Esta
tarde, na Donbass Arena, em Donetsk, a França derrotou a Ucrânia por
2-0, num jogo a contar para a 2ª jornada do Grupo D do EURO 2012. Menez e
Cabaye apontaram os tentos dos “bleus”.
Eis a constituição das equipas:
Ucrânia
A Ucrânia ocupa o 52º lugar no Ranking FIFA.
A
seleção do leste europeu é um dos organizadores deste EURO 2012, e por
isso, qualificou-se diretamente. Na primeira jornada, derrotaram a
Suécia por 2-1 e assumiram a liderança do Grupo D, com dois golos do
inevitável Andriy Shevchenko, agora com 35 anos e ao serviço do Dínamo
Kiev.
França
Na
ronda inaugural, os franceses empataram frente à Inglaterra a um golo,
tendo o golo sido apontado por Samir Nasri, médio do Manchester City.
5’ Fruto da chuva intensa que se fazia sentir em Donetsk, o árbitro ordenou a suspensão da partida.
Cerca
de 25 minutos depois de o jogo ter sido parado, foi anunciado que o seu
recomeço se iria dar às 18:00, algo que se confirmou.
A
Ucrânia apresentava uma postura defensiva, na qual os extremos recuavam
bastante para ajudar os laterais, com Voronin e Shevchenko a serem os
únicos jogadores que não ficavam atrás da linha da bola.
25’ Descaído pela direita, Yarmolenko puxou a bola para o pé esquerdo e rematou rasteiro ao lado.
26’ Ribéry recuperou a bola a Nazarenko na área ucraniana, e serviu Menez atirou por cima.
29’ Tymoshchuck atrasou mal a bola para Mikhalik, e Ribéry conseguiu ganhá-la e assistir Menez, mas Pyatov negou-lhe o golo.
34’ Selin com um passe longo, isolou Shevchenko pela esquerda, que obrigou Lloris a aplicar-se.
39’
Na sequência de um livre lateral de Nasri pela esquerda, Mexès
antecipou-se a Selin e cabeceou para defesa do guarda-redes da selecção
do Leste-Europeu.
Ao intervalo, Oleg Blokhin trocou Voronin por Devic.
48’ Benzema isolou Menez, mas Pyatov impediu que o atacante do Paris SG marcasse.
49’ Na resposta ao lance de perigo francês, Shevchenko, descaído pela esquerda, ganhou espaço a Rami e rematou por cima.
50’ Devic serviu Tymoshchuck, que à falta de melhores opções, tentou alvejar a baliza, mas a bola passou acima do alvo.
Nem
sempre bem jogado tecnicamente, até pelas próprias condições do relvado
(que até melhoraram na segunda parte), o encontro estava a ser muito
disputado, com muito espírito combativo dos intervenientes.
53’ Benzema assistiu Menez na direita, que conseguiu ganhar espaço a Selin e rematar de pé esquerdo para o fundo das redes.
56’
O avançado do Real Madrid voltou a estar em destaque, ao fazer mais uma
assistência, desta vez para Cabaye, que apareceu entre Mikhalik e
Gusev, e fez o 0-2.
60’ Milevskyi rendeu Nazarenko.
65’ Após uma longa sequência de passes entre os gauleses, Cabaye em zona frontal acertou com estrondo no poste.
68’ M’Vila e Aliyev substituíram Cabaye e Yarmolenko, na França e Ucrânia, respectivamente.
72’ Ribéry, de livre directo, atirou para fora.
73’ Menez foi rendido por Marvin Martin.
76’ Benzema cedeu o seu lugar a Giroud.
A
partir do momento em que se colocou em vantagem, e reforçando esse
aspecto a partir do segundo golo, os comandados por Laurent Blanc
controlaram a partida através da posse de bola, até mesmo junto à área
ucraniana.
87’ Nasri, de livre directo, obrigou Pyatov a aplicar-se.
