sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Aldenovense

José Saúde

A honorabilidade do tempo remete-nos para uma viagem aos anos de 1920. O futebol estendia-se pela ilustre Pátria de Camões. Anos antes, 1888, os irmãos Pinto Basto, Guilherme, Eduardo e Frederico, que estudavam num colégio em Liverpool, Inglaterra, trouxeram o vício do jogo da bola para terras lusitanas. Em 1923 José Morais Louro, natural de Aldeia Nova de São Bento, movido pela novidade, colocou-se à frente de um grupo de moços, quase todos estudantes e que normalmente se reuniam na Sociedade Renascente, fundou o Aldenovense Foot--Ball Club. O equipamento escolhido era formado por camisolas de listas verticais encarnadas e brancas, calções pretos e meias pretas. O primeiro campo de jogos no povoado foi uma eira localizada numa courela, situada no môio, nas proximidades do povoado. Jovem abastado, Morais Louro incutiu na juventude o gozo pelo divertimento. Com o evoluir do tempo não causou estranheza que outros grupos de estratos sociais diferentes surgissem no aglomerado. O 31 de Janeiro, o Enchapota e o Sem Cabeça são disso exemplos explícitos. Há registos de um dérbi em que a formação de Morais Louro bateu o 31 de Janeiro por 5-0, grupo onde o principal instigador era Francisco Maria Valente. Sob a arbitragem de António Bica, as equipas apresentaram os seguintes onzes: Aldenovense: Pinheiro; Carrasco e Serrano; Jesus, Grilo e Hilário; Luís Barradas, Assis, Morais Louro, Mendes e José Barata.31 de Janeiro: Lanita; Varela e Valente; Estevão, Nepomuceno e Santos; Sabala, Martins, Gustavo, Machuco e Pestana. A 30 de novembro de 1938 o Aldenovense, tendo como presidente Francisco Assis Teixeira Braga, filiou-se na AF Beja. A 20 de agosto de 1947 o capitão Alcino Pires erigiu o Atlético Clube Aldenovense, um grémio que a partir de época 1974/1975 se fixou decididamente no palco futebolístico bejense. Hoje, o clube possui excelentes instalações, complexo desportivo e sede, e na próxima época participará nas competições da AF Beja em seniores e nos escalões de formação. Outros tempos!

Fonte: http://da.ambaal.pt

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