Apesar de ter começado o jogo praticamente a ganhar, com um auto-golo de um jogador do Redondo que ao tentar interceptar um livre marcado por Pituca, acabou por anichar a bola na própria baliza, o Farense não conseguiu mais que um empate (o 3º da temporada e o 2º consecutivo), e perdeu a liderança da série F. Se olharmos para o que se passou dentro das 4 linhas, podemos pensar que foi uma tremenda injustiça o Farense só ter amealhado um ponto, depois de tanto ter trabalhado na procura da vitória. Efectivamente o Farense teve muito mais posse de bola, muitos mais ataques e oportunidades de golo. Mas no futebol só ganha quem marca mais golos que o adversário, e também temos que dar mérito a quem evita que o adversário marque, apesar de só defender parecer uma atitude contra a natureza do futebol. Mas com uma defesa muito coesa, e com muito mais altura e peso que os avançados do Farense, foi capaz de anular a maioria dos ataques sempre pelos extremos (mais o esquerdo que o direito), com os laterais Eugénio e Canigia a funcionarem como verdadeiros extremos.
Apesar da eficiência defensiva, o Farense conseguiu uma mão cheia de oportunidades claras para marcar, mas Igor esteve completamente desastrado, falhando golos que pareciam certos. O Farense acabou por marcar apenas em lances de bola parada, primeiro no referido auto-golo e a 3 minutos dos 90 por uma excelente execução de um livre directamente marcado por Eugénio. Em ambas as vezes o Redondo conseguiu rapidamente anular a desvantagem, inicialmente através de uma penalty marcado na sequência de uma sucessão enorme de falhanços dos defensores Farenses, e o 2º golo através de uma bola bombeada para a área a partir de um livre marcado no circulo central, com os jogadores Farense completamente alheados do lance, ninguém se fez à bola e a mesma acabou por entrar, empatando novamente o jogo.
Crónica de Eduardo Roque
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