Em entrevista ao fpf.pt, Proença mostra-se
orgulhoso por se estrear em Mundiais, diz querer ver a Seleção chegar o
mais longe possível, mas se tal não acontecer, ambiciona apitar a final.
Agradece ao Presidente da FPF o apoio prestado.
Arbitragem
Portugal vai estar
amplamente representado, este Verão, no Brasil. Além da Seleção
Nacional, também uma equipa de arbitragem lusa – chefiada por Pedro
Proença e que conta, igualmente, com os assistentes, Bertino Miranda e
Tiago Trigo – vai prestigiar o futebol nacional.
Este domingo, a equipa de arbitragem portuguesa partiu para o Brasil, onde ultimará a preparação para participar na maior competição futebolística do planeta.
Este domingo, a equipa de arbitragem portuguesa partiu para o Brasil, onde ultimará a preparação para participar na maior competição futebolística do planeta.
Em entrevista ao fpf.pt,
Proença dá conta do orgulho que sente por se estrear em Mundiais, diz
que quer ver a Seleção Nacional chegar o mais longe possível, mas se tal
não acontecer, não descarta a ambição de apitar a final do Maracanã.
Deixa, ainda, um agradecimento
ao presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, pela
forma como soube criar condições únicas para que os árbitros portugueses
se possam preparar da melhor forma para os desafios nacionais e
internacionais que têm pela frente.
fpf.pt:
Depois de já ter apitado a final do EURO 2012, da “Champions” 2011/2012
e de ter participado na Taça das Confederações, que sabor tem esta
nomeação para o Campeonato do Mundo?
Pedro Proença:
Estar no Mundial é o sonho de uma carreira de um árbitro. Sinto-me
honrado e feliz por estar no lote de árbitros que irão estar na fase
final. Não só em termos individuais, mas também porque represento uma
geração da arbitragem portuguesa.
fpf.pt:
O que mudou no Pedro Proença que se estreou na Taça Intertoto, em 2003,
e o que embarcou para o Brasil para participar no Mundial 2014?
Pedro Proença:
Hoje, pela carreira que fiz, pelos jogos que já arbitrei, por aquilo
que tenho trabalhado, sinto-me um árbitro muito mais maduro e isso é uma
vantagem. A arbitragem faz-se por fases e por vivências. A oportunidade
que me deram de estar em grandes jogos e nos maiores palcos permite-me
chegar a um competição como o Campeonato do Mundo com o objetivo de
fazer uma boa fase final e com a sensação de que as coisas poderão
correr bem.
fpf.pt: Traçou algumas metas para a participação na competição, ou considera que tal não faz sentido?
Pedro Proença:
Faz todo o sentido traçar metas, embora sabendo que nestas competições
de curta duração, um erro pode ser fatal, porque não temos tempo para
recuperar. Gostaria de tentar fazer, no mínimo, dois jogos. Tudo o que
vier para além disso será ganho. Sabemos que existem diversas
condicionantes que não têm a ver apenas com a nossa prestação e que
poderão limitar a nossa presença na competição. Se esses fatores nos
ajudarem e se as nossas prestações forem boas, estou convencido que esta
equipa de arbitragem poderá fazer um percurso único na fase final do
Campeonato do Mundo.
fpf.pt:
Como gere emocionalmente o facto de a progressão da equipa de
arbitragem durante a competição estar dependente do sucesso da nossa
Seleção na prova?
Pedro Proença:
Tenho a noção que os interesses são diametralmente opostos. Isso
gere-se com a noção clara que aquilo que eu quero é que a Seleção vá o
mais longe possível. Se isso não acontecer, então que seja dada a
oportunidade à equipa de arbitragem portuguesa de poder ir o mais longe
possível e isso passa por chegar até onde termina a competição. Não
escondo que, pela primeira vez, uma equipa de arbitragem portuguesa
poderá ter a pretensão de arbitrar a final de um Campeonato do Mundo e é
com essa vontade e com esse sentimento de grande responsabilidade que
partiremos para o Brasil. Mas isto só foi possível porque nos foram
dadas todas as condições para trabalhar, nomeadamente pelo Presidente da
Federação Portuguesa de Futebol, que fez um projeto único na arbitragem
nacional, criando todas as condições a esta equipa para estar preparada
da melhor forma.
fpf.pt: Como foi feita a preparação do Mundial?
Pedro Proença:
O projeto de preparação teve duas fases. Uma primeira de preparação
para as competições internacionais que arbitrámos durante a época, que
culminou com a meia-final da Liga dos Campeões, entre o Bayern de
Munique e o Real Madrid. E uma segunda fase em que começámos a preparar
meticulosamente o Campeonato do Mundo. Trabalhámos a vertente
técnico-tática, mas também os aspetos psicológicos, a abordagem às
dificuldades que vamos encontrar e às condições climatéricas difíceis.
Foi um trabalho muito cuidado, feito com grande planeamento e
antecipação para que nada ficasse ao acaso. Neste momento direi que
estamos altamente preparados para ter uma boa prestação no Brasil.
Fotos: FPF/Diogo Pinto
Fonte: FpF.PT
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