Krysztof Holowczyc vence a edição de 2013 da Baja
Portalegre 500. O piloto polaco foi o mais forte ao longo dos dois dias de
prova na mais importante prova de TT em Portugal e não só repetiu a vitória que
já tinha alcançado em 2010 como ainda conquistou a Taça do Mundo da
especialidade.
Num dia histórico para o todo-o-terreno na Polónia, o
seu compatriota, Martin Kaczmarski, que também esteve em Portalegre com um Mini
All4 Racing preparado pela X-Raid, teve uma estreia em grande, com o segundo
posto absoluto. Com o português, Filipe Palmeiro, como co-piloto, o jovem
polaco terminou a 1m20s do vencedor.
Quem também tem razões para celebrar é Pedro Grancha.
Terceiro classificado e melhor português em prova, o campeão nacional de 2005
nunca tinha obtido um resultado tão bom em Portalegre. O piloto de Cascais
concluiu os cerca de 420 quilómetros de prova a 19m34s de Holowczyc.
Para o vencedor, esta presença em Portalegre só teve
aspectos positivos porque conseguiu vencer, conquistar a taça e preparar outros
desafios no futuro. “Tenho mais uma flor para o meu palmarés. Este título é
importante e a vitória, pela segunda vez, em Portalegre, também”, afirmou. Um
lugar entre os cinco primeiros bastava para conquistar a competição
internacional, mas Holowczyc não se limitou a gerir o resultado. “Nunca guiei a
pensar no quinto posto”, garantiu. “O nível em Portugal é muito bom e não é
normal haver tantos espectadores. Foi fantástico”, concluiu o piloto do Mini.
Momentos antes da cerimónia de pódio, Pedro Grancha
não escondia o seu contentamento com o resultado obtido. “Melhor era
impossível. Este foi o lugar mais alto que consegui em Portalegre. Durante a
prova não arrisquei nada. Queria chegar ao fim e não ter problemas. Ainda
apanhámos um susto no último sector com uma fita no percurso mas correu tudo
bem. Foi uma prova difícil em que o piso estava bastante duro”, confessou o melhor
português na 27ª Baja Portalegre 500.
O também polaco, Marek Dabrowski, concluiu a sua
participação com um quarto lugar, enquanto o russo Boris Gadasin, fechou o lote
dos cinco primeiros.
O primeiro protagonista do filme da prova foi Miguel
Barbosa, que venceu a super-especial e assim se tornou no líder da baja.
Contudo, na passagem de uma ribeira ao quilómetro 12 do dia de hoje, alguma
água entrou para o motor do Mitsubishi Racing Lancer e o campeão nacional
acabou por abandonar ao fim de 15 quilómetros. A partir daí, Holowczyc assumiu
a liderança que não mais largou até final.
Apesar de não ter chovido, o percurso estar
praticamente seco, houve inúmeros pilotos a terem problemas, entre os quais Rui
Sousa, que nem concluiu a super-especial, e Nuno Matos, que ficou pelo caminho
com problemas de transmissão no Opel Mokka Proto. Reinaldo Varela, o brasileiro
que assumiu estar em Portalegre para vencer, foi outro dos pilotos que teve
problemas quando o alternador da sua Toyota ter falhado. Com estes incidentes,
as equipas mais constantes acabaram por subir na classificação e é por isso que
o melhor T2 acabou em sexto.
Nesta categoria específica, a vitória foi para o
italiano Elvis Borsoi, mas o russo Alexander Baranenko também comemorou pois
conquistou a Taça do Mundo ao terminar em terceiro. O melhor português foi
Alexandre Franco, que terminou em segundo a 14m11s do vencedor.
No evento nacional, o triunfo foi
para Carlos Almeida, em Nissan Pathfinder. O segundo classificado foi Rui
Marques, a 10m01s do vencedor, e Etelvino Carvalho completou o pódio. O
terceiro posto nesta competição valeu, ainda a vitória no Desafio Mazda que
será decidido na próxima prova organizada pelo ACP, as 24 Horas TT de
Fronteira, que se realizam entre os dias 28 deste mês e 1 de dezembro.
Nuno Matos
frustrado com desistência
Já a dupla de Portalegre, Nuno Matos e Filipe Serra,
despediram-se ingloriamente do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno 2013,
abandonando a Baja Portalegre 500 ao km 125 do primeiro Setor Seletivo, numa
altura em que ocupavam um promissor 4º lugar na classificação geral e eram a
melhor dupla portuguesa em prova.
“Estávamos a andar muito bem, sem forçar em demasia,
mas com um ritmo constante. Tínhamos acabado de passar em CP1 (km 117) quando o
carro pura e simplesmente bloqueou… Ainda não sabemos exatamente a origem do
problema, embora admita que possa estar relacionado com o motor. Enfim, é um
final de época frustrante! Resta-nos agradecer o apoio que todos nos deram ao
longo desta época e muito especial nestes últimos dias”, afirmou o piloto.
“É realmente muito frustrante
quando não conseguimos transformar em resultados o árduo trabalho que temos
dedicado a este projeto. Naturalmente que há aspetos que temos obrigatoriamente
que melhorar ou corrigir, mas a verdade é que nunca deixamos de evoluir ou de
procurar soluções para os problemas que foram surgindo e que são próprios da
juventude deste projeto. Estamos desiludidos, é verdade… Mas estamos também
convictos de que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para dignificar
este projeto e os seus patrocinadores. Para o ano seguramente que voltaremos
mais fortes e ainda mais determinados. Disso não tenho qualquer dúvida”,
concluiu Nuno Matos.
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