Futebol Sub-19
A Equipa das Quinas vai treinar no relvado do Estádio Nacional até 16 de julho, dia da partida para Budapeste. Com um plano de treinos inicialmente bidiários, os Sub-19 lusos irão trabalhar afincadamente durante duas semanas e realizar dois jogos-treino.
Portugal integra o Grupo A do Europeu Sub-19, encontrando pela frente as seleções de Israel (19 julho), Áustria (22 de julho) e Hungria (25 de julho). Os jogos da equipa de Hélio Sousa, na fase de grupos do Europeu, serão disputados no novo estádio Pancho Arena, em Felcsút, arredores de Budapeste.
Recorde-se que as quatro seleções semi-finalistas e os terceiros classificados de cada um dos grupos garantirão o apuramento direto para o Campeonato do Mundo de Sub-20, que decorrerá na Nova Zelândia, entre 30 de maio e 21 de junho de 2015.
Capitão alerta para o potencial da Hungria
Tomás Podstawski, o capitão dos Sub-19, falou aos jornalistas antes do apronto vespertino e afirmou que Portugal vai encarar o Europeu "passo a passo". "Assumir que vamos vencer o Campeonato da Europa é uma postura muito ambiciosa. Temos essa vontade mas preferimos traçar metas jogo a jogo, passo a passo", disse, revelando que "o primeiro objetivo" da equipa "é o apuramento para o Mundial Sub-20".
A escassa experiência que os adversários de Portugal possuem em fases finais de Europeus Sub-19 conta pouco para o médio luso-polaco: "São equipas que habitualmente não vemos nas fases decisivas dos Europeus; e Israel até é estreante, sim, mas eliminaram equipas fortes na Ronda de Elite e demonstraram qualidade de jogo".
Sobre a Hungria, que jogará em casa, foi taxativo: "Defrontámo-nos no início da época, num torneio amigável, e deu para perceber que é forte fisicamente, bate-se bem nos duelos e cria muito perigo nas transições". Ainda assim, lembrou que "Portugal não é o mesmo do início da temporada", quando mediu forças com o conjunto magiar. "Estamos mais confiantes e sabemos o que nos espera. Até vamos ficar no mesmo hotel. Crescemos bastante e a prova disso foi a reviravolta que garantimos diante da Bélgica, na Ronda de Elite".
Por ter marcado presença no último Europeu Sub-19, e por envergar a braçadeira, Podstawki reconheceu ter "responsabilidades acrescidas". "Como capitão procuro passar ao grupo as minhas vivências. Eu, o Marcos e o Rebocho estivemos no último Europeu e partilhamos com os nossos colegas o que passámos. Essa bagagem pode ser uma vantagem nos momentos de maior pressão ao longo da competição".
Tiago Sá "perdoado" pelos colegas
Se há jogador que chegou radiante ao estádio da Seleção Sub-19, ele foi Tiago Sá, que se sagrou campeão nacional de juniores pelo SC Braga, no final da época. Foi o primeiro jogador a surgir na roda de imprensa e disse, abertamente, que a Equipa das Quinas "vai abordar com cautela os três jogos da fase de grupos. "Ainda vamos fazer uma análise profunda aos adversários, mas sabemos de antemão que são duros. Talvez a Hungria seja a mais forte, por beneficiar do fator casa".
Questionado sobre a forma como foi recebido na Seleção após a conquista do título nacional de juniores, disse que ouviu "bocas engraçadas" dos colegas vindos dos clubes grandes. "Já me perdoaram por lhes ter tirado o título. Muitas vezes brincam e chamam-me de campeão, mas tudo sem maldade. Aqui somos uma equipa unida, uma família. Não há cor clubística", assegurou.
Embora admita ter feito "uma época excelente", o guarda-redes não vê a titularidade como um dado garantido na Seleção Sub-19: "Aqui sou um como os outros. Vou trabalhar muito para ser opção para o 'mister' Hélio Sousa".
Marcos Lopes sublinha a importância de entrar com o pé direito
O médio Marcos 'Rony' Lopes espera que Portugal "entre com o pé direito no Europeu", vencendo a seleção de Israel. "Estamos confiantes e a equipa técnica também. É muito importante começarmos com uma vitória", sustentou.
Hélio Sousa tem tido um papel instrumental na motivação do grupo, segundo o jovem médio: "O 'mister' conta-nos histórias do seu tempo de jogador e tenta transmitir a crença de 1989 [quando Portugal se sagrou campeão do mundo em Riade]. É um privilégio termos um treinador assim".
Apesar de reforçar o Lille de França na próxima época, para "jogar com mais regularidade", Marcos Lopes disse ter "aprendido muito" no Manchester City e revelou momentos hilariantes no balneário. "Quando me estreei na equipa principal, os meus colegas obrigaram-me a cantar "Ai se eu te pego" para o grupo todo. Foi uma praxe inesquecível". Bom ambiente é o que tem, também, na Seleção: "Damo-nos todos muito bem e isso transparece no nosso futebol".
Fonte: FpF.pt
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