segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Baja Portalegre. Vitória polaca. Desistência de Nuno Matos e Miguel Barbosa

Krysztof Holowczyc vence a edição de 2013 da Baja Portalegre 500. O piloto polaco foi o mais forte ao longo dos dois dias de prova na mais importante prova de TT em Portugal e não só repetiu a vitória que já tinha alcançado em 2010 como ainda conquistou a Taça do Mundo da especialidade.
Num dia histórico para o todo-o-terreno na Polónia, o seu compatriota, Martin Kaczmarski, que também esteve em Portalegre com um Mini All4 Racing preparado pela X-Raid, teve uma estreia em grande, com o segundo posto absoluto. Com o português, Filipe Palmeiro, como co-piloto, o jovem polaco terminou a 1m20s do vencedor.
Quem também tem razões para celebrar é Pedro Grancha. Terceiro classificado e melhor português em prova, o campeão nacional de 2005 nunca tinha obtido um resultado tão bom em Portalegre. O piloto de Cascais concluiu os cerca de 420 quilómetros de prova a 19m34s de Holowczyc.
Para o vencedor, esta presença em Portalegre só teve aspectos positivos porque conseguiu vencer, conquistar a taça e preparar outros desafios no futuro. “Tenho mais uma flor para o meu palmarés. Este título é importante e a vitória, pela segunda vez, em Portalegre, também”, afirmou. Um lugar entre os cinco primeiros bastava para conquistar a competição internacional, mas Holowczyc não se limitou a gerir o resultado. “Nunca guiei a pensar no quinto posto”, garantiu. “O nível em Portugal é muito bom e não é normal haver tantos espectadores. Foi fantástico”, concluiu o piloto do Mini.
Momentos antes da cerimónia de pódio, Pedro Grancha não escondia o seu contentamento com o resultado obtido. “Melhor era impossível. Este foi o lugar mais alto que consegui em Portalegre. Durante a prova não arrisquei nada. Queria chegar ao fim e não ter problemas. Ainda apanhámos um susto no último sector com uma fita no percurso mas correu tudo bem. Foi uma prova difícil em que o piso estava bastante duro”, confessou o melhor português na 27ª Baja Portalegre 500.
O também polaco, Marek Dabrowski, concluiu a sua participação com um quarto lugar, enquanto o russo Boris Gadasin, fechou o lote dos cinco primeiros.
O primeiro protagonista do filme da prova foi Miguel Barbosa, que venceu a super-especial e assim se tornou no líder da baja. Contudo, na passagem de uma ribeira ao quilómetro 12 do dia de hoje, alguma água entrou para o motor do Mitsubishi Racing Lancer e o campeão nacional acabou por abandonar ao fim de 15 quilómetros. A partir daí, Holowczyc assumiu a liderança que não mais largou até final.
Apesar de não ter chovido, o percurso estar praticamente seco, houve inúmeros pilotos a terem problemas, entre os quais Rui Sousa, que nem concluiu a super-especial, e Nuno Matos, que ficou pelo caminho com problemas de transmissão no Opel Mokka Proto. Reinaldo Varela, o brasileiro que assumiu estar em Portalegre para vencer, foi outro dos pilotos que teve problemas quando o alternador da sua Toyota ter falhado. Com estes incidentes, as equipas mais constantes acabaram por subir na classificação e é por isso que o melhor T2 acabou em sexto.
Nesta categoria específica, a vitória foi para o italiano Elvis Borsoi, mas o russo Alexander Baranenko também comemorou pois conquistou a Taça do Mundo ao terminar em terceiro. O melhor português foi Alexandre Franco, que terminou em segundo a 14m11s do vencedor.
No evento nacional, o triunfo foi para Carlos Almeida, em Nissan Pathfinder. O segundo classificado foi Rui Marques, a 10m01s do vencedor, e Etelvino Carvalho completou o pódio. O terceiro posto nesta competição valeu, ainda a vitória no Desafio Mazda que será decidido na próxima prova organizada pelo ACP, as 24 Horas TT de Fronteira, que se realizam entre os dias 28 deste mês e 1 de dezembro.
Nuno Matos frustrado com desistência
Já a dupla de Portalegre, Nuno Matos e Filipe Serra, despediram-se ingloriamente do Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno 2013, abandonando a Baja Portalegre 500 ao km 125 do primeiro Setor Seletivo, numa altura em que ocupavam um promissor 4º lugar na classificação geral e eram a melhor dupla portuguesa em prova.
“Estávamos a andar muito bem, sem forçar em demasia, mas com um ritmo constante. Tínhamos acabado de passar em CP1 (km 117) quando o carro pura e simplesmente bloqueou… Ainda não sabemos exatamente a origem do problema, embora admita que possa estar relacionado com o motor. Enfim, é um final de época frustrante! Resta-nos agradecer o apoio que todos nos deram ao longo desta época e muito especial nestes últimos dias”, afirmou o piloto.
“É realmente muito frustrante quando não conseguimos transformar em resultados o árduo trabalho que temos dedicado a este projeto. Naturalmente que há aspetos que temos obrigatoriamente que melhorar ou corrigir, mas a verdade é que nunca deixamos de evoluir ou de procurar soluções para os problemas que foram surgindo e que são próprios da juventude deste projeto. Estamos desiludidos, é verdade… Mas estamos também convictos de que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para dignificar este projeto e os seus patrocinadores. Para o ano seguramente que voltaremos mais fortes e ainda mais determinados. Disso não tenho qualquer dúvida”, concluiu Nuno Matos.

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