terça-feira, 17 de maio de 2011

Inês Alvaro, nº 2, jogadora do Aljustrel e Treinadora do Ourique Desportos Clube

1ª Quando começaste a tua actividade Desportiva?
Iniciei os 14 anos no Negrilhos Futebol Clube com algumas atletas que ainda hoje continuam a jogar comigo, como a Ana Rita Batista.
Depois até aos meus 18 anos joguei sempre no desporto escolar, alcançando alguns patamares importantes e de relevo para a minha formação pessoal enquanto desportista.
Parei durante 1 ano, regressando à competição no Futebol Clube Alvaladense, a nivel de futsal, onde estive 3 anos, um deles como treinadora adjunta conquistando o primeiro lugar do campeonato de futsal feminino junior da sub-região de setubal. Sendo o primeiro trofeu na história do clube em 50 anos de existência.
Ingressei no Crazy Mission Sport por pedido pessoal da Vera Costa, assumindo ambas a coordenação da equipa feminina durante o primeiro ano.
O Ourique foi uma oportunidade única, que abracei com dedicação, em que cresci e aprendi enquanto pessoa e treinadora. Foi fabuloso a forma como fui recebida e tudo o que me deram, é extremamente gratificante poder continuar este projecto. Estas raparigas fazem parte da minha vida, um muito Obrigado a todas.


2º Quais as principais dificuldades que apresenta uma equipa de futebol feminino?
Nomeadamente a nivel financeiro, mas tambem a nivel de apoio da população, pois o futebol ainda tem uma vertente esteriotipada para o sexo masculino. Acho que estamos a caminhar a passos largos para a mudança de pensamentos, e mostrarmos o valor do desporto, quer seja no feminino quer no masculino. 
A meu ver a mentalidade das pessoas é o nosso principal obstáculo, mas dependerá de nós demonstrarmos o contrário, através do nosso trabalho e dedicação.

3º Achas que o futebol feminino tem futuro quer em Aljustrel, quer em todo o distrito?
Claramente que sim, basta que se invista e acredite nesta modalidade. Não parte apenas dos dirigentes, mas tambem de cada atleta, para isso á que assumir responsabilidades pessoais e encarar esta modalidade de forma seria, levando este compromisso até ao fim.
As familias têm tido um papel extremamente importânte nesta etapa inicial, acompanhando-nos e sendo o nosso principal apoio. Muito Obrigado a todas as mães, que com "carolisse" nao desistiram de nós e continuam a nosso lado nesta "luta". 

4º O que achaste do torneio de Abertura e agora do Distrital?
Foi uma fase de iniciação, em que as equipas se começaram a entruzilhar e a conhecer-se melhor entre si. O Aljustrel destacou-se visto ser a única equipa que já estava junta à um ano e se conhecia melhor. Foi claramente superior, tendo uma descaida ao longo do campeonato devido a lesões e situações internas.
Esperemos para o ano poder contar com mais equipas e assim levar o futebol feminino a um patamar superior.

5º Quanto a ti, qual o melhor clube a nível distrital de futebol feminino e qual a melhor jogadora?
A meu ver o Serpa foi um justo campeão, embora o CMS tenha sido um adversário à altura. Certamente que para o próximo ano teremos um Ourique muito mais forte e espero eu capaz de lutar por outra posição na tabela, tal como as restantes equipas que este ano participaram no campeonato.
Esta sim é uma questão dificil, tendo em atenção a evolução e progressão das atletas considero que não houve uma mas sim várias melhores jogadoras. Em claro destaque no campeonato e na sua equipa foi a atleta Carina Guerreiro, Filipa Guerreiro e Ana Martins, do Ourique, Ana Capeta do CMS, Lara Quaresma do Serpa, Cristina e Marisa do Castro. 

Obrigado pela entrevista queremos que deixes umas palavras aos leitores deste blogue e um comentário sobre este blogue também?
Espero que apoiem cada vez mais o futebol feminino, que apareçam mais nos estadios e dêem a "cara" por nós... pois não vos deixaremos ficar mal. Trabalhamos todos os dias e lutamos a cada etapa, representamos os nossos clube com amor e dedicação. A única coisa que pedimos é que reconheçam o nosso trabalho e tejam a nosso lado sem criticas e acreditando em nós. Obrigado a todos ... Juntos conseguiremos levar o futebol feminino mais longe.

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