Com uma vantagem de 18 pontos sobre o 2º classificado, que se traduzia em 9 para a 2ª fase, e frente a um adversário que se encontrava em 10º lugar, apenas com 23 pontos, o treinador do Farense, ao contrário do que é habitual, iniciou o jogo com 4 jogadores pouco rodados (Gualter, Barão, Fajardo e Fábio Teixeira), deixando no banco os habituais titulares (Canigia, Pituca, Justo e Tiago Sousa), e o decorrer do jogo veio a dar-lhe razão, pois logo no 1º minuto, um livre marcado do lado esquerdo do ataque Farense, por Fajardo, sobrevoou uma molhada de jogadores e anichou-se no fundo da baliza, bem junto ao poste do lado contrário. Começando a perder, o Pescadores como perdeu praticamente as esperanças de um resultado positivo em Faro, o que se agravou ainda mais quando aos 15 minutos Chiquinho, superiormente servido por Luís Afonso, aproveitou o adiantamento do guarda redes para fazer um excelente chapéu e colocar o resultado em 2-0. Parecia que a dúvida seria por quantos golos o Farense iria vencer, pensando-se que o record de 5-0 ao Esperança de Lagos seria largamente batido, mas o futebol é um jogo imprevisível e a ganhar por 2 golos, tão cedo, fez com que os jogadores do Farense como que adormecessem e perdendo chama e agressividade, deixaram de criar perigo para a baliza adversária, passando o jogo a decorrer de forma morna, com passes e mais passes a meio campo, sem qualquer objectividade, nem só do Farense, mas também o Pescadores nada fez para virar o rumo dos acontecimentos. Até que aos 25 minutos, o guarda-redes Serrão, contagiado pelos colegas, deixou que uma bola marcada de livre à entrada da área, ressaltasse nas suas pernas dirigindo-se para a baliza onde foi introduzida por um avançado do Pescadores que aproveitou o brinde para relançar o jogo.
Até ao intervalo, nada de significativo temos a registar, pois nem o Pescadores ficou mais animado pelo golo, nem o Farense se preocupou em aumentar o ritmo do jogo. Depois do intervalo, possivelmente despertados pelo treinador, os jogadores do Farense voltaram a empenhar-se no jogo, e foi sem surpresa que o 3º golo surgiu, através de uma grande penalidade motivada por corte com a mão de um defesa, a cruzamento de Eugénio junto à linha de fundo a coroar uma excelente jogada e ataque Farense. Fábio Teixeira converteu de forma exemplar essa grande penalidade e depois, Fajardo aos 61 de Chiquinho aos 73 (de calcanhar) fecharam a contagem.
E assim se concluiu a 1ª fase, em que o Farense se manteve invencível, cedendo apenas 5 empates, 3 fora e 2 em casa, curiosamente destes 5 empates, apenas 2 foram contra os 6 primeiros classificados (Sesimbra e Aljustrelense, ambos fora e pelo mesmo resultado 2-2). Para a 2ª fase, o Farense parte com 28 pontos, enquanto que o 2º, o Esperança de Lagos apenas tem 19...
Crónica de Eduardo Roque

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