quarta-feira, 2 de março de 2016

Cavaleiro só quer jogar no campeonato do Inatel

O Clube Desportivo e Cultural do Cavaleiro, que disputa o Campeonato do Inatel, o emblema quer apenas proporcionar dias de divertimento na aldeia e dignificar a camisola.
“Temos algumas expectativas, não ao ponto de pensarmos que vamos ganhar a Taça, mas queremos ter uma boa prestação e dignificar a camisola. O mais importante para nós é proporcionar o convívio aos nossos atletas, aos nossos simpatizantes e às pessoas da terra”, afirma Hélder Salvador, de 60 anos, que é presidente do clube há oito anos.
A competir no Inatel há 19 anos seguidos, o CDC Cavaleiro participa no Grupo C da Taça da Amizade e, com a prova no início da segunda fase, a expectativa parece ser boa.
“Estamos razoavelmente bem, a equipa está confiante e a jogar um futebol mais de acordo com aquilo que pretendemos. Temos algumas expectativas, não ao ponto de pensarmos que vamos ganhar a Taça”, confidencia Hélder Salvador.
Com um plantel formado por jogadores do concelho de Odemira e “com forte ligação à terra”, o Cavaleiro “nunca foi buscar jogadores ao Algarve”. Um facto que tem garantido ao clube “o prémio que a autarquia atribui por sermos a equipa com mais jogadores nestas condições”.
Convencido que “nas localidades à beira-mar o futebol não tem tanta importância para a animação das terras, como acontece no interior”, o presidente do Cavaleiro reconhece que se trata de uma actividade “importante, pela tradição que existe” e, reforça, pelo facto de o Cavaleiro ter “um campo bonito com boas instalações”.
“Para as pessoas, a equipa é tão mais importante conforme os resultados aparecem ou não. Quando a equipa está melhor é mais importante, quando está menos bem as pessoas aderem menos… É assim em todo o lado”, assinala Hélder Salvador.
Num ou noutro quadro, o dirigente reconhece que “não é fácil” manter a equipa, “assim como não é fácil em lugar nenhum”. Sem se deter nesta sua convicção, Hélder Salvador dá um exemplo simples, relacionado com a alimentação do plantel em dias de jogos: “Todos os domingos temos de fazer comida para esta gente toda. E entre jogadores, equipa técnica e massagista são à volta de 30 pessoas a comer! Como vê, não é muito fácil mas isto vai-se levando e a nossa intenção é continuar com a nossa equipa de futebol.”
Quanto ao futuro, o presidente avisa que entrar nas competições da Associação de Futebol de Beja “não é muito importante” para o clube. Por um lado, porque dar esse passo obrigaria a “abdicar de alguns princípios, como o facto de manter a equipa com jogadores da terra e das terras vizinhas”. Por outro lado, esse novo patamar obrigaria a ter mais custos financeiros.
“Para se ter uma equipa que não ande a levar tareias no distrital teríamos de investir mais dinheiro e ir buscar jogadores com outro estatuto e mais longe. Isso seria sempre um custo acrescido”, reconhece Hélder Salvador, confessando que essa possibilidade “não é importante” para o emblema de Cavaleiro.
“Estamos no Inatel e aquilo que queremos e fazemos é pugnar para que este campeonato vá melhorando”, afirma.
Ora neste contexto, o dirigente do litoral odemirense avança desde já com sugestões concretas. E defende que o actual modelo do campeonato do INATEL “devia ser alterado”.
“Achamos que a primeira fase devia ser mais alongada, com até 10 equipas por grupo. E depois a segunda fase passaria a ser a eliminar em duas mãos. Penso que seria um modelo mais adequado que o actual e mais adequado às nossas possibilidades”, propõe o dirigente do CDC Cavaleiro.

Fonte: http://www.jornalsudoeste.com

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