José Saúde
A paixão pelo mundo do desporto jamais se
quedou perante a minha infalível dedicação e sobretudo pela destreza
colocada em papel, sob a minha pena, e que num contexto generalizado lá
vai consolando o piedoso amante de uma faculdade que desperta
convincentes emoções. Detenho-me perante um passado, admitido como
risonho, e que nos encaminha pela fértil agilidade como os nossos
antecessores souberam tratar uma temática que se hastearia no tempo
convincentemente: o futebol. Falo-vos do Luso Sporting Clube, uma
emblemática coletividade de Beja que na época de 1924/1925, século
passado, venceu a “Taça da Cidade”, sendo o seu adversário o “Pax
Júlia”. A curiosidade deste feito remete-nos para o preço do bilhete de
entrada para se assistir ao espetáculo que se cifrava em 1$00. Proponho,
também, que se recorde a primeira direção Luso: Viriato Fialho Cavaco,
presidente, Eugénio Alfredo Penedo Dória, vice-presidente, José Raposo
Coroca, 1.º secretário, Manuel Augusto Santos, 2.º secretário, José
Maria Brandão Soares, tesoureiro, António Graça Porta Nova e Gregório
Luiz, vogais. Comentava-se, nesses tempos, que o Luso era o clube dos
ricos. A certeza constatada diz-nos porém que o Luso, não obstante essa
velha teoria obstinadamente predominar, foi uma carismática agremiação
que deixou bem vincada a sua presença no cosmos desportivo bejense. Em 8
de setembro de 1947 uma fusão entre o Luso, o União e o Pax Júlia deram
origem ao Clube Desportivo de Beja. Desportivo que herdou a data do
clube mais antigo da respetiva coligação, a do Luso. Confirmam os
estatutos: “Considera-se a data de fundação do Clube Desportivo de Beja a
16 de Junho de 1916, por ser esta a data de fundação do Luso Sporting
Clube, de que o Clube Desportivo de Beja, como no art.º 1 se diz é a
continuação”. E é neste desafiar de memórias que nos detemos ante
acontecimentos de ontem que nos transportam para o quimérico presente.
Fonte: http://da.ambaal.pt/
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