segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
Sinto um enorme privilégio”
Nelson Santos chegou a Moura em meados de dezembro para render Nuno Guia. Estreou-se no Campeonato de Portugal com um empate em Évora e assume o privilégio de representar o Moura Atlético Clube.
Texto e foto Firmino Paixão
No seu currículo estão participações nas equipas técnicas do Belenenses, Amora, Pontassolense, Pinhalnovense e Marítimo, após o que rumou a Moçambique, onde trabalhou cinco épocas no Costa do Sol (duas como treinador principal). Aos 31 anos, o técnico sesimbrense chegou a Moura para treinar um clube ambicioso, exigente e bem dotado de recursos e infraestruturas. Por isso, revelou:“O mais importante é a confiança que a direção do clube depositou em mim para um grande desafio neste grande clube. O desafio que temos pela frente é fazer algo melhor do que no ano passado e nos últimos anos. Ou seja, garantir a manutenção o mais cedo possível”. Vejamos as suas ideias para o projeto que abraçou.
Um treinador jovem mas com alguma experiência e desafios bem superados. Agora em Moura, para já, assegurar a manutenção?
Esse é o grande objetivo deste grupo. Ainda temos quatro finais pela frente e todos os jogos são difíceis e importantes. Cabe-nos a nós, treinador, jogadores e direção, manter a equipa na máxima força, juntamente com o apoio dos adeptos associados, para que este clube represente bem a terra em qualquer lugar. Mas sinto um grande privilégio por trabalhar neste clube, que dá todas as condições a quem aqui trabalha diariamente. Acredito que num futuro próximo pode melhorar ainda mais, espero poder ajudar e contribuir para isso.
Surpreendeu-o a qualidade das infraestruturas do clube, ou já conhecia?
Fiquei bastante surpreendido. Um clube que oferece todas as condições a quem aqui trabalha, desde a senhora dos equipamentos, ao tratador da relva, ao diretor técnico, equipa diretiva, é algo surpreendente. Quando o presidente e o Sandro (empresário) me endereçaram o convite aceitei de imediato, tinha vindo há 15 dias de Moçambique, sou um treinador jovem, ainda tenho que mostrar muito, sei que tenho um longo percurso pela frente.
Estreou-se com um empate no campo do Juventude e ganhou em casa ao Cova da Piedade, um bom começo?
Nós queremos sempre ganhar. Com o Juventude estivemos em vantagem e, infelizmente, não a conseguimos manter. Com o Cova da Piedade conseguimos acreditar até ao fim, suportar a enorme pressão em que o futebol é fértil e vencemos já em tempo de compensação. Mas quero realçar o grande grupo que o Moura tem, um coletivo que sabe o que quer e para onde quer caminhar. Conquistámos quatro pontos em dois jogos, mas ainda não ganhámos nada, temos mais quatro jogos pela frente, e queremos assegurar a manutenção o mais rapidamente possível.
O Moura é um clube com muita ambição. Só lhe foi pedida a manutenção?
Sim! Vamos pensar jogo a jogo para conquistarmos todos os pontos em disputa. Sei que estou num clube muito ambicioso, e a ambição não é só minha, é também do presidente, uma pessoa que vive o dia a dia do clube com grande intensidade. Essa é a mensagem que temos que passar diariamente aos nossos atletas, mas para isso precisamos de lhes dar todas as condições para que eles estejam permanentemente bem preparados e sejam bem espremidos no dia do jogo, para darem sempre o melhor pelo amarelo e preto.
Um dado que não se pode ignorar é que o clube teve cinco treinadores em época e meia. Isso preocupa-o ou estimula-o?
Eu não olho para o passado, o que me interessa é o presente. Devemos retirar do passado aquilo que não foi tão bom, e procurar melhorar, o que estiver a correr bem é para manter e foi essa linha que eu segui. Sei que o treinador vive de resultados, temos a mala sempre preparada, por isso, a mim cabe-me dar todos os dias o máximo pelo Moura e passar as mensagens aos jogadores para saberem o que têm que fazer dentro do campo. No fim, queremos acabar com um sorrido na face, por termos conquistado os três pontos.
Pretende fazer ajustamentos no plantel? O Jorginho, melhor marcador da Série H, acaba de ser castigado…
O Jorginho é mais um jogador, temos um grupo muito homogéneo. Infelizmente, nas últimas semanas, tivemos três jogadores expulsos. Não somos uma equipa indisciplinada, pelo contrário, são circunstâncias dos jogos aliadas, às vezes, a uma ou outra má decisão, mas não vou falar disso. Entraremos sempre com os 11 jogadores e queremos ter sempre mais sete no banco. Como faremos isso? Juntamente com a direção encontraremos as soluções necessárias, agora estamos focados em levarmos o barco a bom porto e quando chegarmos à altura certa ponderaremos, e se tivermos que decidir fá-lo- -emos sem cometermos erros.
Fonte: http://da.ambaal.pt
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