A Seleção Nacional treinou esta terça-feira em Campinas. Após os 15 minutos abertos à Comunicação Social, o vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Humberto Coelho, e o médico da Seleção Nacional, Henrique Jones, estiveram presentes na sala de Conferência de Imprensa.

Humberto Coelho explicou que a sua presença se deveu à veiculação de algumas notícias que não correspondem à realidade e para proceder a alguns esclarecimentos.

Sobre uma eventual saída de Paulo Bento se Portugal falhar a presença nos oitavos de final, Humberto Coelho esclareceu que o técnico não colocou a hipótese de sair a nenhum elemento da direção da FPF e esclareceu que os objetivos da renovação em abril.

“O Paulo Bento nunca colocou essa situação [de saída] à Federação. Não nos chegou nenhum indício de que Paulo Bento queira sair ou que a Federação queira prescindir dos seus serviços. Quando assinámos com Paulo Bento, foi na perspetiva de nos poder levar à próxima fase final do Europeu. Renovámos para manter a estabilidade da Seleção e da Federação. Há muito tempo que vamos às fases finais e queremos manter essa sequência.”

Humberto Coelho lembrou que o balanço será efetuado no final da competição em que Portugal ainda está envolvido. “No final do Mundial, reuniremos com todos os departamentos para ver o que podemos melhorar no futuro. Vamos ouvir e tentar melhorar. Analisaremos resultados e não ‘o resultado’. Estamos tristes, mas ainda não atirámos a toalha para o chão, pois ainda temos um jogo para disputar.”

O vice-presidente também abordou a escolha de Campinas como local de estágio. “Escolhemos Campinas, pois temos todas as condições para fazer um excelente trabalho.”

Humberto Coelho lembrou que entre São Paulo e o Rio de janeiro estão entre 60 a 70 por centos das equipas presentes no Mundial e que a equipa está a 15 minutos do aeroporto. “Esse facto evita grandes viagens e cansaço. O hotel oferece todas as condições para que a equipa esteja tranquila”.

O dirigente da FPF, lembrou também que as “equipas europeias têm tido mais dificuldades de adaptação” e que a Equipa das Quinas também sentiu essas dificuldades.

Humberto Coelho destacou que “todo o trabalho que tem sido feito também pelos profissionais da Comunicação Social” e deixou uma palavra de agradecimento “a todos os jogadores, treinadores, jornalistas e pessoas que nos apoiam, o prestígio que Portugal granjeia”, referindo que é importante prosseguir com o trabalho que tem vindo a ser feito.

Sobrecarga de jogos aumentou “índices de suspeição lesional”
Henrique Jones, médico que marcou presença nas últimas sete fases finais onde esteve presente a Seleção A e integra o Comité Médico da UEFA, esclareceu que todos os exames foram feitos para dar garantias que todos os jogadores estivessem aptos para jogar.

Destacou que os “índices de suspeição lesional eram superiores aos que sucederam em 2012, devido a uma maior sobrecarga de jogos.”

Jones explicou que foi feita uma única ressonância magnética antes do jogo com o México que tranquilizou a equipa médica, lembrando que o capitão da Equipa das Quinas nunca treinou desde abril, como o está fazer agora.

Henrique Jones defendeu que as condições climatéricas que se têm feito sentir não colocam em causa o desempenho dos jogadores, mas aumenta o tempo de recuperação aumenta.

Foto: FPF/Francisco Paraíso

Fonte: FpF.PT