sexta-feira, 7 de junho de 2013

Ardente


José Saúde
A história do desporto regional de Beja é imensurável. Viajo pelas calendas desportivas de uma coletividade oriunda da terra de Salúquia que embala honradamente o trivial cidadão deste recanto sagrado a que chamo reino alentejano: o Moura Atlético Clube. Observando o seu passado, e numa justíssima olhadela aos seus primórdios, este admirar constante resvala para tempos de outrora em que o “Sempre Fixe”, o “Glória ou Morte”, “Os Onze Unidos” e os “Revoltosos”, onde se destacavam os jogadores Zé Costa, o Miguel Serrano, o Hilário, o Carapinha, o João Peres e o João Acabado, entre outros, rumaram com êxtase à fundação do MAC. Decorria o ano de 1942 do dia 17 do mês de janeiro. Nesses longínquos tempos a sede era um local onde acorria a juventude e que tinha, na altura, como funcionário um jogador da casa de nome Joaquim Lobato, por alcunha o “Peseta”. Seguiram-se, logicamente, períodos áureos, sendo que no velhinho Maria Vitória se timbraram páginas de glória dos amarelos. O futebol criou, entretanto, raízes profundas na população mourense e a intrínseca paixão clubística entre os adeptos e os atletas continua visível. Com o evoluir do tempo o MAC, por conta própria, rumou para a construção das suas infraestruturas que são hoje uma montra para uma população que nunca renegou a empatia pelo emblema do seu coração. O futebol, genericamente, dimensionou-se de tal forma que a sua realidade contempla-nos com inequívocas graças que colocam o MAC no zénite das atenções. Os responsáveis possuem a certeza que as condições físicas e humanas constatadas se conjugam de tal forma que atingir o céu é seguro e recusam embarcar em falsas construções feitas em castelos de areia. Olhando a plenitude de grandeza do grémio mourense, asseguro que a subida ao campeonato nacional de seniores, novo modelo, se afirma ardente e que das bandas de Moura continuam a soprar ventos de bonança. Parabéns!

Fonte:  http://da.ambaal.pt/

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