|
FUTEBOL. Assembleia Geral propõe a "suspensão, total ou parcial, das actividades do clube". Entretanto, técnico Carlos Simão demitiu-se.
A próxima quarta-feira, 30, poderá entrar na história do Desportivo de Beja. Tudo porque nessa noite os sócios do emblema da rua do Sembrano vão voltar a reunir em assembleia geral (AG) extraordinária, numa sessão que tem como terceiro ponto na ordem de trabalho a discussão e votação de uma proposta para a "suspensão, total ou parcial, das actividades" do clube, que pode redundar na extinção da equipa principal de futebol, actualmente a disputar o campeonato distrital da 1ª divisão.
Com esta proposta, "aquilo que se pretende é fazer ver, de uma forma muito clara e precisa, aos sócios e à própria cidade de Beja que o clube efectivamente precisa de pessoas que lhe queiram dedicar algum do seu tempo", explica ao "CA" o presidente da mesa da AG e um dos autores da proposta.
"Apreensivo" e "triste" com toda a situação, Rogério Palma Inácio vinca mesmo que, "neste momento, o que está mais em risco é o futebol sénior, que absorve cerca de 80% dos custos do clube". Seguras estão as três equipas que o Desportivo de Beja tem nos escalões de formação.
Desde a demissão do presidente Jorge Parente, a 16 de Outubro, que a indefinição interna tem aumentado no seio do Desportivo de Beja. Um cenário dramático que afecta, sobretudo, a equipa sénior e que foi agudizado pela saída, no passado fim-de-semana, do técnico Carlos Simão, que contactado pelo "CA" disse só prestar declarações depois da AG. Tudo factores que levam Palma Inácio a esperar que na quarta-feira os sócios não virem as costas ao clube.
"Não será de certeza a última assembleia geral do Desportivo de Beja, mas espero que seja uma assembleia muito participada e que possa vir a ser decisiva no bom sentido", reforça.
Contudo, e ciente das dificuldades do clube em mobilizar os seus sócios, o dirigente deixa uma garantia… e um alerta: "Espero que os sócios não tenham receio de aparecer na quarta-feira, porque ninguém vai obrigar ninguém a participar em nenhuma comissão [administrativa] ou direcção. Mas os sócios têm de estar conscientes que se ninguém quiser participar e dedicar algum tempo ao clube, o Desportivo de Beja corre o risco de ‘fechar portas’. Um fechar portas entre aspas, porque há sempre aquela solução de terminar com os subsídios no futebol sénior", vinca.
A discussão acerca da suspensão, "total ou parcial" das actividades do clube, será o momento mais quente da AG da próxima quarta-feira, reunião que vai servir igualmente para os sócios designarem uma nova comissão administrativa, o que não foi possível concretizar na reunião extraordinária realizada a 17 de Novembro.
"Foi uma assembleia pouco participada, os sócios praticamente não compareceram e não se conseguiu encontrar uma solução em termos de comissão administrativa", lembra Rogério Palma Inácio, que volta a vincar que a maior dificuldade do clube são os recursos humanos, não a tesouraria. "É evidente que também há dificuldades no plano financeiro, mas o que é certo é que neste momento a grande dificuldade é a falta de pessoas que queiram participar na vida do clube", conclui.
ROGÉRIO PALMA INÁCIO
Presidente da mesa da Assembleia Geral do Desp. Beja
"Desp. Beja precisa efectivamente de pessoas que lhe queiram dedicar algum do seu tempo."
Com esta proposta, "aquilo que se pretende é fazer ver, de uma forma muito clara e precisa, aos sócios e à própria cidade de Beja que o clube efectivamente precisa de pessoas que lhe queiram dedicar algum do seu tempo", explica ao "CA" o presidente da mesa da AG e um dos autores da proposta.
"Apreensivo" e "triste" com toda a situação, Rogério Palma Inácio vinca mesmo que, "neste momento, o que está mais em risco é o futebol sénior, que absorve cerca de 80% dos custos do clube". Seguras estão as três equipas que o Desportivo de Beja tem nos escalões de formação.
Desde a demissão do presidente Jorge Parente, a 16 de Outubro, que a indefinição interna tem aumentado no seio do Desportivo de Beja. Um cenário dramático que afecta, sobretudo, a equipa sénior e que foi agudizado pela saída, no passado fim-de-semana, do técnico Carlos Simão, que contactado pelo "CA" disse só prestar declarações depois da AG. Tudo factores que levam Palma Inácio a esperar que na quarta-feira os sócios não virem as costas ao clube.
"Não será de certeza a última assembleia geral do Desportivo de Beja, mas espero que seja uma assembleia muito participada e que possa vir a ser decisiva no bom sentido", reforça.
Contudo, e ciente das dificuldades do clube em mobilizar os seus sócios, o dirigente deixa uma garantia… e um alerta: "Espero que os sócios não tenham receio de aparecer na quarta-feira, porque ninguém vai obrigar ninguém a participar em nenhuma comissão [administrativa] ou direcção. Mas os sócios têm de estar conscientes que se ninguém quiser participar e dedicar algum tempo ao clube, o Desportivo de Beja corre o risco de ‘fechar portas’. Um fechar portas entre aspas, porque há sempre aquela solução de terminar com os subsídios no futebol sénior", vinca.
A discussão acerca da suspensão, "total ou parcial" das actividades do clube, será o momento mais quente da AG da próxima quarta-feira, reunião que vai servir igualmente para os sócios designarem uma nova comissão administrativa, o que não foi possível concretizar na reunião extraordinária realizada a 17 de Novembro.
"Foi uma assembleia pouco participada, os sócios praticamente não compareceram e não se conseguiu encontrar uma solução em termos de comissão administrativa", lembra Rogério Palma Inácio, que volta a vincar que a maior dificuldade do clube são os recursos humanos, não a tesouraria. "É evidente que também há dificuldades no plano financeiro, mas o que é certo é que neste momento a grande dificuldade é a falta de pessoas que queiram participar na vida do clube", conclui.
ROGÉRIO PALMA INÁCIO
Presidente da mesa da Assembleia Geral do Desp. Beja
"Desp. Beja precisa efectivamente de pessoas que lhe queiram dedicar algum do seu tempo."
Fonte: http://www.correioalentejo.com
Sem comentários:
Enviar um comentário