sexta-feira, 3 de junho de 2016
Zona Azul e de segunda
A equipa de seniores masculinos da Associação Cultural e Recreativa Zona Azul, de Beja, está na 2.ª Divisão Nacional de Andebol. É o corolário de uma época brilhante e o resultado de um trabalho notável desenvolvido nas últimas épocas desportivas.
Texto e fotos Firmino Paixão
A promoção foi assegurada no Pavilhão de Santa Maria, na cidade de Beja, após o apito final do jogo entre a equipa bejense e o Vela de Tavira, rival direto da Zona Azul na luta pela subida de divisão. Pavilhão cheio, apoio inequívoco dos adeptos do clube e alguma ansiedade na equipa a deixar escapar a vitória, mas o empate (25- -25) foi um resultado que servia os objetivos traçados. No final ouvimos alguns dos protagonistas.
João Malveiro, um dos guarda-redes da equipa e pilar fundamental no sucesso da formação bejense, comentou: “Isto é resultado do esforço e dedicação de todos, estas coisas não acontecem por acaso, não foi por sorte, existiu muito trabalho, muito esforço, muitas viagens durante a semana. Mesmo quando as coisas nos correm menos bem estamos sempre cá para levarmos o clube para a frente, o nosso objetivo era vencermos e subirmos de divisão. Agora é só disfrutarmos deste momento”.
Sim, porque, para o ano, as responsabilidades serão diferentes, concordou.“Teremos outras responsabilidades, mas eu não vou por aí, o que nos espera não é nada de muito diferente do percurso que fizemos até agora, será uma divisão mais exigente, haverá mais qualidade, ou não, não sabemos, mas havemos de lá chegar com as nossas armas, porque trabalhamos bem e somos responsáveis”, concluiu.
Vasco Cordeiro, presidente do clube, era também um homem feliz e confessou: “Ao longo dos últimos anos temos tentado subir, mas temos morrido na praia, este ano, finalmente, na penúltima jornada conseguimos assegurar a subida. Sem repescagens, sem promoções na secretaria, subimos dentro do campo com o apoio de um público que foi extraordinário, que nos apoiou incansavelmente desde o princípio ao final da época”. E afirmou: “É a este público que dedicamos a subida de divisão”.
O dirigente referiu ainda que “a cidade de Beja merece ter equipas em níveis superiores”. “Espero que Beja apoie quem está a fazer alguma coisa pelo desporto e quem leva o nome da cidade mais longe. É isso que queremos e que temos pedido há muito tempo, apostem em qualquer modalidade, não necessariamente no andebol, mas uma que seja fácil de assegurar um nível de superior qualidade e que ponha Beja no mapa”. Hugo Estanque, jogador e treinador, uma acumulação que no andebol é inconciliável (Bexiga Fialho assumia a segunda função no banco) explicou as razões do sucesso. “Lutámos muito e acreditámos sempre. É um prémio merecido para esta equipa, fomos a pulso e com muito trabalho. Nos últimos anos andámos sempre nas fases finais e com possibilidade de subir, mas nunca tivemos essa sorte”. Depois deixou os agradecimentos: “Primeiro ao nosso presidente, que tem sido incansável ao longo de todos estes anos, acompanhando-nos nos treinos, nos jogos, nas viagens, tem tido uma disponibilidade notável, agradeço também ao professor Bexiga Fialho pela sua disponibilidade no papel que desempenhou, porque a solução era administrativa, mas ele não veio só para dar o nome, agradeço também à equipa, um grupo de amigos com uma qualidade que tornou tudo mais fácil”. E finalmente “um agradecimento especial ao Carlos Guerreiro, foi ele que pegou nesta equipa, viu que existia potencial, fez-nos acreditar que trabalhando mais podíamos jogar com os melhores de igual para igual e, apesar de se ter afastado este ano e não estar fisicamente connosco, esta subida é também para ele, porque a merece tanto ou mais do que nós”. “Foi uma época difícil”, reconheceu Hugo Estanque. Contudo, “com um grupo de amigos que se conhecem há 20 anos e acreditando todos no mesmo objetivo, tornou-se tudo mais fácil, e acabámos por ser premiados com esta subida de divisão”, concluiu.
Fonte: http://da.ambaal.pt/
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