A reportagem do Maisfutebol esteve no Alentejo. Um
trabalho do jornalista Pedro Jorge Cunha.
Nasceu no País de Gales, foi colega de William
Carvalho nos juvenis do Sporting, jogou três anos no Swansea, tornou-se
internacional galês e escolheu o Alentejo para fazer golos. Faz sentido? Para
Thomas Gregg, extremo do O Elvas, sim. Todo.
Ao Maisfutebol, o jogador de 21 anos conta tudo. Do
ponto de partida no Reino Unido até ao momento em que aceitou o desafio do
histórico emblema alentejano. Uma história incomum.
«A minha mãe é galesa e o meu pai português. Nasci em
Swansea mas vim pouco depois para Portugal», começa por contar Thomas Gregg. Os
primeiros passos no futebol levaram-no para o Estrela da Amadora e aos 14
conheceu William Carvalho no Sporting.
«Já se destacava. Jogava de forma muito tranquila,
tinha qualidade técnica, só lhe faltava alguma confiança. É um bom rapaz e
merece tudo o que está a viver», continua o galês do O Elvas.
Aos 16 foi dispensado dos leões e aceitou regressar a
Swansea. «Treinei uma semana à experiência e assinei. Fiquei três anos, cheguei
às reservas e defrontei grandes nomes do futebol mundial. Contra o ManUtd, por
exemplo, joguei contra o Anderson (ex-FC Porto), o Federico Macheda ou o Darren
Fletcher».
O Swansea chegou, entretanto, à Premier League.
«Compraram muitos jogadores e eu tive uma lesão grave no tornozelo. Fui operado
e voltei para Portugal».
Thomas teve de recomeçar do zero. «Através de um amigo
cheguei ao Moura, também no Alentejo, e fiz uma boa época em 2012/13. Subimos e
mudei-me para o Lourinhanense. Enquanto trabalhei com mister Bastos Lopes fui
titular, depois o técnico saiu e comecei a jogar menos».
A estreia com a camisola do O Elvas teve lugar a 12 de
janeiro, frente ao Casa Pia. Daí para cá mais duas partidas, sempre a jogar os
90 minutos. Só os resultados não ajudam.
«Não quero e não vou deixar cair o clube nos
distritais. Quero ajudar e no próximo ano logo se vê. Gosto de viver em Elvas,
é uma cidade calma e bonita. Às vezes vamos dar uma volta a Badajoz, mas o que
mais importa é manter o clube nos nacionais».
Thomas Gregg, um galês feliz, mas
sem golos este ano. É em Elvas que os vai encontrar?
Publicado por Alentejo e Desporto
Fonte: http://alentejoedesporto.blogspot.pt/
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