A quarta edição da Beja Modelshow – Exposição e Concurso Nacional de Modelismo Estático reuniu mais de meio milhar de modelos e afirma-se cada vez mais como um evento de promoção do modelismo e da cidade.
Texto e fotos Firmino Paixão
A Beja Modelshow 2015 teve, mais uma vez, enorme sucesso, muitos modelos expostos e muitos visitantes, índices que superaram as expetativas dos promotores. O evento foi organizado pelo Clube de Modelismo da Escola Básica de Mário Beirão, o único clube de modelismo estático existente numa escola nacional, com funcionamento regular desde 1999. O professor Simão Matos, rosto principal da organização, afirmou ao nosso jornal que “o nosso evento é uma das maiores exposições do País, este ano tivemos uma afluência muito grande de modelistas que vieram de todo o lado, o número de inscrições acabou por superar muito o que estávamos à espera, tivemos mais de 540 modelos em exposição. É um número bastante bom, que faz com que este seja o segundo maior evento do País de modelismo estático”.
Quanto aos objetivos do certame, o docente enumerou: “Esta exposição tem dois grandes objetivos, um é conseguir mostrar o que é modelismo estático a todas as pessoas que não o conhecem, em segundo lugar utilizar as potencialidades de utilização do Pavilhão Desportivo da Escola Básica Mário Beirão, nomeadamente as valências que a escola tem, principalmente a parte exterior para exposição de veículos, a parte interior para fazermos uma exposição e, ao mesmo tempo, a divulgação de instituições locais, da Força Aérea Portuguesa, do Exército Português e, por outro lado, darmos visibilidade ao Clube de Modelismo, que é o único que existe no País numa escola básica, a funcionar há 16 anos”.
Simão Matos revelou que o número de modelistas do clube é atualizado à medida que decorre cada ano letivo. “Sempre que os alunos saem do 9.º para o 10.º ano, entram novos alunos do 5.º, e este evento serve, essencialmente, para eles perceberem que os modelistas mais experientes lhes podem ensinar alguma coisa, podem melhorar as técnicas de pintura e de montagem e, eventualmente, participarem noutras exposições para que somos convidados, mostrando o trabalho que se faz aqui em Beja”. Sobre a diversidade do programa, que incluiu um passeio pelo núcleo histórico da cidade, Simão Matos, sublinhou que “uma das grandes características da Beja Modelshow, que mais nenhuma exposição nacional tem, é que isto não é só um evento de modelismo estático, é o modelismo associado a uma parceria com as instituições locais. Felizmente, nos últimos anos, temos tido um forte apoio da Base Aérea n,º 11, um grande apoio também do Regimento de Infantaria, dos Bombeiros Voluntários de Beja, de outras instituições como a junta de freguesia e, obviamente, a câmara municipal. Pretendemos que as pessoas que vêm de fora fiquem a conhecer Beja, por isso, temos uma parceria com o Museu Regional que oferece aos visitantes uma visita ao centro histórico, para que possam conhecer a cidade e fiquem a gostar de cá vir. O retorno que temos tido é que, de edição para edição, há mais modelistas que querem vir a Beja e já trazem as famílias e os amigos, e isso faz com que mais pessoas fiquem a conhecer a região”.
No horizonte uma próxima edição, ainda com mais dinâmica e mais espaço para a exposição dos modelos? “Vamos ver, o grande problema é que, na nossa associação de modelismo, somos tão poucos elementos que, neste momento, já funcionamos apenas como um grupo de amigos modelistas. Temos muitas limitações, esta grande organização assenta em poucas pessoas, por outro lado, não temos uma dinâmica de um número suficiente de indivíduos adultos na associação que nos permita fazer este evento anualmente, fazêmo-lo de dois em dois anos e isso também permite que muitos modelistas renovem os modelos que trazem, porque a produção, às vezes, não é tão célere como se pretende”, concluiu.
Fonte: http://da.ambaal.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário