A equipa da pequena aldeia da Nave Redonda, na freguesia de Sabóia, volta a disputar o campeonato distrital da 2ª divisão de Beja e para já todas as metas estão a ser alcançadas pelos jogadores.
"Neste momento faço um balanço positivo, pois sei que estamos no bom caminho", sublinha ao "SW" o presidente do clube, Márcio Coelho, não regateando elogios ao trabalho desenvolvido pelo técnico Paulo Rafael, de quem é adjunto.
"Sentimos que os atletas nos respeitam e nos ouvem, tanto no balneário como no decurso dos jogos. E é esse respeito mútuo e o trabalho em equipa que está a fazer a diferença nos últimos encontros", afirma.
O presidente do emblema da Nave Redonda enaltece igualmente o esforço e dedicação dos atletas que este ano optaram por vestir a camisola do clube. "Alguns chegaram a prescindir de ordenados que recebiam, sabendo que aqui apenas podemos dar um pequeno apoio para o transporte, um petisco e a nossa amizade", observa com orgulho.
Não perder o norte!
Depois de se ter ficado pelo quinto lugar no Grupo B da Taça de Honra da 2ª divisão, a equipa do Naverredondense ocupa a terceira posição na Série B do campeonato distrital, com cinco pontos conquistados em quatro jornadas. Mas o presidente acredita que a equipa vai subir na classificação.
"Julgo que se não perdermos o norte, temos equipa para discutir um dos três primeiros lugares da tabela", admite Márcio Coelho, reconhecendo que esta época a equipa está diferente para melhor! "Temos uma equipa mais combativa e competitiva, fruto do reforço do plantel que ocorreu. [ ] O grupo em si está melhor, mais humano e com um grande sentido de camaradagem e espírito de sacrifício colectivo", acrescenta.
Este quadro enche de orgulho o presidente do Naverredondense, até porque esta deverá ser a sua última época à frente dos destinos do clube. "Estes rapazes fazem-me sentir que sou importante para eles e demonstram que respeitam o clube e a terra. E isso para mim dá-me alento. Vale a pena continuar a marcar ou passar campo muitas vezes sozinho [ ] porque sei que estes rapazes valorizam o que faço por eles e fazem também muito por mim ao manter o futebol vivo na minha terra", argumenta.
Aliás, o facto de numa pequena aldeia como pouco mais de 60 habitantes como a Nave Redonda ainda se praticar futebol federado já é, para Márcio Coelho, uma grande vitória. Quase um título!
"O lema que incluímos no logotipo faz jus à realidade: 'Que os muitos, por sermos poucos, não temamos'. Não sou só eu, mas é um pequeno conjunto de pessoas desta terra quase todos com veia empreendedora que fazem a terra ser o que é. Julgo que a nossa convicção colectiva de acreditarmos que é possível seja onde for é que faz sermos admirados ou odiados perante os demais. Dizem que temos sorte. Pois eu digo que ter sorte dá muito trabalho", conclui o presidente
Fonte: http://www.jornalsudoeste.com/
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