o nacional da 3.º divisão no próximo ano. Em Junho deve estar claro se o clube joga ou não nos nacionais.
Em Beja a autarquia, mais do que noutros concelhos, tem múltiplos clubes para apoiar, quer com futebol, quer de outras modalidades. Por isso os apoios terão de ser a dividir por mais colectividades. Mesmo dentro do futebol sénior, e só na sede de concelho, a cidade de Beja, existem 3 clubes para apoiar ao passo que noutros concelhos do nosso distrito apenas existe 1.
É verdade que o escasso tecido empresarial da região também fracciona os seus apoios por várias colectividades e por iniciativas promovidas por essas colectividades.
O que significa que o Despertar não terá vida fácil. Uma equipa na terceira divisão terá, necessariamente, de ser mais competitiva do que num campeonato distrital e de contar com mais opções.
O Despertar deverá colocar nos pratos da balança os prós e os contras de uma eventual e merecida participação no campeonato nacional da 3.ª divisão. Eu diria que Beja merece muito mas muito ter uma equipa na 3.ª divisão.
Deixo para o final o principal problema do Despertar e porventura dos outros clubes de Beja cuja realidade não conheço tão bem. A falta de público no estádio! É absolutamente desolador olhar para a bancada e para o peão do Fernando Mamede e ver tão pouca gente a assistir ao futebol em Beja, mesmo com a equipa que vai à frente do campeonato. Julgo que as pessoas da cidade deveriam apoiar mais os clubes da terra, indo ao futebol com maior frequência. Qualquer clube de aldeia tem mais espectadores do que aqueles que vão regularmente ao complexo Fernando Mamede. No caso do Despertar isso só reforça o mérito enorme da equipa na conquista deste titulo perante adversários que investiram muito mais na subida.
Mas quando vou a Moura ou a Aljustrel (onde não vou ver futebol há anos, diga-se) vejo estádios com excelentes molduras humanas e com muitos sócios nas bancadas. Casas que dá gosto ver. Terras que vão à bola. Em Beja observo o oposto. Divórcio total entre o futebol e os habitantes da cidade. E aí pergunto-me se faz sentido ter algum clube nos campeonatos nacionais de seniores. Clubes sem espectadores, clubes sem apoio nas bancadas, clubes que por vezes mesmo jogando em casa parece que estão a jogar fora e com receitas de bilheteira ridiculamente baixas.
Tudo isto são perguntas que ficam. Há perguntas para a câmara, há perguntas à direcção do clube mas há sobretudo perguntas aos bejenses e aos adeptos do futebol da cidade. O futebol será aquilo que quisermos que seja. E Maio é o mês em temos de responder.
Eu por mim gostaria muito de ver Beja na 3.ª divisão, mais a mais tratando-se do clube do meu coração, o Despertar.
Agora peço apenas aos bejenses que acorram ao Fernando Mamede no próximo dia 15 de Maio para saudar os campeões no último jogo da época que realizam em casa. E que demonstrem assim que querem o Despertar na 3.ª divisão.
Há muito tempo que a cidade de Beja não vê jogos de campeonatos nacionais na sua terra e ainda não é certo que será desta vez. Mas já lá vamos.
Depois de anos em que a supremacia do futebol distrital andou por Castro, por Odemira mas principalmente por Aljustrel e por Moura, o Despertar, na sua 3.ª época na 1.ª divisão distrital e vindo sempre em ascensão, conseguiu por mérito da sua direcção e principalmente da sua equipa técnica e jogadores ser campeão distrital.
Sou daqueles que defendem que o futebol sénior faz pleno sentido no Despertar. É, e continuará a ser sempre, um clube fundamentalmente de formação mas sem um futebol sénior competitivo, o clube fica coxo. Sei que nem todos os associados pensam assim. Mas o percurso da equipa nos últimos 4 anos deu plena razão aqueles que defendiam o regresso do futebol sénior ao clube.
Agora resta durante o mês de Maio, concluir o calendário, procurando vencer os 3 jogos que restam até final da temporada.
O mês de Maio é também aquele que deve determinar se o clube assume ou não a responsabilidade de disputar o nacional da 3.º divisão no próximo ano. Em Junho deve estar claro se o clube joga ou não nos nacionais.
Em Beja a autarquia, mais do que noutros concelhos, tem múltiplos clubes para apoiar, quer com futebol, quer de outras modalidades. Por isso os apoios terão de ser a dividir por mais colectividades. Mesmo dentro do futebol sénior, e só na sede de concelho, a cidade de Beja, existem 3 clubes para apoiar ao passo que noutros concelhos do nosso distrito apenas existe 1.
É verdade que o escasso tecido empresarial da região também fracciona os seus apoios por várias colectividades e por iniciativas promovidas por essas colectividades.
O que significa que o Despertar não terá vida fácil. Uma equipa na terceira divisão terá, necessariamente, de ser mais competitiva do que num campeonato distrital e de contar com mais opções.
O Despertar deverá colocar nos pratos da balança os prós e os contras de uma eventual e merecida participação no campeonato nacional da 3.ª divisão. Eu diria que Beja merece muito mas muito ter uma equipa na 3.ª divisão.
Deixo para o final o principal problema do Despertar e porventura dos outros clubes de Beja cuja realidade não conheço tão bem. A falta de público no estádio! É absolutamente desolador olhar para a bancada e para o peão do Fernando Mamede e ver tão pouca gente a assistir ao futebol em Beja, mesmo com a equipa que vai à frente do campeonato. Julgo que as pessoas da cidade deveriam apoiar mais os clubes da terra, indo ao futebol com maior frequência. Qualquer clube de aldeia tem mais espectadores do que aqueles que vão regularmente ao complexo Fernando Mamede. No caso do Despertar isso só reforça o mérito enorme da equipa na conquista deste titulo perante adversários que investiram muito mais na subida.
Mas quando vou a Moura ou a Aljustrel (onde não vou ver futebol há anos, diga-se) vejo estádios com excelentes molduras humanas e com muitos sócios nas bancadas. Casas que dá gosto ver. Terras que vão à bola. Em Beja observo o oposto. Divórcio total entre o futebol e os habitantes da cidade. E aí pergunto-me se faz sentido ter algum clube nos campeonatos nacionais de seniores. Clubes sem espectadores, clubes sem apoio nas bancadas, clubes que por vezes mesmo jogando em casa parece que estão a jogar fora e com receitas de bilheteira ridiculamente baixas.
Tudo isto são perguntas que ficam. Há perguntas para a câmara, há perguntas à direcção do clube mas há sobretudo perguntas aos bejenses e aos adeptos do futebol da cidade. O futebol será aquilo que quisermos que seja. E Maio é o mês em temos de responder.
Eu por mim gostaria muito de ver Beja na 3.ª divisão, mais a mais tratando-se do clube do meu coração, o Despertar.
Agora peço apenas aos bejenses que acorram ao Fernando Mamede no próximo dia 15 de Maio para saudar os campeões no último jogo da época que realizam em casa. E que demonstrem assim que querem o Despertar na 3.ª divisão.
Artigo de Paulo Arsénio
Fonte: www.Radio-pax .com
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