O Moura Atlético Clube, vencedor da edição anterior do troféu, deixou escapar a Taça Dr. Covas Lima para o Sporting Clube Ferreirense, clube que vem reestruturando a sua formação, para acautelar o futuro.
Foi em tons de verde e branco, as cores do Sporting Clube Ferreirense, que se bordou o destino desta edição 2014 da Taça Dr. António Fernando Covas Lima, ilustre médico radiologista bejense falecido em 1970, depois de se ter destacado também pela sua intervenção no meio associativismo local, nomeadamente como presidente da Associação de Futebol de Beja. Um jogo que os miúdos de ambas as equipas materializaram com muita dignidade, com um futebol agradável e leal, cuja vitória pendeu para a equipa mais eficaz nas ações ofensivas.
No momento de registar as opiniões dos responsáveis pela formação dos jovens atletas, Pedro Silva, treinador mourense, desvalorizou a ideia de o clube poder repetir o êxito da época anterior, dizendo: “Sermos os detentores do troféu, ou não, isso para nós não era importante, o que nos interessa é formar jogadores e conseguirmos chegar aqui mantendo princípios de formação”, mas assumiu: “Estamos um bocadinho tristes, principalmente os jogadores, porque perdemos, mas é assim, uns ganham outros perdem”. Pedro Silva concordou que o percurso formativo também se faz com vitórias e comentou: “Jogámos sempre para ganhar e para podermos estar numa situação privilegiada que era disputar um troféu e valorizarmos esse troféu, mas disse aos meus jogadores que não eram estes 60 minutos que mudariam tudo o que já tínhamos conseguido antes”. O técnico lembrou depois: “O trabalho de formação tem que ser feito sempre numa perspetiva de melhoria. Não podemos olhar para o nosso passado, temos que perceber o que é que nós podemos fazer melhor. Este ano correu bem? Correu. Queremos melhor? Claro que sim. Queremos ter mais equipas na formação, um campeonato mais competitivo e mais disputado”.
Na cabine do Sporting Ferreirense, João Caracinha não esqueceu: “Formar ganhando é sempre melhor do que formar perdendo, mas o principal é que eles saiam daqui bem preparados, que tenham bom aproveitamento escolar e bom comportamento na sociedade, e depois que joguem futebol, se ganharem tanto melhor, mas se perderem também não vem mal nenhum ao mundo”. Sobre o atual momento do clube, o treinador referiu: “O Ferreirense está a viver uma nova era, estamos a tentar que as coisas se modifiquem, voltámos a apostar muito na formação, temos 96 miúdos inscritos entre os petizes e os iniciados e, para o ano, estamos a pensar fazer uma equipa de juvenis”.
João Caracinha sustentou que o clube tem que viver com gente da terra e que é essa base que estão a criar, porque, acentuou: “Queremos que o futebol do Ferreirense tenha outro ânimo, porque é com estes miúdos que se constrói o futuro do Sporting Clube Ferreirense”. As equipas de benjamins e infantis do clube estão nesta altura a competir na Copa Guadiana, que decorre do Algarve. Estádio Municipal da Vidigueira Árbitro: Sérgio Teixeira. Moura: Gonçalo Machado; Guilherme Monteiro (cap), Gonçalo Guerreiro e Rodrigo Seita; Pedro Horta, Mário Pinto e João Pereira. Jogaram ainda: Filipe Reis, João Paulino, Márcio Camarinha, Diogo Bragadesto e João Formigo. Treinador: Pedro Silva. Ferreirense: Hugo Cruz; Pedro Sales, Carlos Gaitas e Luís Faias; João Ameixa (cap), João Lopes e Duarte Ganhão. Jogaram ainda: Diogo Mateus, João Costa, Vasco Pais, Henrique Montinho e Guilherme Mendes. Treinador: João Caracinha. Disciplina: Cartões azuis a Tiago Godinho (27’), Pedro Pereira (42’), Filipe Costa (58’) e João Sardo (59’). Ao intervalo: 2-4.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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