sexta-feira, 9 de outubro de 2015

O “imparável CPB”


O Clube de Patinagem de Beja já iniciou a sua participação no Campeonato Nacional da 3.ª Divisão em Hóquei em Patins. Em duas jornadas, uma derrota em Odivelas e um triunfo em casa com o Cascais.




Texto e fotos Firmino Paixão




Condicionado pela ausência de uma grande parte do plantel nos treinos semanais da equipa, o treinador Mané castilho, também coordenador da modalidade no Clube de Patinagem de Beja, assegurou, após a vitória sobre o Cascais, que vencer em casa e com uma boa moldura de público é sempre motivador. O técnico acentua as dificuldades no planeamento semanal da equipa, mas sublinha a importância de manter este escalão em atividade.


Manter esta equipa em atividade será um desígnio importante, mas existirão outras metas?Não podemos aspirar a muito mais, temos um plantel com 12 ou 13 jogadores, sete estão fora, só vêm à sexta--feira, e nem sempre, por isso treinamos com cinco e mais dois ou três juniores. É muito difícil criar rotinas de jogo, eles quando vêm trabalham bem, mas como isso nem sempre acontece, é muito limitativo. Mas estamos cá para fazer o melhor possível, tentaremos fazer um bom campeonato, isto é o que nós temos, é com isto que temos de contar.


Estão conscientes de que é esta a equipa que dá mais visibilidade ao clube?Claro, por isso é que o clube pretende sempre ter seniores, porque vem mais gente ao pavilhão e é sempre bom para os miúdos da nossa formação verem esta equipa em atividade e, mesmo sem atletas suficientes para pensarmos noutros objetivos, que seriam possíveis porque existem por aí miúdos com muita qualidade, sem trabalho semanal é muito complicado. Portanto, jogaremos jogo a jogo e quando os atletas estiverem cá mais tempo tentaremos fazer outro tipo de trabalho, mas sempre dentro das condicionantes que se conhecem.


O campeonato tem 15 equipas e um terço delas são alentejanas. É um bom índice?É bom, podia ser melhor, as equipas vivem todas com dificuldades semelhantes às nossas, exceto talvez o Sines, que é uma equipa forte que luta sempre para subir. As restantes têm problemas comuns aos nossos, com miúdos a estudar fora, alguns que trabalham por turnos e não conseguem treinar, essa é a realidade. Por um lado é bom para os jovens, porque prosseguem as suas carreiras académicas, mas para manter uma equipa de seniores é mau.


O plantel continua a ser uma mescla de juventude com jogadores mais experientes…Temos os cinco habituais da casa, Luís Campaniço, Nelson Faísco, Filipe Costa, Filipe Paulino e Pedro Pereira. Depois os outros miúdos, exceto dois juniores que não estavam aqui hoje, estão todos fora e não estamos a conseguir que eles treinem em Lisboa. Outros estão em Évora. São essas as maiores dificuldades, estando cá todos faríamos uma equipa forte para andar nos lugares cimeiros, assim tentaremos fazer o melhor possível, veremos o que isto dá, mas os jogadores estão com vontade, estão a trabalhar bem, vamos lutar e, com certeza, dignificar as cores do clube.


O clube vive um tempo novo e o Mané coordena a área do hóquei em patins, onde existe uma aposta reforçada na formação.O objetivo principal foi esse, peguei nesta equipa, porque é necessário um treinador com o nível 2 e eu tentava até ficar num escalão mais baixo, mas o grande objetivo do clube é que a sua formação cresça, principalmente a Escola de Patinagem que, em 15 dias, teve um desenvolvimento tremendo. Às terças e quintas já temos entre 30 a 40 miúdos a patinar. Temos equipas até aos sub/15, com alguma dificuldade mas com a ajuda de alguns miúdos que vieram de Moura, porque depois há algumas quebras e é isso que pretendemos que não aconteça.


O apoio do público é essencial?Sabemos que a cidade de Beja gosta de hóquei em patins e se isto estiver bem organizado, e se as pessoas constatarem que aqui se trabalha como deve ser, trazem os miúdos para cá e, a médio prazo, seremos um clube com pernas para crescer bem na área da formação. Os seniores ficarão sempre dependentes dos miúdos que cá fiquem, mas tentaremos manter sempre a equipa de seniores a par de uma forte aposta na formação.


O mesmo clube com uma nova filosofia?Sim, se calhar a filosofia anterior também passava por aí, mas existiram algumas confusões, algumas coisas que se disseram e que não eram verdade. Acho que esta é uma cidade tão pequena que as pessoas deviam entender-se, deviam lutar todas em prol do clube, porque isto assim crescia ainda mais do que está a crescer. Sem zangas, sem guerras, e hoje viu-se que as pessoas estiveram no pavilhão a puxar pelo clube. É isso que eu quero e acho que toda a gente quer.


Que continue a ser o “imparável CPB”?Naturalmente, que o CPB mantenha esse epíteto de “O imparável”.

Fonte:  http://da.ambaal.pt

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