O Circuito Regional de Voleibol de Praia concluiu-se no Campo de Jogos na Areia em castro Verde, após quatro etapas disputadas em diferentes praias algarvias (Faro, Armação de Pera, Ilha de Tavira e Praia da Rocha).
Texto e fotos Firmino Paixão
As duplas masculina João Pina/João Pereira e feminina Joana Gonzalez/Daniana Esteves venceram a etapa final do circuito. Os atletas João Pina e Joana Gonzalez asseguraram os primeiros lugares no ranking da competição.
No final do evento, Paulo Pinho, coordenador da prova e fundador da Associação de Voleibol do Alentejo (AVAL), avaliou positivamente o circuito e, sobretudo, a “Etapa Ouro”, realizada em castro Verde, sede da associação. “Para este primeiro ano de prova o nível de participantes foi positivo”, considerou. “Fizemos a nossa aprendizagem para futuras edições, há alterações que temos que introduzir no sentido de irmos ao encontro das solicitações dos atletas e esse retorno foi importante para a melhoria das condições”. Afinal, trata-se, tão-só, de incrementar o voleibol numa região onde a modalidade tem pouca tradição, se excetuarmos o concelho de Moura .“Foi uma tarefa muito árdua mesmo”, realçou o antigo presidente da AVAL, adiantando que “essa dificuldade de não existir muito voleibol tem a ver também com a cultura da modalidade, que é o elemento dificultador e eu sinto isso na pele todos os dias”. No entanto, afirmou que “procuramos sempre novas soluções para ultrapassarmos as dificuldades e acho que estamos conseguindo ajustar as nossas debilidades, mercê de muita conversa com os clubes e os seus dirigentes, no sentido de conseguirmos construir e projetar o voleibol”. Quanto à manutenção da prova em próximas temporadas Paulo Pinho afirmou que “este circuito será para repetir, pelo menos, na sua vertente mais jovem. Existe um projeto engraçadíssimo na federação que deriva do Gira Vólei, que é o Gira Praia, e creio que nós temos muito potencial para atuarmos nesse sentido; este circuito foi uma máquina enorme de logística e de custos, se tivermos patrocínios suficientes para podermos repetir o circuito, vamos fazê-lo”.
O projeto foi monitorizado pela Federação de Voleibol de Portugal e o retorno é positivo, sublinhou: “Temos recebido a informação de que cada vez vai existindo mais aposta, exatamente porque houve este trabalho, projetou-se a imagem, projetou-se a qualidade e o valor, e as pessoas acreditam em nós”. Considerações ainda insuficientes para fazer de castro Verde a capital do voleibol regional, e nem isso está em causa, confessou Paulo Pinho: “Não considero que seja, acho que a nível regional temos que ter em conta o concelho de Moura, onde se tem feito um trabalho muito bom a nível do voleibol, participando em campeonatos nacionais e promovendo a modalidade a nível regional. Gostava, se calhar, que aqui fosse a capital do voleibol de praia, uma vez que temos este equipamento magnífico para rentabilizar. E por que não para o voleibol? Mas não é uma questão de disputa de capitais da modalidade, o importante é que toda a gente se sinta integrada e consiga ajudar a associação a fazer um trabalho cada vez melhor”. Para que isso seja uma realidade não faltam projetos, sustentou Paulo Pinho, explicando que “temos novas ideias, vamos apostar no Gira Vólei, é um projeto base que nos tem dado muito, vamos, possivelmente, contribuir para o aparecimento de quadros regionais feitos pela AVAL, creio que este ano haverá já eco disso e depois vamos continuar com a praia dentro dos limites que o orçamento nos impõe”, até porque, lembrou a concluir, “os nossos vetores de intervenção são o planeamento e a estratégia, é o eixo um da nossa intervenção e isso quer dizer que temos o nosso espaço e vamos à procura de soluções para o voleibol, com deslocações aos clubes, às escolas, às juntas de freguesia, a nossa estratégia é procurarmos soluções e não estarmos à procura que a sorte nos bata à porta, porque a falta de dinamismo não contribui nada para o que pretendemos”.
Fonte: http://da.ambaal.pt/
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