quarta-feira, 4 de maio de 2011

A falta de um “25 Abril” dos nossos Clubes

Quando se fala em 25 Abril de 1974 falamos em vontade de mudar, em vontade de sermos activos, em vontade de participarmos activamente no processo. Não nasci nessa altura, não vivi esses momentos. Mas o que me vem e me ressalta à vista é a capacidade de mudança e de querer participar na mudança de uma massa humana muito grande, muito abrangente e distinta.
Mais do que provocar a mudança, mais do que ser revolucionário, o importante e fundamental é ser activo e participar nas decisões que influenciem o futuro próximo e o futuro a longo prazo.
Ao longo do período que tive próximo dos clubes e do organismo distrital que o tutela, notei a falta de “25 de Abril” dos nossos clubes. Assembleias Gerais com 5 clubes representados, clubes com uma representação tímida e pouco participativa, etc, etc...
Ainda passei alguns momentos, da minha função de coordenação, a pensar e a fazer rascunhos de como levar os clubes a assumirem a sua função e a participarem no processo fundamental para o Futuro da modalidade que todos gostamos.
Ninguém que não fala e não participa nas decisões, não pode criticar nem sequer achar que se deveria ter feito assim ou assado.
Não podemos fugir das nossas responsabilidade e os dirigentes dos nossos clubes devem “acordar” para a participação activa nas acções da Associação de Futebol e o que lá for decidido, que seja assumido como útil e necessário para o Futuro da modalidade.
A conclusão que cheguei e que quase comecei a criar num projecto com estratégias e acções, é que no nosso distrital discute-se e critica-se como profissionais mas age-se como amadores! É fundamental equilibrar esta postura, puxando um pouco os dirigentes para a realidade do futebol e distrital e dar-lhes formação para o papel que desempenham.
Simplesmente, cada dirigente, que escolhe os técnicos, que vai às reuniões das autarquias, que ajuda as crianças a vestir as meias, que as ajuda a passar pelas grandes experiencias desportivas da vida, devem assumir a importância da voz que têm, de participar activamente na vida da Associação, assumir que a Associação é fundamental para o Futuro da Modalidade e depois de em conjunto se chegar a um consenso, assumir-se as decisões e levá-las a bom termo.
O Futebol Distrital vai passar por um futuro muito difícil, o apoio autárquico vai diminuir drasticamente os patrocínios privados estão a desaparecer, É FUNDAMENTAL, reunir, discutir, pensar, chegar a consenso e preparar JÁ! O futuro do nosso Futebol.

Um grande Abraço,
Acácio Santos

Fonte: Desporto em Beja

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