sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Juvenis despertarianos perderam em casa mas querem vencer em Almada: “A manutenção é fácil de conseguir”
O Despertar Sporting Clube, de Beja, é uma das três equipas alentejanas que disputam a série E do Campeonato Nacional de Juniores B (juvenis).
Texto e foto Firmino Paixão
No Despertar juntam-se o Sport Clube Odemirense, que na época anterior conseguiu a manutenção, e o Lusitano Ginásio Clube, de Évora. O Elétrico de Ponte de Sor, na série C, completa o quadro de representações do Alentejo neste patamar nacional. Os bejenses começaram a prova no seu terreno, mas não o fizeram da melhor maneira, perderam por três bolas a uma com o Oeiras. O treinador da equipa, Jorge Martelo, assume o maior poderio do adversário mas está confiante na manutenção. Apela à união dos clubes bejenses na cedência de jogadores para as equipas que estão no nacional e rejeita o facto de o Despertar ser o emblema que mais dificuldade cria aos seus parceiros.
Começar um campeonato em casa é sempre favorável, mas o resultado foi negativo…O Oeiras é um clube que tem recursos humanos que nós não temos. Tentámos com todas as nossas forças chegar a bom porto, não o conseguimos, temos o grupo que temos, limitado em certas posições, mas é com isso que vamos competir neste campeonato.
Que perspetivas tem para este campeonato?As perspetivas são as melhores, é a manutenção neste patamar nacional, apesar de termos um plantel curto, em termos de qualidade temos jogadores fantásticos. Perdemos com o Oeiras que não é do nosso campeonato, mas, possivelmente, conseguiremos a manutenção com alguma facilidade.
O plantel tem virtudes para o conseguir?Estes jogadores vêm juntos desde as Escolinhas. Começaram aqui com cinco anos, têm feito a sua formação no Despertar e passado pelos diversos campeonatos distritais e nacionais. Tivemos a necessidade de o reforçar com outros jogadores, nomeadamente de Cuba, que é um grande centro de recrutamento que temos.
E terão uma segunda equipa neste escalão a competir no distrital?Os melhores atletas estão escolhidos e integram esta equipa do nacional. A maioria dos jogadores da outra equipa são juvenis de primeiro ano que fizeram o nacional de iniciados na última época, mas que ainda não têm maturidade física para o nacional de juvenis. Mas só jogando é que podem evoluir, por isso, não fazendo sentido termos muitos jogadores parados, optámos pela criação de uma equipa B para fazermos uma gestão mais eficaz desses recursos.
Odemirense e Despertar são as únicas equipas do distrito nesta prova, o que é pouco…É muito curto, se analisarmos geograficamente esta série vemos duas equipas do Algarve, duas de Beja, uma de Évora e o resto é de Setúbal para cima. Não sei o que se passa, mas enquanto os clubes do sul não se entenderem uns com os outros, para fazermos equipas cada vez mais fortes, não vamos a lado nenhum. Não para representarmos o Despertar ou o Desportivo de Beja, mas para representarmos o nosso distrito com dignidade e com os melhores jogadores, chegando a um acordo entre todos os clubes. Seria mais fácil para termos equipas mais fortes na região.
O Odemirense conseguiu, invulgarmente, manter-se mais do que uma época consecutiva…Foi um acontecimento histórico. Mas eu direi que enquanto os adultos que mandam no futebol não se entenderem será muito difícil para as equipas alentejanas. Nós estamos no interior e não temos possibilidade de recrutar jogadores com qualidade. As coisas não estão fáceis. Eu até aproveitava para, publicamente, pedir aos clubes da cidade de Beja para que, de uma vez por todas, se entendam e que trabalhem em prol do futebol distrital e que consigam levar o nome da cidade de Beja bem alto, porque se não for assim é impossível.
Mas é o Despertar quem mais dificulta a saída dos seus jogadores. Na última época viu--se isso com o Desportivo de Beja…
É a primeira vez que me falam dessa história, tirando as conversas da meia laranja. Eu telefonei na altura ao coordenador Vítor Rodrigues quando ele fez os pedidos de desvinculação de 26 atletas, não é um número normal, muitos nem sabiam que o Desportivo os queria, telefonei a pedir ao coordenador para chegarmos a um entendimento. Naturalmente que não dispensaríamos todos os jogadores, dentro da lógica de que as duas equipas estavam no mesmo campeonato, e a resposta que me deu foi a de que não se sentaria comigo à mesa e queria os melhores. Partiu daí essa polémica das cartas de desvinculação.
O próximo jogo é para ganhar?
Vamos a Almada, também será um jogo difícil, as equipas de Lisboa e Setúbal têm um recrutamento mais diversificado, mas nós nunca atiramos a toalha ao chão, vamos lutar com as armas que temos e seguramente que no domingo conseguiremos um resultado diferente daquele com que iniciámos o campeonato.
Fonte: http://da.ambaal.pt
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário