segunda-feira, 13 de julho de 2015

Fluvial Odemirense a renascer das cinzas

O Clube Fluvial Odemirense (CFO) teve a sua existência em risco na viragem do século XX para o XXI, mas nos últimos anos tem conseguido recuperar o “tempo perdido”.
“Neste momento estamos bem. O clube esteve algum tempo vegetando, até ao dia em que um grupo de ex-praticantes avançou com uma direcção nova. A partir daí o CFO começou a evoluir”, revela ao “SW” Ilídio Soares, 62 anos, um dos sócios-fundadores do clube e que regressou à presidência em 2014, depois de já ter desempenhado esse cargo no passado durante quase uma década.
É este dirigente que assume sem rodeios que o caminho do CFO nos últimos anos tem sido quase como o voo da Fénix, “renascendo das cinzas” e contornando todos os obstáculos com que se tem deparado.
“Mas tem sido difícil… Quando saí [da presidência], o CFO estava no auge. Depois, tornou-se quase num clube-fantasma. Não havia desporto, estava tudo abandonado… Mas neste momento já vale a pena aqui vir”, assevera.
Para ilustrar o ciclo de mudança sentido no seio do clube, Ilídio Soares dá o exemplo dos 70 mil euros gastos nos últimos em novo material.
“Agora estamos bem equipados”, diz Ilídio Soares, revelando que de momento o CFO conta com cerca de 30 atletas nas várias categorias da canoagem, além de outros tantos miúdos que este ano começaram a dar as primeiras remadas nas águas calmas do Mira.
Ainda assim, as dificuldades não se “evaporaram” no Fluvial Odemirense.
“A nossa maior dor de cabeça é a falta de dinheiro”, admite o presidente do clube, garantindo que a principal fonte de receita do clube é o subsídio atribuído pela Câmara Municipal. Mas mesmo essa verba se torna insuficiente quando o azar bate à porta do CFO.
“Estávamos a ir a todas as provas, mas a nossa carrinha avariou no início do ano e tivemos de comprar-lhe um motor. Isso deixou-nos um bocadinho atrapalhados”, conta Ilídio Soares.

Muitos sonhos
Azares e dificuldades à parte, o Clube Fluvial Odemirense encara hoje o futuro com outro optimismo.
E também com muitos sonhos, a começar pela concretização do projecto “Rio Mira para Todos”, avaliado em 125 mil euros e que foi o mais votado na edição de 2014 do “Orçamento Participativo de Odemira”, promovido pela autarquia.
“O projecto está a avançar e a parte burocrática está toda na Câmara. Esperamos que até ao final de 2016 esteja tudo feito, até porque a obra é simples de fazer: é um hangar com primeiro andar”, revela Ilídio Soares.
Mas os planos do CFO não se ficam por este investimento!
É que o clube tem já pensadas mais duas fases para o projecto, sempre dependentes de apoios de outras entidades e, eventualmente, de candidaturas a fundos comunitários.
“A Fase 2 passará pela construção de uns balneários novos e a Fase 3 prevê a criação uma cafetaria e o alargamento do hangar dos barcos. Vai ficar uma coisa espectacular, virada para o rio. Aí já poderemos evoluir bastante”, sublinha o presidente do clube.
Fonte: http://www.jornalsudoeste.com/

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