Vejamos o campeonato de Seniores Feminino de Futsal tutelado pela A.F. Évora, onde participam a Associação SouJovem e o C.D Portalegrense 1925 (clubes do distrito de Portalegre que participam nesta competição).
Neste momento o líder isolado é a equipa do Juventude Sport Clube, que se encontra a 1 ponto de revalidar o título de campeão distrital, fruto do bom trabalhado desenvolvido pelo seu Treinador Luís Papança ao longo das últimas épocas.
Esta equipa já atingiu o golo 1000, 50 vitórias consecutivas e vem melhorando a sua prestação ano após ano na Taça Nacional. Isto acontece porque na minha opinião não há competitividade neste campeonato da A.F.E (e pela qualidade da equipa / treinador do JSC que é ímpar neste campeonato).
Se realmente houvesse uma maior competitividade neste campeonato, provavelmente esta equipa não teria já atingido 50 vitórias consecutivas nem estaria a 1 ponto de revalidar o título esta época, mas certamente seria ainda melhor equipa.
O que quero com isto dizer, não é que o Juventude SC trabalha bem e os outros clubes mal. Pretendo apenas dizer que, neste caso específico a Taça Nacional é importante, pois vem dar à equipa vencedora deste campeonato a competitividade / intensidade que nunca teve ao longo da época. Pois por muito bom que seja o processo de treino é no jogo que se ganha intensidade e competitividade necessárias. Se os nossos adversários não forem competitivos, a equipa vai crescendo na mesma, mas não tanto como poderia (crescimento condicionado).
É neste contexto que penso que a Taça Nacional (seja para Femininos ou formação) é importante, na medida em que se joga com os melhores. Ao jogar com os melhores evolui – se. Mas para estar ao nível dos melhores é necessário “treinar como eles”, mas sobretudo ter as mesmas condições que eles.
E será que o vencedor do Campeonato Distrital Sénior de Futsal Feminino da A.F. Évora tem a mesma competitividade ao longo do campeonato que o vencedor do Campeonato Distrital Sénior de Futsal Feminino da A.F. Lisboa? Não tem, por isso é que a Taça Nacional é importante, pois confere competitividade e uma maior evolução às equipas que infelizmente não têm um campeonato tão competitivo como aquele que desejariam (como é o caso do campeão da A.F. Évora em Futsal Feminino).
Espero que num futuro próximo esta Taça Nacional seja reformulada para um Modelo tipo Campeonato Nacional (semelhante aos quadros do Futebol), quer ao nível feminino, quer ao nível da formação, pois como potência europeia e mundial da modalidade não podemos continuar com estes quadros competitivos quer ao nível Distrital, quer Nacional. Caso contrário, corremos riscos de ser ultrapassados a nível internacional.
Para terminar este tópico, ao que tudo indica a equipa do Juventude SC será novamente o Campeão de Futsal Feminino na A. F. E. Caso confirme o título na próxima jornada em Pavia, desejo que esteja ao melhor nível na Taça Nacional continuando a dignificar o Alentejo (se possível melhorando a performance anterior).
Qual a importância de formar uma Selecção Distrital para representar Portalegre no Torneio Inter-Associações que vai decorrer em Évora!?
Penso que a Selecção Distrital peca por tardia, pois sem dúvida será mais um indicador (futuramente se continuar a sua existência) da qualidade da formação ao nível do futsal em todos os distritos, sendo sem dúvida mais um foco de motivação/oportunidade para todos os jovens praticantes da modalidade.
No que à Selecção do Distrito de Portalegre diz respeito, quero começar por dizer que a escolha do Seleccionador foi sem sombra de dúvidas uma boa escolha. Pois para este cargo no nosso distrito só haveria (na minha opinião) 3 pessoas que estariam à altura do acontecimento (incluindo o seleccionador escolhido, Mr. Manuel Grosa).
Na minha opinião a escolha não podia ser a melhor, pois conheço o Mr. Manuel Grosa há muito tempo. Conheço a sua forma de trabalhar e sei que se preocupa com todo o processo de periodização e planificação do treino. É uma pessoa respeitada e com o perfil indicado para o cargo. O seu Curriculum fala por si …. Oxalá tenha sorte nesta sua nova etapa onde será auxiliado (e bem, não tenho dúvidas) pelo Pedro Teles.
Pelo que sei, esta preparação para o Torneio Inter - Associações que decorrerá em Évora não teve muito tempo para ser preparada, por isso não se pode exigir a nível quantitativo grandes resultados. Espero acima de tudo que estes atletas que vão representar a A.F.P aproveitem ao máximo a aprendizagem que lhes será proporcionada por esta equipa técnica (e pela própria competição) e evoluam de forma gradual e qualitativa (tornando – se melhores jogadores/pessoas), para que futuramente lhes possam exigir resultados quantitativos.
Para finalizar importa referir que esta selecção poderá também ter a capacidade de fomentar a continuidade da prática de Futsal de algumas equipas no campeonato distrital, pois apesar de algumas não terem grandes objectivos quantitativos, continuam o seu trajecto formando atletas, como é o caso do Nisa Futsal Clube e A. D. Alter (a seguir da Associação SouJovem é quem “dá” mais atletas a esta selecção, 4 jogadores).
Qual a sugestão de caminho a seguir para enraizar a formação de Futsal no Distrito?
Na minha opinião o caminho a seguir para enraizar a formação de Futsal no Distrito depende única e exclusivamente da A.F.P.
Ou seja, este organismo tem de proporcionar condições às equipas nela filiadas, nomeadamente ao nível das taxas de inscrição, taxas de jogos entre outras … bem como promover a reformulação dos quadros competitivos do futebol de formação.
É certo que estamos num meio interior, onde a quantidade de matéria humana não abunda. Mas já que o ano tem 12 meses, e o “período competitivo” da maioria das competições da A.F.P dura 7/8 meses, porque não reformular o ano civil para que em escalões de formação, o mesmo jovem possa praticar ambas as modalidades (futebol e futsal)?
À semelhança do que acontece com o C.D. Portalegrense 1925 Feminino, só que em vez de fazerem 2 jogos por fim de semana, iniciariam uma competição após o términus competitivo da outra (como uma duração competitiva total de 10/11 meses) … é uma hipótese, que implica esforço, capacidade de trabalho e boa fé…
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