Esta noite, na Donbass Arena, em Donetsk, a Espanha venceu a França por 2-0 e carimbou assim a passagem às meias-finais do EURO 2012, onde defrontará Portugal. Xabi Alonso marcou ambos os golos do encontro, sendo o último de grande penalidade.
Eis a constituição das equipas:
Espanha
A última vez que “La Roja” foi eliminada de uma fase final, foi precisamente diante da França, no Mundial 2006, na Alemanha.
Na
fase de grupos, os espanhóis acabaram na liderança do Grupo C, com sete
pontos, fruto de duas vitórias (4-0 à Irlanda e 1-0 à Croácia) e de um
empate (1-1 com a Itália).
Fàbregas
(Barcelona, 2), Fernando Torres (Chelsea, 2), David Silva (Manchester
City) e Jesús Navas (Sevilha) marcaram os tentos dos espanhóis.
França
Os
gauleses ficaram em 2º no Grupo D, atrás de Inglaterra, com quatro
pontos, conquistados através de uma vitória (2-0 à Ucrânia) e um empate
(1-1 frente aos britânicos), tendo perdido na última jornada diante da
Suécia por 0-2.
Nasri (Manchester City), Menez (Paris SG) e Cabaye (Newcastle) marcaram os golos dos gauleses neste EURO 2012.
Mexès está castigado.
Os minutos iniciais da partida mostraram duas equipas com pouca vontade de correr riscos, mostrando respeito mútuo.
A
França, no seu processo defensivo, ocupava com muitos homens a faixa
central, permitindo que os laterais espanhóis aparecessem nas laterais
para causar alguns desequilíbrios.
19’
Jordi Alba recebeu um passe de Iniesta, ganhou em velocidade a Debuchy e
cruzou para o segundo poste onde Xabi Alonso cabeceou para o fundo das
redes.
Depois de se ter colocado em vantagem, “La Roja” trocava tranquilamente a bola, pondo em prática o célebre “tiki-taka”.
32’ Cabaye, de livre directo, obrigou Casillas a aplicar-se.
Intervalo.
Os comandados por Vicente Del Bosque entraram na segunda parte a impor um ritmo lento na partida.
60’ Ribéry conseguiu ganhar espaço na esquerda a Arbeloa a fez um cruzamento para a área onde Debuchy cabeceou por cima.
64’ Ménez e Nasri renderam Debuchy e Malouda.
Na Espanha, David Silva cedeu o seu lugar a Pedro.
67’ Fernando Torres substituiu Fàbregas.
79’ Laurent Blanc trocou M’Vila por Giroud.
84’ Saiu Iniesta, entrou Cazorla.
90’ Réveillère derrubou Cazorla na área francesa, e foi assinalada uma grande penalidade, que Xabi Alonso converteu em golo.
Ambas
as equipas entraram em campo na expectativa, correndo poucos riscos e
sempre à espera do momento certo para atacar, sendo que a Espanha era
quem, com naturalidade, tinha mais posse de bola, e dava mais largura ao
seu jogo.
Quando
ainda não se tinha registado nenhuma situação de perigo, “La Roja”
marcou de uma forma invulgar, através de um cruzamento, pelo ar até, e
com um cabeceamento de Xabi Alonso, que raramente aparece na área
adversária. É raríssimo ver este tipo de lance por parte dos comandados
por Vicente Del Bosque, que usam e abusam dos movimentos interiores e
passes para as costas da defesa, no entanto, foi assim que se adiantaram
no marcador.
No
segundo tempo, a França não arriscou como lhe competia, o bloco da
equipa não subiu, a pressão não aumentou muito, e os criativos Nasri e
Ménez entraram apenas a vinte e cinco minutos do fim.
Com
tranquilidade, através do seu “tiki-taka”, Espanha segurou a vantagem e
ampliou-a já nos descontos, novamente por Xabi Alonso, desta vez de
grande penalidade.
Sem surpresas, haverá duelo ibérico nas meias-finais.
Analisando os atletas em campo, começando pelos da Espanha…
Casillas
fez apenas uma intervenção complicada, Arbeloa subiu muitas vezes no
terreno mas sem grandes argumentos ofensivos, Sergio Ramos e Piqué
fizeram exibições tranquilas, e Jordi Alba não se intimidou pelo
reforçado corredor direito gaulês e deu profundidade ao flanco esquerdo,
fazendo o cruzamento para o 1-0.
Sergio
Busquets e Xabi Alonso equilibraram bem a equipa, compensando as
subidas dos laterais e até dos centrais, com destaque para o médio do
Real Madrid, que marcou os dois golos.
Iniesta,
Xavi e David Silva foram muito certeiros nos passes, sobretudo os dois
primeiros, trazendo o “tiki-taka” que usam no Barcelona.
Fàbregas actuou novamente como falso ponta-de-lança, ajudando sobretudo a equipa a manter a posse de bola.
Pedro
trouxe um par de pernas frescas para os corredores, Fernando Torres
entrou para segurar a bola e Cazorla ganhou o “penalty” que veio a dar
no 2-0.
Quanto aos jogadores da França…
Lloris não teve culpa nos golos e foi rápido a sair dos postes.
Réveillère
foi lançado para reforçar o lado direito da defesa, para travar as
subidas de Jordi Alba, mas a aposta foi falhada porque o lateral do
Valência foi à linha cruzar para o 1-0, e para terminar, o atleta gaulês
ainda cometeu a grande penalidade do 2-0, Koscielny e Rami estiveram
concentrados e não foi por aí que os franceses perderam o jogo, e Clichy
subiu no terreno, mas muito contido.
M’Vila
equilibrou a equipa e saiu a jogar praticamente sempre com um passe
certeiro, Cabaye apareceu pouco no último terço do terreno, e Malouda,
para um “10”, defendeu mais e melhor do que atacou.
Ribéry
foi quem mais remou contra a maré, Debuchy deixou fugir Jordi Alba no
primeiro golo consentido e nunca deu muita profundidade ao seu flanco, e
Benzema esteve desinspiradissimo, perdendo por muitas vezes o esférico.
Nasri não conseguiu encontrar os melhores espaços para pisar, e Ménez e Giroud pouco acrescentaram ao jogo.
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