volta a bater o recorde nacional (4:21.94)
David
Grachat terminou esta terça-feira à tarde em 6.º lugar na final dos 400
metros livres S9 nos Jogos Paralímpicos. O nadador português, de 25
anos, voltou a bater o recorde nacional, ao realizar o grande tempo de
4:21.94 minutos, pulverizando a sua marca da manhã (4.24,10)
No
final, David Grachat estava visivelmente satisfeito com este "muito
bom" resultado. "Eu estava à espera que corresse bem e de fazer 4.23 à
tarde, mas dar um 4.21 é uma marca espetacular", afirmou à Lusa.
O
estudante de Ciências de Desporto, que nasceu sem a mão esquerda,
estava consciente de que "era muito difícil" chegar ao pódio, cujo
primeiro lugar foi ocupado pelo australiano Brenden Hall, com um novo
recorde mundial (4.10,88 minutos).
"Mas quando acabei vi que
estive muito perto de ter uma medalhinha, mas este sexto lugar é muito
bom", declarou, referindo-se à diferença de três segundos para o
terceiro classificado, o italiano Frederico Morlacchi (4.18,98 minutos).
Além desta prova, David Grachat competirá ainda nos Jogos Paralímpicos
em 50 metros livres S9, 100 metros livres S9 e 200 metros estilos SM9.
"Esta
era a minha prova, cumpri as minhas expetativas nestas provas, bati
dois recordes nacionais e fui à final", vincou. Para as restantes,
pretende "lutar para fazer o recorde nacional e, se conseguir, ir à
final".
Os nadadores com deficiências locomotoras são
agrupados nos diversos estilos (livres, costas, bruços, mariposa e
estilos) de acordo com as suas capacidades funcionais através de
avaliações, nomeadamente, da força muscular, coordenação e limitação de
movimentos. Atletas com diferentes deficiências podem disputar a mesma
prova, enquanto um atleta pode ser classificado de forma diferente em
cada um dos estilos. Existem nove classes desportivas de classificação
de deficientes visuais, 10 classes para deficientes locomotores nas
disciplinas de livre estilo, costas e mariposa e oito classes para
costas e estilos.
A classe S9 destina-se a atletas com
malformação congénita, na qual o português entra por ter nascido sem a
mão esquerda, enquanto o vencedor da prova, Brenden Hall, é amputado da
perna direita. Os nadadores não podem usar aparelhos de assistência ou
próteses.
Fonte: http://www.record.xl.pt/
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