A
selecção portuguesa foi a grande surpresa do Euro'84, disputado em
França, ao conquistar o 3.º lugar, depois de ter sido eliminado nas
meias finais pela selecção anfitriã, num jogo épico e impróprio para
cardíacos.
Os gauleses tinham uma grande selecção, onde emergia o talento de Michel Platini, enquadrado por um meio-campo de sonho que juntava Fernandez, Tigana e Giresse.
À partida, a selecção lusa nem o estatuto de outsider tinha. Inserida num grupo com a Alemanha, a Espanha e a Roménia, parecia condenada a não passar a primeira fase. Tanto mais que o clima de desconfiança que se sentia no seio da selecção, em consequência da rivalidade Norte/Sul, conduziu a uma solução “contra-natura” e inédita por parte da FPF, ao optar por um quarteto no comando técnico, formado por Fernando Cabrita, Toni, José Augusto e António Morais, por forma a abarcar e agradar às várias sensibilidades.
No entanto, à boa maneira portuguesa, acabámos por fazer um Euro fantástico, num contexto pouco propício ao sucesso, de divergências entre a equipa técnica e de choques e quezílias entre jogadores sulistas e nortistas.
Houve dois factores determinantes que conduziram ao sucesso: a existência de uma base do FC Porto que chegara à final da Taça das Taças, e que estaria na génese da conquista da Taça dos Campeões três anos depois, reforçada com o melhor guarda-redes português, Bento, e três grandes jogadores como Carlos Manuel, Chalana e Jordão.
O nulo com a Alemanha no primeiro jogo foi o balão de confiança que catapultou a selecção até às meias-finais, onde rubricou a exibição mais brilhante na prova, forçando a França ao prolongamento. Chalana e Jordão “partiram a loiça”.
E a França só virou o resultado graças ao talento ímpar de Platini e à falta de liderança de uma equipa técnica multicéfala, sem voz de comando para impor aos jogadores um jogo mais calculista e matreiro após Jordão nos ter colocado em vantagem a doze minutos do fim do prolongamento.
Curiosidades:
- Portugal teve 4 jogadores no onze ideal da competição: Bento, Eurico, Chalana e Jordão.
- Já a vencedora do torneio, a França, colocou 3 entre os melhores: Tigana, Giresse e Platini.
- Álvaro chegou à fase final com o estatuto de suplente, mas seria titular na estreia com a Alemanha à custa do lóbi pró-Benfica no seio da equipa técnica e de... Chalana.
- Entre os jogadores sulistas e nortistas reinava um clima de rivalidade e desconfiança.
- Jaime Magalhães, Lito e José Luís foram os extremos-direitos do três grandes sacrificados - Portugal não levou nenhum extremo-direito a França.
- Portugal juntou três dos maiores pontas de lança de sempre do futebol português na fase final.
- Nené, Jordão e Gomes, os dois primeiros em fim de carreira.
Fonte: http://www.record.xl.pt/
Os gauleses tinham uma grande selecção, onde emergia o talento de Michel Platini, enquadrado por um meio-campo de sonho que juntava Fernandez, Tigana e Giresse.
À partida, a selecção lusa nem o estatuto de outsider tinha. Inserida num grupo com a Alemanha, a Espanha e a Roménia, parecia condenada a não passar a primeira fase. Tanto mais que o clima de desconfiança que se sentia no seio da selecção, em consequência da rivalidade Norte/Sul, conduziu a uma solução “contra-natura” e inédita por parte da FPF, ao optar por um quarteto no comando técnico, formado por Fernando Cabrita, Toni, José Augusto e António Morais, por forma a abarcar e agradar às várias sensibilidades.
No entanto, à boa maneira portuguesa, acabámos por fazer um Euro fantástico, num contexto pouco propício ao sucesso, de divergências entre a equipa técnica e de choques e quezílias entre jogadores sulistas e nortistas.
Houve dois factores determinantes que conduziram ao sucesso: a existência de uma base do FC Porto que chegara à final da Taça das Taças, e que estaria na génese da conquista da Taça dos Campeões três anos depois, reforçada com o melhor guarda-redes português, Bento, e três grandes jogadores como Carlos Manuel, Chalana e Jordão.
O nulo com a Alemanha no primeiro jogo foi o balão de confiança que catapultou a selecção até às meias-finais, onde rubricou a exibição mais brilhante na prova, forçando a França ao prolongamento. Chalana e Jordão “partiram a loiça”.
E a França só virou o resultado graças ao talento ímpar de Platini e à falta de liderança de uma equipa técnica multicéfala, sem voz de comando para impor aos jogadores um jogo mais calculista e matreiro após Jordão nos ter colocado em vantagem a doze minutos do fim do prolongamento.
Curiosidades:
- Portugal teve 4 jogadores no onze ideal da competição: Bento, Eurico, Chalana e Jordão.
- Já a vencedora do torneio, a França, colocou 3 entre os melhores: Tigana, Giresse e Platini.
- Álvaro chegou à fase final com o estatuto de suplente, mas seria titular na estreia com a Alemanha à custa do lóbi pró-Benfica no seio da equipa técnica e de... Chalana.
- Entre os jogadores sulistas e nortistas reinava um clima de rivalidade e desconfiança.
- Jaime Magalhães, Lito e José Luís foram os extremos-direitos do três grandes sacrificados - Portugal não levou nenhum extremo-direito a França.
- Portugal juntou três dos maiores pontas de lança de sempre do futebol português na fase final.
- Nené, Jordão e Gomes, os dois primeiros em fim de carreira.
Fonte: http://www.record.xl.pt/
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