sexta-feira, 31 de julho de 2015
O sul ficou de fora
A 77.ª Volta a Portugal em Bicicleta “Liberty/Seguros” já rola pelas estradas do norte do País desde a passada quarta- -feira, com o habitual programa de 10 etapas. O pelotão é composto por 16 equipas.
Texto Firmino Paixão
Um prólogo, oito tiradas em linha e um contrarrelógio individual, 1.551,7 quilómetros entre as primeiras pedaladas, em Viseu, e a chegada a Lisboa. A prova começou com esse prólogo de seis quilómetros, com partida e chegada naquela cidade beirã. O segundo troço correu-se entre Pinhel e Bragança, e, no dia de hoje, a caravana sairá de Macedo de Cavaleiros para Montalegre, com meta na serra do Larouco. A senhora da Graça, a serra de Santa Luzia e a Torre (serra da Estrela) são as habituais dificuldades com que se depara o pelotão composto por 16 equipas.
Como tem sido hábito nos últimos anos, a designação de Volta Portugal é falaciosa, porquanto o seu traçado incide integralmente em territórios a norte do rio Tejo, e grande concentração no acima do Mondego, apenas com uma última tirada na Extremadura para que a consagração final ocorra em Lisboa. O próprio diretor geral da organização, o antigo ciclista Joaquim Gomes, reconheceu na cerimónia de apresentação desta 77.ª Volta a Portugal que o traçado “mantém palcos míticos como a Torre e a Senhora da Graça … e é verdade que não teremos ainda este ano o Alentejo e o Algarve”.
Na verdade são as duas regiões do País que mantêm voltas próprias, dentro dos seus contornos geográficos. A Volta ao Algarve, que nos últimos anos tem aberto a época velocipédica nacional com ciclistas de grande craveira internacional; e a Volta ao Alentejo, que mantém uma especificidade muito própria e que se sobrepõe (e bem) no interesse dos patrocinadores a qualquer simples passagem, partida ou chegada da Volta a Portugal, que à região deixará pouco ou nenhum retorno económico.
O pelotão que está na estrada é composto por seis equipas portuguesas, duas alemãs, duas holandesas e as restantes vêm da Espanha, Rússia, Itália, Bélgica, Ucrânia e Equador. O espanhol Gustavo Veloso, que em 2014 venceu a prova com a camisola da OFM/Quinta da Lixa, apresenta-se este ano com o dorsal n.º 1 e líder da equipa W52/ /Quinta da Lixa e, seguramente, disposto a repetir o triunfo.
Percurso – Prólogo (29/7) – Viseu/ /Viseu seis quilómetros; 1.ª etapa (30/7) – Pinhel/Bragança, 196,8 quilómetros; 2.ª etapa (31/7) – Macedo Cavaleiros/Montalegre (Serra Larouco), 175,6 quilómetros; 3.ª etapa (1/8) – Boticos/Fafe, 172,2 quilómetros; 4.ª etapa (2/8) – Alvarenga--Mondim de Basto (Senhora Graça), 159,4 quilómetros; 5.ª etapa (3/8) – Braga/Viana do castelo (Santa Luzia), 169,4 quilómetros; 6.ª etapa (4/8) – Ovar/Oliveira de Azeméis, 153,1 quilómetros; 7.ª etapa (6/8) – Condeixa-a-Nova/Seia (Torre), 171,3 quilómetros; 8.ª etapa (7/8) – Guarda/Branco, 180,2 quilómetros 9.ª etapa (8/8) – Pedrógão/Leiria (CRI), 34,2 quilómetros; 10.ª etapa (9/8) - Vila Franca de Xira/Lisboa, 132,5 quilómetros.
As equipas: Efapel (Portugal); Rádio Popular/Boavista (Portugal); LA Alumínios/Antarte (Portugal); Louletano/Ray Just Energy (Portugal); W52/Quinta da Lixa (Portugal); Team Tavira (Portugal); Caja Rural/Seguros RGA (Espanha); Team Stuttgart (Alemanha); Parkhotel Valkenburg Continental Team (Holanda); Verandas Willems (Bélgica); Team Ecuador (Equador); Team ISD (Ucrânia); Team Kuota/Lotto (Alemanha); Lokosphinx (Rússia); Team Idea 2010/ASD (Itália); Cyclingteam join’s/De Rijke (Holanda).
Fonte: http://da.ambaal.pt/
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