O histórico columbófilo bejense José Ameixa foi o vencedor absoluto da campanha desportiva 2013 da Associação Columbófila do Distrito de Beja. A Sociedade Columbófila Asas de Beja foi a melhor coletividade.
Texto e foto Firmino Paixão
José Tomás Piçarra Ameixa, o carismático columbófilo do Asas de Beja, foi o vencedor absoluto da campanha 2013, ainda que não tenha conseguido nenhum primeiro lugar nas diversas variantes de voo, mas a regularidade dos seus voadores projetou a colónia para o topo da geral distrital. António Ninhos, columbófilo mourense que preside à associação regional da modalidade, venceu o grande fundo, Jorge Trigacheiro (Asas de Beja) liderou no fundo, a sociedade serpense Reis & Ventura ganhou o meio fundo e na velocidade triunfou a sociedade Coelho & Guerreiro, das Asas Verdes de castro Verde. Ameixa ganhou também a geral na zona norte (antiga centro leste) e Os Inseparáveis, de Aljustrel, venceram a geral da zona sul. No plano coletivo assinala-se a habitual hegemonia da Sociedade Columbófila Asas de Beja, com triunfo na zona norte e na geral, ao mesmo tempo que a coletividade castrense Asas Verdes conseguia vencer a zona sul.
O campeão absoluto José Ameixa, 63 anos, faz questão de repartir o mérito com o descendente João, atual gestor da colónia dizendo: “O meu filho é que devia pronunciar-se porque é ele, atualmente, o maior protagonista, eu limito-me, apenas, a ajudá-lo”. Mas concorda que com ele partilha a experiência e o saber que provêm de muitos anos numa modalidade com grande tradição na família Ameixa. E assume: “O meu João, provavelmente, já me ultrapassou no conhecimento de certas técnicas”. O columbófilo bejense diz não ter feito a campanha que desejava e qualifica-a, apenas, de razoável, admitindo: “Há outras pessoas a concorrer, que se dedicam e, algumas vezes, temos que perder para elas, porque também têm o seu valor, isso é normal e salutar”.
Lembrando que nos últimos concursos de maior distância recebeu sete pombos com ferimentos, José Ameixa refere: “Foi uma campanha difícil, perderam-se muitos pombos, não sei se foi a meteorologia ou a linha de voo, que fez com que isso acontecesse, mas perderam-se alguns dos melhores pombos que andavam em concursos”. O columbófilo sublinha, no entanto, que tiveram “um bocado de sorte”, porque, antes da campanha, tirou “uma boa dúzia das melhores aves para a reprodução, senão ainda hoje estaria a chorar por alguns deles”.
Sobre as novas linhas de voo, Ameixa diz que “a opinião generalizada dos columbófilos é discordante, porque muitos concursos passam por habitats de grandes aves de rapina existentes no sul de Espanha e isso contribui, seguramente, para a grande perda de pombos”. E lembra: “Não vejo que isso tenha a ver com justiça, eu ganhava com as outras linhas de voo e agora ganho na mesma, mas isso deve-se à grande qualidade e quantidades da minha colónia”. E remata lembrando que na Sociedade Asas de Beja houve concorrentes que perderam mais de 100 pombos. Uma discussão que fica assim em aberto, uma vez que o calendário 2013 não difere muito do que os alados cumpriram este ano.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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