O Messinense veio a Faro com uma disposição que indicava que o seu objectivo era, não só pontuar, mas eventualmente vencer em casa do invicto Farense. Pelo menos a disposição dos seus jogadores ocupando todo o comprimento do campo assim deu a entender. E efectivamente, não se limitou a defender a sua baliza, pois quando ganhava a bola tentava criar perigo para a baliza de Serrão.
No entanto, o Farense cedo começou a criar perigo, graças ao bom desempenho do seu meio campo que ganhou maior competitividade com a entrada de Atabu, um jogador sempre em movimento e com grande espírito de luta, mas os seus avançados cedo começaram a desperdiçar as várias oportunidades que lhes apareciam, mas aos 23 minutos o golo surgiu na baliza Messinense, depois de um defesa pouco eficiente de Leandro, a bola foi cabeceada por Pituca com Atabu a confirmar já em cima da linha de golo.
O Messinense tentou reagir e pouco tempo depois, na sequência de um canto, Serrão não chegou à bola enviada ao 2º poste onde um jogador forasteiro cabeceou para perto da linha de baliza, aparecendo Libânio a empurrar para o empate. Este resultado durou pouco mais de 5 minutos, pois Eugénio na marcação de um livre directo atirou forte junto ao poste direito da baliza de Leandro que com muita dificuldade evitou o golo com uma defesa de belo efeito, mas ineficaz pois a bola sobrou para Gualter que colocou novamente o Farense na frente do marcador.
Na 2ª parte a toada de jogo manteve-se, com o Farense a tomar conta da bola e o Messinense a tentar atacar sempre que podia, mas o Farense acabou por decidir o jogo quando aos 62 minutos, Igor aproveitou um atraso deficiente para o guardião Leandro, antecipando-se e fazendo a bola entrar junto ao poste. A partir daqui, o Farense relaxou, deixou de ser tão pressionante e começou a tentar acalmar o jogo, as substituições de Vila por Justo (66'), Pituca por Barão (71') e Igor por Fajardo (77') também vieram contribuir para essa acalmia, com jogadores de meio campo mais tecnicistas e menos explosivos. Já nos descontos o Messinense ainda reduziu para 2-3 com um excelente remate de Bruno Torres que, deixado livre por Eugénio aproveitou para rematar forte e colocado, tornando inglória a tentativa de defesa de Serrão.
Para concluir podemos dizer que foi um resultado justo, em que o Farense podia Ter feito mais golos, mas a diferença mínima acaba por ser um prémio para a postura e aplicação dos jogadores visitantes.
Crónica de Eduardo Roque
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