O Farense conseguiu a 2ª vitória na Liga 2 num jogo que valeu pela 2ª parte, onde o Farense foi nitidamente superior ao adversário, mostrando argumentos até aqui escondidos de um plantel que finalmente mostrou qualidades para lutar por uma classificação digna dos pergaminhos da camisola que enverga. A 1ª parte deste jogo, foi jogada de igual forma pelas 2 equipas, ou seja recorrendo quase sempre ao futebol direto, com os defensores a colocarem quase sempre a bola nos seus avançados e, como vem sendo hábito, o Farense não teve os mesmos argumentos que o Adversário, pois que enquanto o Covilhã, aproveitou muitos desses lançamentos para iniciar jogadas de envolvimento ofensivo, embora sem criar grande perigo para a baliza de Ivo, o Farense sistematicamente perdia as bolas enviadas para Adelaja, pois ele, em vez de tentar controlar a bola, aguardando a subida dos colegas, tentou colocar no companheiro mais próximo Rambé que era presa fácil dos defensores contrários. Além disso, o meio campo tinha muitas dificuldades em roubar a bola e desenvolver jogadas de envolvimento. E assim chagamos ao intervalo, com os guarda redes praticamente de "férias", a excepção foi uma excelente defesa de Ivo na sequência de um livre direto marcado à entrada da área.
Para a 2ª parte, o treinador do Farense, fez logo de inicio 2 alterações: substituiu o organizador de jogo Fábio Felício por Livramento e o central Diogo Silva pelo médio Gualter, fazendo recuar Lameirão para central. E o Farense não podia Ter reiniciado o jogo de melhor maneira, pois logo na jogada inicial Ibokun subiu pelo flanco direito, até à linha de fundo e cruzou, para Rambé aparecer ao 1º poste a cabecear para o fundo da baliza adversária, fazendo o 1-0. Este golo, aliado a uma maior dinâmica do meio campo, onde Gualter se impunha pela força, garra e velocidade de antecipação, e com uma ala direita com Ibokun, Livramento e Carlitos(onde andava este jogador?) a transportarem jogo de trás para a frente, levando o perigo para a defensiva forasteira. E foi precisamente pelo lado direito do seu ataque que o Farense chegou ao 2º golo, à passagem dos 21 minutos da 2ª parte com Carlitos a passar por todos os adversários que lhe apareceram pela frente a cruzar forte para perto da baliza do Covilhã em que um ressalto num defensor visitante levou a bola para o fundo da baliza.
Estava feito o resultado, pois apesar do Covilhã ter tentado chegar ao golo, a defensiva local foi sempre capaz de resolver todos os problemas sem percalços de maior.
Esperemos que este jogo tenha sido a peça que faltava para a equipa do Farense se desinibir e começar a mostrar argumentos para lutar pela subida na tabela classificativa. Neste jogo já vimos que os jogadores afinal sabem jogar à bola e que andavam apenas apagados, possivelmente por estranharem um clima novo com adeptos sempre presentes e a puxar por eles, e por não estarem a conseguir os resultados que todos esperamos... Parecia que andavam envergonhados por não estarem a corresponder às expectativas e verem os adeptos sempre a apoiar, enquanto que noutros clubes o normal é serem assobiados quando jogam mal...
Crónica de Eduardo Roque
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