A
chuva inicial que levou a interrupção do jogo aos 5’, e que durou quase
uma hora, tornou o relvado num piso que complicou a prática do futebol,
e foi com alguma normalidade que a partida destacou-se mais pela
combatividade e menos pela técnica, sobretudo no primeiro tempo, pois na
segunda parte, com o terreno em melhores condições, já foi visível
melhor circulação de bola, nomeadamente através do ataque francês, que
expôs ao erro a defesa ucraniana.
A
Ucrânia manteve o onze que derrotou a Suécia, mas adoptou uma postura
defensiva, com dois médios defensivos à frente dos quatro defesas, um
dos quais bastante posicional, dois extremos que recuavam bastante no
apoio aos laterais e apenas Voronin e Shevchenko sem grandes
preocupações no que concerne a fechar espaços atrás da linha da bola. A
França mudou ligeiramente o seu sistema táctico, mudando de um 4x3x3 com
um único “pivot” para um 4x2x3x1, fazendo Nasri ocupar a função de “10”
e retirando um dos médios interiores (Malouda), para a entrada de
Menez, que foi para ala-direita.
Na
primeira parte, como já foi referido, o estado do relvado proporcionou
um futebol mais combativo e menos técnico, mas no segundo tempo, já deu
para se colocar em campo aquilo que os craques melhor sabem fazer com a
bola nos pés, e antes de se atingir a hora de jogo, os gauleses já
ganhavam por 2-0.
Até
final, foi gerir o esforço e a partida através de uma posse de bola a
fazer lembrar o Barcelona, com inúmeros passes seguidos, e bem perto da
área adversária.
Analisando os atletas em campo, começando pelos da Ucrânia…
Pyatov apesar dos golos sofridos fez uma excelente exibição, impedindo a goleada.
A
defesa revelou, sobretudo na segunda parte, em que o relvado permitiu
melhor circulação de bola, alguma falha de concentração nas marcações, e
daí, Selin foi batido no lance do 0-1 e Gusev e Mikhalik no 0-2,
Khacheridi acabou por ser o elemento em melhor rendimento no sector
defensivo.
No
duplo “pivot” defensivo, Tymoshchuck foi mais posicional e Nazarenko
mais móvel, não estando ambos isentos de responsabilidades nas trocas de
bola pelos seus sectores, que originaram os golos gauleses.
Yarmolenko
e Konoplyanka foram dois extremos com bastante tendência a flectir para
o meio, até porque estavam no lado aposto ao seu melhor pé, com
destaque para o primeiro, que esteve mais em jogo, mais lutador e mais
possante.
Voronin esteve apagado e Shevchenko quando apareceu foi perigoso, mas acabou por inconsequente.
Devic trouxe mais à partida que Voronin, mas sem grandes resultados, e Milevskyi e Aliyev pouco acrescentaram.
Quanto aos jogadores da França…
Lloris foi obrigado a uma defesa complicada e viveu mais uma tarde com poucos sobressaltos.
Debuchy
e Clichy acabaram por não dar tanta profundidade como o lateral do
Lille e Evra tinham feito frente a Inglaterra, mas a alteração táctica
que Laurent Blanc promoveu também não convidou a isso, e a Mexès e Rami
nada há a apontar.
Aliou
Diarra foi um muro à frente da defesa e Cabaye um médio-defensivo com
características de “8”, que se libertou da sua posição para subir no
terreno para fazer o 0-2, e só o poste impediu o 0-3.
Menez
fugiu sempre do seu flanco para ocupar zonas mais interiores e abriu o
marcador, Nasri apareceu a espaços, não se adaptou bem ao terreno, e
Ribéry foi uma autêntica carraça para os defesas.
Benzema continua em branco no EURO 2012, mas foram dele as duas assistências.
M’Vila reforçou o meio-campo defensivo, e Marvin Martin e Giroud refrescaram o ataque, sem ter estado em grande evidência.
Com este resultado, fica assim disposta a classificação provisória do Grupo D:
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