Esta noite, na PGE Arena, em Gdansk, a Alemanha derrotou a Grécia por 4-2, apurando-se assim para as meias-finais do EURO 2012, onde defrontará o vencedor do encontro entre Itália e Inglaterra. Lahm, Khedira, Klose e Reus marcaram para os alemães, e Samaras e Salpingidis (g.p.) para os gregos.
Eis a constituição das equipas:
Alemanha
Os
germânicos foram líderes do Grupo B, tendo feito o pleno: três vitórias
em três jogos, nove pontos conquistados! Portugal (1-0), Holanda (2-1) e
Dinamarca (2-1) foram as vítimas da “Mannschaft”.
Mario Gómez (Bayern Munique, 3), Podolski (Colónia) e Lars Bender (Bayer Leverkusen) foram os marcadores.
Grécia
Os
helénicos ficaram em 2º no Grupo A, atrás da República Checa, mas à
frente da Rússia e da Polónia, fruto de uma vitória (1-0 aos russos), um
empate (1-1 com os polacos) e uma derrota (1-2 diante dos checos).
Salpingidis (PAOK), Gekas (Samsunspor) e Karagounis (Panathinaikos) apontaram os tentos dos gregos.
Avraam Papadopoulos está lesionado, e Karagounis e Holebas castigados.
A
Alemanha entrou muito forte no encontro. Já a Grécia, ao contrário do
que já nos habituou, mostrava alguns “buracos” defensivos.
Sem
Karagounis, os helénicos apresentaram um trio de centro-campistas de
características defensivas (Makos, Katsouranis e Maniatis), subindo um
de cada vez para uma posição mais adiantada, na faixa central, sem ser
de esperar grandes desequilíbrios ofensivamente por parte destes três.
Os gregos conseguirem diminuir a intensidade da partida e colocar em prática a sua estratégia.
23’ Reus tabelou com Klose e serviu Özil, que atirou para defesa de Sifakis.
24’ O guardião helénico negou o golo a Reus.
25’ Novamente o médio do Borussia M’Gladbach em evidência, rematando para fora.
36’ Özil, com bola, arrastou consigo alguns jogadores contrários, e serviu Khedira que obrigou Sifakis a intervenção apertada.
39’
Özil, com um passe longo pelo ar, assistiu Philipp Lahm que dominou no
peito, ganhando na recepção a Torosidis, e rematou, ainda de fora da
área para o fundo das redes.
45+2’ Schürrle, efectuou uma diagonal da esquerda para o meio e chutou de pé direito, ainda de longe, às malhas laterais.
Ao intervalo, Fernando Santos trocou Ninis e Tzavelas por Gekas e Fotakis.
Gekas
foi para o eixo do ataque, Fotakis para a posição “10”, Salpingidis
passou para extremo-direito, Torosidis para lateral-esquerdo e Maniatis
para lateral-direito.
A Grécia, nesta fase, insistia num jogo directo, em passe longo, para as costas da defesa germânica.
55’
Numa transição rápida, Fotakis desmarcou Salpingidis, que progrediu
pela direita aproveitando o espaço concedido por Lahm, e cruzou rasteiro
para o segundo poste onde Samaras se antecipou a Boateng e empatou a
partida.
61’
Após cruzamento de Boateng pela direita, Khedira apareceu de trás e
atacou o espaço de Maniatis, e voltou a dar vantagem à Alemanha.
67’ Schürrle cedeu o seu lugar a Thomas Müller.
68’
Na sequência de um livre lateral cobrado por Özil, Klose ganhou nas
alturas a Kyriakos Papadopoulos e a Sifakis e cabeceou para o 3-1.
71’ Liberopoulos rendeu Makos.
74’ O guardião grego evitou inicialmente o golo a Klose, na recarga Marco Reus marcou mais um para os alemães.
80’ Mario Gómez e Götze substituíram Klose e Reus.
88’ Boateng cortou com o braço um remate de Torosidis e foi assinalada uma grande penalidade, que Salpingidis converteu em golo.
Sem
mais ocorrências até ao último apito, a Alemanha confirmou uma vitória
que lhe valeu mais uma vez a passagem às meias-finais, onde defrontará
Itália ou Inglaterra.
Os
germânicos entraram com um ritmo forte, expondo alguns “buracos” na
defesa grega, no entanto, com o passar do tempo, a estratégia helénica
moldou-se ao adversário, e com três médios de cobertura, os comandados
por Fernando Santos apresentaram um “autocarro” à frente da sua defesa,
que só conseguia ser contornado com algumas combinações bastante rápidas
dos alemães.
De
vez em quando, timidamente, a Grécia foi saindo para o contra-ataque,
sem criar grande perigo e o revés surgiu quando Lahm, com um belo remate
de fora da área, deu vantagem à “Mannschaft”.
No
segundo tempo, com o mais ofensivo Fotakis no meio-campo, os helénicos
até chegaram a empatar, mas pouco depois Khedira fuzilou Sifakis e fez o
2-1. A partir daí, não foi preciso muito tempo para o terceiro e quarto
tento da Alemanha aparecer. Quando já estava tudo resolvido,
Salpingidis ainda reduziu de grande penalidade.
Analisando os atletas em campo, começando pelos da Alemanha…
Neuer
até nem teve muito trabalho, apenas efectuou uma intervenção
complicada, Boateng fez a assistência para o 2-1, mas deixou-se
antecipar no 1-1 e cometeu o “penalty” do 4-2, Hummels e Badstuber
impuseram o seu físico perante os atacantes contrários, e Lahm marcou um
grande golo, mas deixou fugir Salpingidis no tento do empate.
Khedira,
com mais liberdade para subir do que habitualmente tem no Real Madrid,
entrou com muita potência na área adversária para marcar o 2-1, e
Schweinsteiger, que se deu a conhecer como extremo e posteriormente como
“10”, foi até o elemento mais posicional do duplo “pivot” defensivo
alemão.
Reus
marcou e criou desequilíbrios, Schürrle foi activo na esquerda,
procurando por diversas vezes diagonais, e Mesut Özil foi o homem do
jogo, participando nos quatro golos da sua equipa.
Klose também adicionou o seu nome à lista de marcadores.
Müller
e Götze não trouxeram a sua influência para a partida, e Gómez, com
poucos minutos, não conseguiu descolar de Mandzukic, Dzagoev e Ronaldo
da lista de melhores artilheiros da competição.
Quanto aos jogadores da Grécia…
Sifakis mostrou-se inseguro, parecendo mal batido no 1-0 e no 3-1.
Torosidis
falhou na antecipação a Lahm no primeiro golo encaixado, Papadopoulos
perdeu na disputa a área com Klose no terceiro tento, Papastathopoulos
foi o mais regular da linha defensiva e Tzavelas teve algumas
dificuldades perante Reus.
O
trio de médios-defensivos composto por Makos, Katsouranis e Maniatis
povoaram a zona à frente da defesa, mostrando no entanto pouca
capacidade para sair para o ataque.
Ninis
esteve apagado mas ainda assim teve nos pés o remate grego mais
perigoso do primeiro tempo, Samaras marcou o golo da experiência, e
Salpingidis fez a assistência para o tento do empate e ainda facturou de
grande penalidade.
Fotakis
deu algo próximo àquilo que é habitual ver em Karagounis, Gekas trouxe
mais alguma dinâmica no ataque e Liberopoulos não entrou a tempo de
mudar nada.
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