O primeiro fim-de-semana de Setembro de 2015 ficará na história do
Náutico do Litoral Alentejano (CNLA), que garantiu quatro títulos
nacionais nas Primeiras Pagaiadas.Nada mau para um clube fundado há pouco mais de um ano.
"Nunca nenhum clube, em apenas um ano, tinha chegado a uma competição nacional e ficado no pódio. O segredo? Muito trabalho", revela ao "SW" o presidente (e treinador) Diogo Esteves. "E algumas horas de sono perdidas", acrescenta a rir Raúl Gonçalves, o tesoureiro (e também treinador).
Foi a 7 de Maio de 2014 que o CNLA foi oficialmente fundado. Uma ideia que vinha a ser alimentada há algum tempo pelos seus fundadores, que queriam dinamizar um projecto de canoagem em Milfontes que fosse além da vertente competitiva.
"Na nossa maneira de ver, a canoagem não deve ser vista apenas como um desporto de competição mas também com uma componente mais formativa. Ou seja, começar com os mais pequenos, ensinar-lhes outras competências, valores e princípios. Então iniciámos este novo clube", explica Diogo Esteves.
Passado um ano, a evolução tem sido bastante positiva e os números falam por si.
"A nível federado temos cerca de 50 atletas. E com os outros que ainda não são federados, estamos a falar de cerca de 80 atletas, que vão dos seis aos 37 anos. E estamos a falar da vertente mais competitiva. Porque depois existe a parte de lazer, onde nos aparecem pessoas mais velhas", revela Mário Bernardo, vice-presidente do clube (e, tal como os restantes colegas, também treinador).
Ao seu lado, o tesoureiro Raul Gonçalves sublinha que estes quase 17 meses de CNLA têm sido um "desafio" para todos, com muitas dificuldades à mistura.
A Câmara de Odemira tem sido um dos parceiros do clube, que teve também o apoio de uma empresa de Sines para construir a estrutura onde transporta as embarcações para as provas.
E com uma unidade hoteleira de Vila Nova de Milfontes estabeleceu um protocolo de cooperação que lhe permite usufruir da zona do Moinho da Asneira, na margem do rio Mira, para os treinos.
"Temos tentado organizar e conciliar as coisas todas de forma a dar resposta a todas as necessidades. E tem sido um desafio bom! Temos tido muitos miúdos e os resultados têm aparecido", diz Raúl Gonçalves.
Fonte: http://www.jornalsudoeste.com
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