O Futebol Clube castrense lidera, isolado e sem derrotas, o Campeonato Distrital da 1.ª Divisão da Associação de Futebol de Beja. O técnico David Guerreiro prevê uma prova competitiva, mas assume a candidatura.
Texto e foto Firmino Paixão
David Guerreiro, 30 anos, natural de Paderne, está há sete épocas no futebol sul alentejano e já conquistou quatro troféus. Um título da 2.ª Divisão e uma Taça Distrito (Rosairense), um título da 1.ª Divisão (Almodôvar) e uma Supertaça (castrense). Nesta época assume a candidatura do castrense ao título distrital, consciente da qualidade do plantel que orienta, mas também das dificuldades de um campeonato que espera competitivo. Para já, a equipa de castro Verde está na frente.
Quatro vitórias e um empate, liderança isolada à quinta jornada, são dados com algum significado?
Costumo dizer que é sempre preferível estar na frente com um ponto de avanço, do que ir atrás, a um ponto do primeiro. Começámos com um empate, tivemos que recuperar nos jogos seguintes e em campos muito difíceis, conseguimos fazê-lo, nomeadamente ganhando na Vidigueira, que é sempre um campo difícil. Mas nada disto fará sentido se não continuarmos com as exibições que temos feito até aqui e com os resultados que temos conseguido, e é com esse espírito que estamos a preparar cada jogo.
Sobressaem as vitórias em Serpa e Vidigueira, esta no reduto de um adversário direto na luta pelo título?Foram dois campos difíceis onde conseguimos ganhar. Sabemos que jogar em Serpa e na Vidigueira são sempre lutas duras, mas conseguimos vencer, estivemos ao nosso melhor nível e conseguimos ter sucesso nessas etapas. Mas, às vezes, é naqueles jogos teoricamente mais acessíveis que surgem as surpresas, por isso, daqui para a frente, não poderemos facilitar nesse aspeto.
O castrense é candidato ao título distrital nesta temporada?Claro que sim! O Futebol Clube castrense, pela história que tem no futebol distrital, tem que ser sempre candidato e, este ano, as coisas não podiam ser diferentes. Assumimos isso muito cedo, pelo investimento que a direção do clube fez e pela qualidade do plantel que possuímos. Resta agora mostrarmos que essa qualidade é efetiva e superior, mas isso passa por respeitarmos os adversários, ganharmos os jogos e somarmos pontos atrás de pontos, até ao fim.
O plantel é quase uma seleção dos melhores valores do distrito…Sim, alguns bons jogadores, outros jovens que estão a afirmar-se, muitos deles tinham sido já meus jogadores. É um grupo em quem eu confio, mas ter só os melhores jogadores não chega, temos que ter o melhor grupo e a melhor equipa, e é isso que estamos a construir. Temos um novo grupo, transitaram apenas oito jogadores da época passada, tivemos que construir a equipa para um campeonato que ia começar logo muito forte, mas, até agora, as coisas estão a correr bem e ainda há muito espaço para melhorar daqui para a frente.
O David Guerreiro é um treinador com história no futebol do distrito de Beja, tem essa responsabilidade no seu currículo…Sou um treinador jovem que gosta de assumir desafios, porque só assim é que o futebol e a minha carreira farão sentido. Podia ter ficado no Rosairense, porque estava estável, podia ter ficado no Almodôvar, porque estava satisfeito com o trabalho que tinha realizado, mas preferi enfrentar um novo desafio, espero, e farei tudo o que estiver ao meu alcance, para ter sucesso no castrense, não só a nível pessoal, como a nível de grupo. O meu objetivo passa por aí.
Faria todo o sentido que o castrense estivesse num patamar diferente?Claro que sim, com as condições que dispõe, com o seu historial, acho que sim. Não tirando mérito ao campeonato que temos, e ao contrário do que muitas pessoas pensam, o distrital de Beja não é tão fraco como se julga, mas o castrense e mais duas ou três equipas sem dúvida que têm condições para estarem num escalão acima. Sabemos que as equipas do distrito sobem e descem facilmente, mas já é altura para a afirmação de um desses clubes no nacional.
Além do castrense, quais são os outros candidatos que já identificou?Para mim, à partida, os outros candidatos são o Vasco da Gama, o Milfontes, o Odemirense, e temos também o Piense, que começou um bocadinho mal, mas tem uma equipa que, mais tarde ou mais cedo, vai aparecer. Depois temos aquelas equipas que jogam em campos complicados e que se valem muito do fator casa para dificultar as contas aos adversários em todas as jornadas.
Fonte: http://da.ambaal.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário