sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Andebol


José Saúde
 
É num dissecar imutável ao resplendor de uma auréola literalmente desportiva na sua semântica razão existencial que nos detemos em sessões de caligrafias que nos transportam a conteúdos de modalidades que reiteradamente nos conduzem à sua evolução no tempo e no espaço. Falo-vos sobre andebol. Lembro os tempos áureos de uma juventude irrequieta que incansavelmente aplaudia amistosos jogos entre as equipas do Liceu Nacional Diogo Gouveia e da Escola Industrial e Comercial de Beja. As quartas-feiras à tarde, designadamente, eram polvilhadas com ardentes desafios desportivos que resvalavam para divinais emoções que mexiam com a nossa ânsia de vitória, ou de convívios extracurriculares. Aqueles dérbis de andebol agitavam as claques dos estabelecimentos de ensino onde a rapaziada lecionava os seus estudos. Em campo, os jogadores bem aprumados extasiavam um público que se dividia, à época, entre grupos de rapazes e de raparigas. Cada agregado ocupava um espaço próprio. Esta versão social era transversal a outras localidades do distrito. Com o evoluir do tempo, a que acresce a efetiva evolução do andebol, os espaços foram sendo redimensionados e a modalidade divulgou-‑se. Numa viagem pela Associação de Andebol de Beja, vemos a ACR Zona Azul e o CCP Serpa que se dedicam a uma prática constante da modalidade, sendo que ambas as coletividades fazem da formação a sua bandeira de afirmação, não esquecendo que as equipas seniores, a militar na III Divisão nacional, se assumem como o espelho do trabalho eficazmente elaborado. A minha ideia, que será também a de muitos amantes do fenómeno desportivo, é que os clubes deveriam incentivar as suas hostes, visando franquear as suas portas à prática do andebol, uma modalidade que ao longo da sua história ganhou consistência e adeptos. Infraestruturas físicas a nível do distrito não faltam. Atletas, também não. Faltará um tal clique, presumo.


Fonte:  http://da.ambaal.pt/

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