Esta noite, no Estádio Municipal de Wroclaw, a Rússia venceu a República Checa por 4-1, na 1ª jornada do Grupo A do EURO 2012. Dzagoev (2), Shirokov e Pavlyuchenko marcaram para os russos, e Pilar para os checos.
Eis a constituição das equipas:
Rússia
Os russos, orientados por Dick Advocaat, estão em 13º no Ranking FIFA.
A
qualificação para esta competição foi conseguida após terem vencido o
Grupo B, ontem também constava a Irlanda, Arménia, Eslováquia, Macedónia
e Andorra.
Marat Izmailov, jogador do Sporting, está entre os convocados.
República Checa
Os checos ocupam o 27º lugar no Ranking FIFA.
Para
chegarem ao EURO 2012, ficarem em 2º no Grupo I, na Qualificação, atrás
da Espanha e à frente da Escócia, Lituânia e o Liechtenstein. No
“Play-Off” deixaram pelo caminho Montenegro.
Milan Baros e Rosicky recuperaram das suas lesões e são opção para o selecionador Michal Bílek.
A República Checa entrou melhor na partida, ocupando o meio-campo adversário.
15’
Na sequência de um bom lance de ataque, Zyryanov cruzou para Kerzhakov,
que cabeceou ao poste, e na recarga, a bola sobrou para Dzagoev que
atirou forte para o fundo das redes, dando vantagem aos russos.
19’ Numa transição rápida, Kerzhakov assistiu Dzagoev, que em boa posição rematou para fora.
A Rússia controlava o jogo depois do 1-0.
24’
Arshavin, a partir do flanco esquerdo, fez um passe rasteiro na
diagonal a romper a defesa checa para o segundo poste, onde Shirokov
picou o esférico sobre Cech e colocou o resultado em 2-0.
Os
comandados por Dick Advocaat reduziram a intensidade, e a partida
tornou-se mais equilibrada, ainda que com a permanência na vantagem
russa.
Ao
intervalo, Milan Bílek trocou Rezek por Hübschman, reforçando a zona
central do meio-campo, e fazendo descair Jirácek para o corredor
direito.
50’ Kerzhakov atirou ao lado, após passe de Dzagoev.
52’
Plasil com um extraordinário passe para as costas da defesa, isolou
Pilar, que contornou Malafeev e reduziu a diferença no marcador.
Os checos embalaram com o golo, voltaram ao jogo e trouxeram mais intensidade e crença.
64’ Arshavin inventou um espaço e de trivela assistiu Kerzhakov, que se libertou da marcação de Hubník mas rematou para fora.
72’ Servido por Plasil, Gebre Selassie atirou de primeira às malhas laterais.
73’ Pavlyuchenko rendeu Kerzhakov.
75’ Malafeev defendeu a dois tempos um remate de Rosicky.
Jirácek cedeu o seu lugar a Petrzela.
79’ Pavlyuchenko colocou Alan Dzagoev em boa posição, e este bisou no encontro.
82’
Após trabalho individual sobre Hubník, Pavlyuchenko conseguiu flectir
da esquerda para o meio e ganhar espaço para fazer o 4-1.
84’ Dzagoev foi substituído por Kokorin.
85’ Saiu Milan Baros, entrou David Lafata.
Até
final, não houve mais ocorrências de registo, confirmando-se assim a
vitória da Rússia, a primeira equipa a triunfar no EURO 2012.
A
República Checa até surpreendeu inicialmente, apresentando uma pressão
alta e ocupando o meio-campo contrário nos primeiros quinze minutos, no
entanto, quando a Rússia acertou o passo, inaugurou o marcador, num
lance de insistência, por Dzagoev, e a partir daí controlou o jogo com
alguma tranquilidade, mostrando um futebol de qualidade, com três homens
no meio-campo a actuarem muito perto uns dos outros, sobretudo a
defender, com Zyryanov e sobretudo Shirokov a aparecerem com alguma
regularidade nos últimos trinta metros, para ajudarem na definição dos
lances. No ataque, os falsos extremos Dzagoev e Arshavin faziam uso
preferencialmente do jogo interior e de passes a rasgar para as costas
da defesa, aproveitando a lentidão do sector mais recuado dos checos.
Foi
então com normalidade que apareceu o 2-0, e consequente diminuição do
ritmo da partida. Na segunda parte, Pilar ainda reduziu, mas já na recta
final Dzagoev e posteriormente Pavlyuchenko resolveram definitivamente o
encontro.
Analisando os atletas em campo, começando pelos da Rússia…
Malafeev
até nem foi obrigado a fazer muitas defesas, Anyukov fechou bem o seu
lado, tal como Zhirkov, se bem que este último apresentou a
particularidade de subir e descer de forma incansável pelo flanco, e
Ignashevich e Aleksei Berezutskiy foram dois pilares no eixo defensivo.
Denisov,
a defender, encostou-se aos centrais, mas deixou que Plasil e Pilar
construíssem o golo dos checos na sua zona, Zyryanov e Shirokov foram
dois médios interiores que pautaram os ritmos, com o segundo a aparecer
nos últimos trinta metros com mais regularidade, tratando também melhor a
bola, tendo facturado o 2-0.
Arshavin
foi muito dinâmico, partindo da esquerda para o meio, semeando o terror
com esses movimentos, assistindo Shirokov no segundo golo. Dzagoev
apresentou qualidade de passe e bons pormenores técnicos, até nem
desequilibrou muito nos duelos individuais, mas esteve no sítio certo
para marcar por duas vezes. Kerzhakov lutou imenso mas falhou muitos
golos.
Pavlyuchenko entrou ainda a tempo de assistir e facturar, e Kokorin revelou irreverência no reduzido período em que jogou.
Quanto aos jogadores da República Checa…
Apesar dos quatro golos sofridos, Cech não teve culpa em nenhum.
Gebre
Selassie mostrou ser um lateral interessante, defendendo com critério e
atacando com qualidade, Hubník ficou sem rins no lance do 4-1 e
juntamente com Sivok formou uma dupla de centrais muito lenta, embora
possante, e Kadlec teve responsabilidades em alguns dos golos.
Jirácek
e Plasil foram um duplo “pivot” defensivo com envolvência no ataque,
tanto que na segunda parte o primeiro passou para uma das alas, entrando
Hübschman para dar equilíbrio ao meio-campo.
Rezek
apresentou muita mobilidade, aparecendo nos dois flancos, mas acabou
por ser rendido ao intervalo, Pilar não apareceu muito na primeira parte
mas marcou o golo de honra da sua equipa, e Rosicky foi o organizador e
distribuidor de jogo, o homem por onde passou todo o processo ofensivo
da sua selecção.
Milan Baros foi útil a segurar a bola, mas teve poucas oportunidades e saiu de campo sem grande brilhantismo.
Petrzela e David Lafata acabaram por não trazer muito ao jogo.
Com este resultado, fica assim disposta a classificação do Grupo A:
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