sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Potenciar a defesa pessoal...
A “integridade, humildade e o respeito pelo próximo”, valores fundamentais do krav maga, foram treinados em Beja por 70 praticantes, com a presença do diretor técnico nacional da modalidade.
Texto e fotos Firmino Paixão
O mestre Paulo Pereira, presidente da Federação Por-tuguesa de Krav Maga, diretor técnico nacional da modalidade, IV darga de krav maga e monitor do III nível, dirigiu na cidade de Beja (Pavilhão da Escola de Santiago Maior) a 1.ª etapa da Volta a Portugal em Krav Maga, sistema criado em Israel pelo eslovaco Imi Lichtenfeld, disciplina que já está presente em mais de uma dezena de países e que, atualmente, tem um polo a funcionar na Casa da Cultura de Beja, sob orientação do instrutor João Cuco.
Mas, afinal, o que é o krav maga, que em hebraico significa “combate próximo”. O mestre Paulo Pereira explicou que “é um sistema de defesa pessoal e combate corpo a corpo, um sistema que estuda todas as situações a que o ser humano pode ser sujeito, quer ameaças, quer ataques, e o estudo desse sistema é exatamente para potenciar ao próprio praticante a capacidade de se defender perante qualquer situação”. Praticado a partir dos 14 anos, e sem limite de idade, “é uma disciplina virada para as situações concretas a que qualquer cidadão comum pode estar sujeito”. “Trabalhamos defesa e contra ataque, mas também situações de armas, ameaças e ataques. É um trabalho muito abrangente”, disse o técnico nacional, assegurando: “Ensaiamos as situações de ansiedade com que se depara o próprio praticante face ao tipo de ataque, e, naturalmente, ele vai estar mais seguro e confiante, mas também muito mais alerta, e uma coisa muito importante no krav maga são as medidas preventivas que o próprio cidadão tem que ter”.
Nascido em Israel, uma nação em permanente conflitos, o krav maga pode ter origem numa relação causa consequência. “Quem desenvolveu o krav maga era um profissional responsável pelo combate corpo a corpo do exército israelita e quando se reformou desenvolveu o programa cá fora, como preocupação de capacitar os civis para, num ambiente tão hostil, poderem defender”, explicou Paulo Pereira.
Imi Lichtenfeld, o fundador do krav maga, nascido na Eslováquia, era conhecido como o homem que liderou os grupos de resistência contra os nazis e foi puxado para desenvolver esse trabalho em Israel, notou o dirigente nacional Paulo Pereira, que é um dos mais brilhantes alunos do líder da Federação Europeia, Richard Douieb, que, há 14 anos, lhe confiou a implantação do krav maga em Portugal. Paulo Pereira assumiu que “o krav maga foi beber em várias artes marciais, o que o Imi fez foi eleger o que era mais importante para aplicar neste estilo e construiu um modelo cuja metodologia de ensino desenvolve a capacidade de auto-controlo e também proporciona um maior equilíbrio emocional ao cidadão”.
O krav maga, criado na década de 40, “foi um projeto que no ano 2000 me foi proposto desenvolver em Portugal, pelo presidente da Federação Europeia, e que tem corrido muito bem, com a ajuda de todos estes instrutores e praticantes, que têm dinamizado a modalidade. Estamos a crescer, um pouco pelas situações do nosso dia-a-dia e também graças ao excelente trabalho técnico feito por todas as escolas a nível do continente e das ilhas”, e cuja Volta a Portugal fica ainda com quatro etapas por cumprir (Portimão, Portalegre, Porto e Torres Novas), mas que pode voltar a Beja, diz o responsável. “Certamente é uma escola que está a crescer muito bem, com excelentes instrutores, o João Cuco e o delegado regional de Évora, Pedro Silva, que têm feito um excelente trabalho”, referiu ainda o técnico nacional, concluindo que o krav maga é uma disciplina muito abrangente, com praticantes na média dos 35 anos e já eleita por quem precisa de melhorar a sua condição física e se preocupa com a auto-defesa.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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