“Este é um momento de enorme satisfação. O meu pai – onde quer que esteja – deverá estar radiante de felicidade. Servir o meu país é algo de muito importante. Aqui defendemos um País, uma bandeira e um hino e, nesse sentido, a responsabilidade é maior”, referiu o novo selecionador nacional.
Ao longo da conversa com os jornalistas, Fernando Santos reiterou a ideia de que não existem condicionalismos à chamada de atletas. “Todos os jogadores são passíveis de ser convocados. Não há ninguém, em Portugal ou no estrangeiro, que esteja à partida afastado da Seleção”, sublinhou.
O responsável técnico nacional abordou, também, a questão da renovação na Equipa das Quinas, expondo com clareza as suas ideias. “Para mim, não há bilhetes de identidade. Na seleção da Grécia, no último Mundial, por exemplo, convoquei dois jogadores com 35 e 36 anos, o Katsouranis e o Karagounis. Mas chamei, também, 17 jogadores (entre os 18 e os 35 anos) que foram lançados por mim na seleção grega”, recordou, antes de frisar: “Não gosto da palavra renovação, há sim capacidade e talento. Vamos estar muito atentos ao percurso da formação, mas para mim tanto faz que um jogador tenha 17 ou 35 anos, o que conta é o seu valor”.
Quanto ao facto de poder ficar afastado do banco da Seleção durante alguns jogos – face ao castigo imposto FIFA, após o jogo com a Costa Rica do último Mundial, e cujo recurso ainda decorre –, Fernando Santos defendeu que essa eventual ausência "não parece ser um handicap muito grande", sendo suprida pela “sintonia perfeita” que existe entre os elementos da equipa técnica, sublinhando a total confiança nos seus pares, nomeadamente na “enorme competência” de Ilídio Vale.

Recusando um discurso de rutura face ao passado recente – “cada treinador é diferente” –, Fernando Santos revelou que recebeu, terça-feira, uma mensagem de Paulo Bento a desejar-lhe “toda a sorte do Mundo”.
Ao longo da conferência de imprensa, o selecionador nacional deu mostras do enorme empenho e ambição da equipa técnica que a partir de hoje liderará a nossa Seleção. “Acredito que vou ganhar e estou absolutamente confiante em relação àquilo que vamos conseguir, ou seja, estar na fase final do Europeu. Acredito na minha competência, na capacidade daqueles que trabalham comigo e acredito muito nos jogadores”, frisou. 
Fotos: FPF/Diogo Pinto
Fonte: FpF.PT