terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Workshop anual OGL

Decorreu esta terça-feira, na sede da FPF, uma sessão de esclarecimento sobre o Regulamento de Licenciamento de Clubes para as competições da UEFA na próxima época desportiva.
FPF
O habitual workshop anual sobre o Regulamento de Licenciamento de Clubes para as competições de clubes da UEFA realizou-se esta terça-feira no auditório Manuel Quaresma, sede da Federação Portuguesa de Futebol. A grande maioria dos emblemas da Primeira Liga fez-se representar numa sessão de esclarecimento que teve como objetivo principal elucidar sobre a forma mais eficaz de os clubes poderem cumprir um procedimento indispensável para cumprir o sonho de ganhar o direito a competir em provas da UEFA.

Fernando Gomes, Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, fez questão de dar as boas vindas a todos os elementos dos emblemas representados e enalteceu o trabalho que a equipa do Órgão de Gestão de Licenciamento da FPF, coordenado por Paulo Relógio, tem feito na importante função de prestar apoio junto dos clubes: "Inicia-se hoje [n.d.r terça-feira] o Licenciamento da época 2015/2016. Na senda do que temos vindo a fazer, este é um novo pontapé de saída em que queremos dar conta das alterações que foram introduzidas. Obviamente, todo este processo tornou-se mais difícil no que diz respeito ao acompanhamento e ao cumprimento das diretivas da própria UEFA quanto ao fair-play financeiro e à análise do 'break-even'. De qualquer forma, da nossa parte, podem contar com toda a ajuda. Estamos sempre disponíveis, dentro das nossas competências. A equipa mantém-se praticamente a mesma, com todo o conhecimento que acumulou ao longo dos anos. Que este workshop sirva para clarificar todas as dúvidas que possam ter e que todos estejam atempadamente preparados para competirem nas competições europeias, caso conquistem esse direito pela via desportiva." 

Destaque, nesta cerimónia, para a intervenção do representante do Rio Ave FC, Luís Miguel Ribeiro, que descreveu a experiência dos vila-condenses no Licenciamento e as vantagens de respeitar este procedimento, mesmo em épocas em que o emblema nortenho não projetou uma participação nas competições da UEFA.

Luís Paulo Relógio, Coordenador do OGL, esclareceu ao fpf.pt os principais propósitos deste workshop anual e resumiu as principais novidades no Regulamento de Licenciamento de Clubes: "Destacámos os problemas que todos nós, membros do OGL, sentimos ao longo deste processo de Licenciamento nos últimos anos, pequenos detalhes ligados ao processamento de um critério e formas de o justificar. Tentamos sempre facilitar a vida aos clubes, por vezes eles próprios não sabem como demonstrar a evidência de um critério e por vezes é muito simples. Também abrimos um debate em que todos os clubes puderam intervir no sentido de lhes prestar todo e qualquer esclarecimento. É verdade que o processo de Licenciamento está implementado há 12 anos e que muitos emblemas já passaram por ele, mas também é verdade que muitas dúvidas persistem. Também demos conta das novidades deste ano, embora não sejam muitas porque o manual da UEFA não sofreu alterações, como era expectável. A principal novidade regulamentar que introduzimos tem que ver com processos de recuperação financeira. Consagrámos no regulamento o entendimento que temos vindo a sustentar de que a pendência de um processo de recuperação, desde que não estejam em causa créditos relevantes (dívidas a jogadores ou treinadores, dívidas a clubes resultantes da transferência de jogadores ou dívidas fiscais), consideramos que isso não deve obstar à atribuição da Licença."

O Coordenador do Órgão de Gestão de Licenciamento FPF não deixou, também, de frisar a importância e as vantagens de todos os clubes em inscrever-se no processo de Licenciamento, mesmo que os seus objetivos desportivos não passem pela participação nas competições europeias: "Temos de lembrar sempre esta máxima: só vão às competições da UEFA os clubes que tenham Licença. Os clubes têm de ter em atenção que, independentemente dos seus objetivos desportivos, podem surgir surpresas de última hora, como por exemplo algum dos cinco primeiros classificados não ter acesso às competições da UEFA. Esse acesso não se perde e passa ao clube com Licença que apareça imediatamente atrás na classificação geral. Isto significa, em abstrato, que um clube pode classificar-se em 15.º e ter acesso à UEFA. Só se perde o acesso se, entre os dezoito clubes da I Liga, não existirem seis licenciados. Destaco, também, que em 2015/2016 os finalistas vencidos das Taças dos respetivos países deixam de ter acesso às provas da UEFA. Caso o vencedor já esteja qualificado, o direito a competir passa para o classificado seguinte no campeonato."
Foto FPF/Diogo Pinto
Fonte: FpF.PT

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