Toy: Olá! Desde já quero agradecer o convite para esta entrevista para o cracksdefutebol. Chamo-me António Manuel Rosário Encarnação, nasci a 26 de Junho de 1983 em Évora, mas resido em Aguiar.
Fábio Coentrão: Quando nasceu o teu gosto para o futebol?
Toy: Desde miúdo comecei a dar os pontapés na bola. Na escola sempre que tinha intervalo ia jogar à bola, de manhã quando chegava bastante cedo à escola era jogar à bola até chegar a hora de entrar nas aulas e às vezes chegava-se atrasado às aulas porque não se podia deixar o jogo a meio. No meio onde resido há pouca população e as equipas que apostam na formação não abundam, para não dizer escasseiam em demasia, as peladas de futebol eram mais que muitas na terra com grupo de amigos. Só aos meus 10/11 anos tive a oportunidade e autorização dos meus pais para ingressar numa equipa de futebol nos escalões de formação.
Fábio Coentrão: Que equipas representaste nos escalões de formação?
Toy: Comecei de miúdo nos infantis do Sport Lisboa e Évora. No meu primeiro ano de iniciado não joguei futebol, no segundo ano joguei nos juvenis do S.B.O. Em juvenis no primeiro ano não joguei e no segundo ano joguei nos seniores do Aguiar no Inatel. No escalão de Juniores voltei ao S.L.E.
Fábio Coentrão: Qual a equipa pela qual te deu mais gosto jogar enquanto jogador jovem e porquê?
Toy: A equipa que me deu mais gosto jogar enquanto jogador jovem foi no S.L.E, tínhamos directores muito presentes, uma casa sempre bem organizada e arrumada, o que fazia que os jogadores sem sentissem lá bastante bem. Nas outras equipas que joguei também me deu um gosto muito grande, mas era um miúdo que jogava em escalões acima com idade inferior, o que nem sempre foi um factor a favor para o meu crescimento como jogador.
Fábio Coentrão: Como classificas a tua subida ao escalão de sénior e qual a equipa que representas-te no teu ano de “estreia” enquanto sénior?
Toy: O meu primeiro ano de sénior foi na Torre de Coelheiros, onde passei 6 anos. A minha subida ao escalão sénior foi muito atribulada, fui para uma equipa que andava na eminência de descer de divisão há alguns anos, com bastantes dificuldades financeiras e com um plantel constituído por bastantes jovens. No ano de adaptação ao escalão sénior não foi o melhor, era jovem e a irreverência da juventude e a inexperiência prejudicou-me. Muitas saídas à noite antes dos jogos, típico da juventude… Descemos de divisão nesse ano, e dois anos volvidos, conseguimos o regresso à Divisão de Honra do Distrital de Évora. Cresci bastante nesses dois anos na 1ª Divisão Distrital de Évora. Depois o regresso à Divisão de Honra foi bastante positivo, defrontei grandes jogadores. Conseguimos manter-nos e fazer excelentes épocas, numa delas chegámos às meias-finais da Taça do Distrito de Évora e não fomos à final por factores arbitrais.Fábio Coentrão: Que equipas representaste enquanto sénior?
Toy: Torre de Coelheiros, Viana, Oriola e S.B.O.
Fábio Coentrão: De todas as equipas que representaste, qual a que recordas com mais saudade?
Toy: Torre de Coelheiros.
Fábio Coentrão: Como classificas a passagem de Mister Medeiros pelo Outeiro?
Toy: A passagem do Mister Medeiros pelo Outeiro foi bastante positiva, devolveu-me o gosto de jogar futebol, coisa que já tinha começado a perder desde o final de época de 2007/2008. Foi um ano complicado para o clube, pois é um clube pequeno e as dificuldades financeiras são mais que muitas e então ter um carro com atletas a ir de Lisboa ao Alentejo todas as semanas e várias vezes ainda foi mais complicado. Na minha opinião o Mister foi o primeiro Treinador à séria, com curso, com métodos, treinos, etc., que passou no S.B.O. A nível geral acho que todos os jogadores cresceram bastante com a passagem dos Mister pelo Outeiro. Apesar das criticas de que foi alvo durante toda a época, (típico da região que, pelo gosto da terra e das suas gentes (jogadores da terra e da zona), fez um excelente trabalho, trabalho esse que em parte a direcção deixou esmorecer ao deixar sair jogadores fundamentais da equipa.
Fábio Coentrão: O Outeiro enfrentou algumas dificuldades no início desta época para formar uma equipa, devido a saída do treinador e de alguns jogadores, contudo conseguiu formar um plantel que apesar de ser curto, está muito bem orientado e dispõe de alguns excelentes jogadores. A que se deve esse facto? E o que foi feito para melhorar a equipa?
Toy: Como já referi anteriormente essas dificuldades para alem de financeiras e como referes a saída de alguns jogadores prejudicou muito o clube, pois pelo menos os jogadores da terra, tais como Gui, Pida, Ferro, Jaime, eram jogadores com os quais a direcção contava, depois a solução foi o Mister Zé Nunes (excelente Treinador), que com os seus conhecimentos levou bons jogadores para o Outeiro, embora não conseguindo inscrever todos, um excelente jogador que teve que regressar a Cabo-Verde, também não fez com que a equipa estivesse mais forte. Com muito trabalho pela frente o Mister Zé Nunes não desistiu, agarrou o desafio com muita garra, pelo gosto pela sua terra, conseguiu (ainda está a conseguir) passar a mensagem aos jogadores, que pelo trabalho estamos a fazer um campeonato bastante bom.
Fábio Coentrão: Como pergunta de praxe e tendo em conta que o objectivo deste blog é dar a conhecer novos “Cracks” perdidos pelas distritais, podes referir se houve algum jogador/jogadores que te tivessem chamado a atenção e que achasses que poderiam chegar mais longe?
Toy: Sim, posso referir dois ou três nomes, Hugo Bragança (Portel), João Jeremias (penso que já não joga futebol) e Rui Benavente (não sei onde joga actualmente), Três miúdos que vi no seu primeiro ano de sénior que acho que tinham grande possibilidade de chegar longe na carreira.
Fábio Coentrão: Como foi rever o Mister Medeiros e o Fábio agora enquanto adversários? (risos)
Toy: Foi bom rever o Mister e o Fábio, é sempre bom rever bons amigos, como adversários, dá
sempre um friozinho na barriga defrontar amigos, mas só tenho pena de ter-mos perdido, ainda mais da maneira como foi, que foi bastante injusta.
Fábio Coentrão: Quais são os teus objectivos pessoais de momento?
Toy: De momento para o futebol já não tenho grandes objectivos pessoais, mas para este ano é terminar a época com a melhor classificação possível e ganhar o maior número de jogos possível até final do campeonato. Na vida privada, apenas espero e quero ser feliz.
Fábio Coentrão: Quero agradecer a tua disponibilidade para responder as minhas perguntas grande centralão.
Toy: Obrigado por esta oportunidade. Um grande abraço. E um bem-haja a todos os leitores do cracksdefutebol.

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