Divulgar a modalidade, assinalar o início da época desportiva e fomentar o espírito do kayak polo em Beja são os grandes objetivos do torneio internacional que a Associação Pagaia Sul aqui promove anualmente.
Texto Firmino Paixão Foto APS
A IX edição disputa-se este fim de semana na Piscina Municipal de Beja, com início pelas 9 horas de sábado e prolonga-se ao longo do dia, concluindo-‑se no domingo cerca das 15 horas.
Reconhecendo que o kayak polo é ainda uma modalidade pouco conhecida na região, Paulo Remechido, dirigente da Associação Pagaia Sul, considera que o facto de a prova se realizar há nove anos consecutivos, pressupõe que as metas são anualmente conseguidas e sublinhou: “O torneio já está consolidado ao nível nacional, é a prova de kayak polo com o maior número de atletas e onde as principais equipas querem estar presentes”.
O dirigente realça, contudo: “O que mais importa para nós é a satisfação com que eles saem daqui. É mais relevante o sorriso que eles levam estampado no rosto, do que o lugar que alcançaram na prova. É sempre bom perceber que o nosso trabalho está a ir pelo caminho correto”.
Quanto ao painel de concorrentes, Paulo Remechido revelou: “Já temos 12 equipas inscritas, contamos com a presença das melhores formações nacionais e três equipas vindas de Espanha”. Equipas que vêm de locais distantes como Arcos de Valdevez, Coimbra, Málaga ou Madrid. Apesar na discreta presença da modalidade no sul do Alentejo (tem pólos em Beja e Ferreira do Alentejo), o dirigente salienta: “O kayak polo, ao longo dos anos, tem contado com uma hegemonia do Clube de Canoagem de Setúbal, que são campeões nacionais há 20 anos consecutivos, no entanto, a Pagaia Sul é uma equipa em que conta com atletas mais experientes e com outros atletas que, apesar de serem jovens, têm um grande espírito competitivo, são dedicados e talentosos”. Se a equipa de Beja conseguir ganhar jogos e obtiver bons resultados, a convocatória de atletas seus para as seleções nacionais será natural e óbvia, como tem acontecido nas últimas épocas, adianta ainda Paulo Remechido.
Questionado sobre a necessidade de abrir a modalidade à comunidade bejense, o dirigente lembrou: “A Pagaia Sul precisa de uma reestruturação profunda, é um clube, em termos diretivos, muito pouco funcional, a maior parte das pessoas que compõe os corpos sociais não reside em Beja, nem tem disponibilidade para exercer esses cargos”. Por outro lado, reconhece com evidente pragmatismo: “Apesar de termos recorrido a um empréstimo financeiro e termos uma isenção de pagamento de renda no Cais da Planície durante seis anos, ainda não foi possível adquirirmos material desportivo para a iniciação, o que impossibilita a entrada de novos praticantes, ou seja, a falta de quórum existente na Associação Pagaia Sul, aliada à falta de investimento em material desportivo, impossibilita a entrada de novos atletas”, concluiu o dirigente.
Fonte: http://da.ambaal.pt/
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